Dê responsabilidade ao adolescente. Os jovens precisam de orientação, mas também querem ser independentes e sentir que se confia neles. Dê ao seu adolescente responsabilidades de adulto, e ele vai se esforçar mais para agir com maturidade. Alguém disse acertadamente: “Trate as pessoas como se fossem o que deveriam ser e as estará ajudando a se tornarem o que são capazes de ser”. Seus adolescentes cometerão erros como todo mundo, mas quando virem que isso não diminui a fé e o amor que você tem por eles, continuarão tentando até alcançarem a vitória.
Conquiste a confiança deles sendo um bom confidente. Os adolescentes são sensíveis no que diz respeito às coisas que estão passando. Ninguém gosta de ser alvo de fofocas e mexericos, especialmente na adolescência. Ao confidenciar algo pessoal, o adolescente quer ter a certeza que o assunto será tratado com todo o sigilo possível. O que um adulto considera banal pode ter grande importância para o jovem, e recuperar a confiança de um adolescente que se vê traído pode demorar muito. Ore. Sempre que não tiver certeza do que dizer ou de como reagir quando seu adolescente estiver passando um momento difícil, ore. Faça uma oração silenciosa pedindo ao Senhor entendimento e soluções. Passem tempo juntos. Muitos pais passam bem menos tempo com seus adolescentes do que passavam com eles quando eram menores. Parece natural, já que os jovens precisam de menos supervisão e querem confirmar sua independência, mas de um modo geral, isso é um erro. Os adolescentes precisam de muito apoio, orientação e novos desafios. Necessitam de alguém que seja para eles como um treinador, um mentor e instrutor, e os mais indicados para essa tarefa são os pais. Nenhum outro investimento formará laços mais fortes entre pais e adolescentes nem renderá dividendos maiores. Admita as próprias falhas. Os adolescentes detestam ver dois padrões de comportamento. Admitir os próprios defeitos e pedir desculpas por um erro cometido ou mágoa causada aos adolescentes exige humildade. Entretanto, ser sincero sobre os seus erros e falhas fará com que seja mais fácil os seus adolescentes também serem francos e abertos em relação aos deles. Isso ajudará tanto os pais quanto os jovens a colocarem seus problemas na perspectiva correta. Tenha senso de humor. Existe a hora de ser sério e pensar nas metas em longo prazo, mas também o momento de relaxar. Os adolescentes admiram adultos capazes de se divertirem e desfrutarem a vida. Simplesmente certifique-se que seu humor é de bom gosto e não às custas de ninguém, porque os jovens copiam os adultos pelos quais têm admiração. Expresse o seu amor. Os adolescentes podem não gostar de ser beijados e apertados como quando eram crianças, mas a necessidade de amor é sempre presente. Tente não deixar passar um dia sem manifestar em palavras e ações o amor que tem pelo seu adolescente. Escute. Todo adolescente precisa de um confidente, aquele amigo do peito a quem possa confiar seus segredos mais íntimos. São tantas as emoções na juventude que às vezes é bastante confuso, mas muitas vezes o adolescente tem medo de falar e ser mal interpretado, ridicularizado ou até considerado ingênuo. Escute o que os jovens têm a dizer. Eles precisam saber que alguém os entende, mas evite reações tipo “quando eu tinha a sua idade”, detestadas pela maioria deles. Um erro muito comum é não escutar o bastante e chegar às conclusões erradas. Em vez de querer fazê-los “entender”, ajude-os a chegar às conclusões certas por eles mesmos, à medida que tentam expressar o que sentem. Seja amigo dos amigos. Demonstre interesse genuíno e ressalte as características positivas dos amigos do adolescente e provavelmente será considerado a mãe ou o pai mais maneiro do pedaço. E não se surpreenda se sua casa virar o point da galera. Pode ser que o nível de ruído e a conta de supermercado aumentem, mas saber onde eles estão e o que estão fazendo vale a pena. Perdoe e esqueça. É inevitável: os adolescentes cometerão erros pelos quais precisarão pedir e receber perdão. Eles, como nós, muitas vezes não confessam seus erros e falhas porque acham que serão rotulados para sempre. Eles precisam confiar no seu amor e saber que perdoará prontamente, esquecerá e começará de novo. Tenha convicção. Se você não for cuidadoso, o orgulho paterno ou materno, laços emocionais e o desejo instintivo de proteger seu filho podem levá-lo a ceder, amolecer, voltar atrás ou correr para resgatar na hora errada. Você pode até se sentir culpado pelos sentimentos de ira, frustração e rebelião de seus adolescentes, mas é sempre bom lembrar que eles estão aprendendo a discernir as coisas e, quer demonstrem quer não, vão seguir você. Se você não tiver coragem de fazer o que é certo, apesar de algumas conseqüências desagradáveis, eles provavelmente também não terão. Às vezes, o “amor que exige” é a melhor forma de amor. Os adolescentes são muito idealistas e o respeitarão mais se você defender o que acredita do que se for tolerante demais, mesmo que custe a eles ou não concordem com seu ponto de vista. Seja autêntico. Os adolescentes podem detectar falsidade a quilômetros! Mesmo se estiver sinceramente tentando se identificar com eles, se for uma coisa forçada, eles não o levarão a sério. O segredo é ser natural. Eles não querem paternalismo nem ser induzidos com agrados, mas buscam amigos, pessoas com as quais possam contar e com quem se sintam seguros. Se os aceitar como são, eles se sentirão bem na sua presença e o aceitarão como é. Esteja disposto a mudar. Talvez você precise mudar alguns hábitos ou a maneira como reage às coisas. Por que não aproveitar esta oportunidade para sair da rotina ou efetuar mudanças em aspectos cuja necessidade é notória já faz algum tempo? Muitas vezes, é mais fácil mudar por amor a alguém do que só por causa de si mesmo. Que melhor razão você teria para se tornar uma pessoa melhor? Aproveite! Mostre-lhes Jesus. A adolescência é uma época de turbulências. É como estar perdido em alto-mar no meio de uma tempestade num barquinho. Seja um farol e mostre para seus adolescentes onde está o porto seguro — Jesus. Por mais que você os ame, Ele é o único capaz de esclarecer seus questionamentos mais profundos e atender às maiores necessidades dos seus espíritos. Você não é o Salvador de seus filhos, Jesus é. Não pode estar com eles em cada instante nem resgatá-los de tudo, mas é possível lhes mostrar Aquele que pode.
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Uma coisa é certa: criar adolescentes é um dos desafios especiais da vida. É uma fase difícil e muitas vezes o jovem “divide” essas dificuldades com as pessoas ao seu redor.
A atitude tantas vezes aparentemente ríspida, desrespeitosa ou rebelde pode intimidar e deixar os pais confusos e sem saber em que erraram. É nesse momento que muitos, sem saber como ajudar os filhos, cometem o trágico erro de se retraírem, justamente quando os jovens, no fundo, estão desesperados por orientação, encorajamento, amor, apoio, compreensão e direção. Os adolescentes têm uma enorme necessidade de se sentirem seguros e amados incondicionalmente. Precisam saber que alguém percebe seus problemas e se interessa o bastante por eles para ajudá-los a qualquer custo. Decididamente não é uma jornada fácil, mas os pais que persistem, continuam amando seus filhos e procuram manter contato com eles têm maiores chances de ajudá-los a vencer do que aqueles que assumem um papel menos ativo. Relacionamos aqui maneiras testadas e comprovadas para melhorar o relacionamento com seu adolescente:
Petra Laila Agora que meu filho mais velho, Chris, fez 13 anos, vi que preciso mudar a maneira como me comunico com ele. Ele não é mais a criança que era faz alguns anos. De uma hora para a outra, ficou mais alto que eu. O tempo voou mesmo! Parece até que foi ontem que ele era um ativo menininho de dois anos que mexia em tudo. Como a maioria dos pais, suponho, a minha tendência é instintivamente achar que já sei o que é melhor para meus filhos e que devo agir segundo essas impressões. Isso até funcionou quando ele era pequeno, mas agora que chegou à fase de querer tomar mais suas próprias decisões, descobri que preciso adotar outra abordagem e envolvê-lo mais nesse processo, ou seja, tratá-lo menos como criança e mais como colega de trabalho. Hoje, quando surge uma situação, tornou-se mais importante escutar suas ideias e entender seu ponto de vista e suas necessidades, assim como explicar o que penso. Então tentamos formular uma solução juntos que seja boa para nós e para os demais envolvidos. Quando recaio no antigo hábito de tentar lhe dizer o que fazer sem considerar sua opinião, ele se sente tolhido, afasta-se, perde uma oportunidade de aprender e eu perco sua cooperação plena. Mas quando me lembro de consultá-lo em vez de lhe dar ordens, as coisas vão bem, ele dá outro passo para aprender a tomar decisões sábias, responsáveis e amorosas, e nossos laços de amor e respeito mútuo são fortalecidos. *** A transição da infância para a vida adulta pode ser como andar na corda bamba, e os adolescentes precisam do bom exemplo dos pais ou de outras pessoas para ajudá-los a fazer essa travessia com segurança e sem muitos solavancos. Conforme meus filhos se tornaram adolescentes, eu procurava orientá-los no processo de tomada de decisões, mas deixava que eles decidissem. Eles, muitas vezes, tentavam convencer a mim ou sua mãe a tomar as deci¬sões por eles, para que não figurassem como culpados, caso as coisas dessem errado. Mas eu costumava lhes dizer: “Não me pergunte. Você sabe discernir o certo do errado. O que você acha?” De um modo geral, gostavam que insistíssemos que eles decidissem, porque sabiam que era o certo e essa abordagem os ajudava a sentir que confiávamos neles e os respeitávamos, o que é muito importante nessa idade. - D. B. Berg Extraído da revista Contato. Usado com permissão.
Elaine M. Gibson
Às vezes os pais dizem as coisas mais absurdas. A maioria de nós já foi culpada de fazer ameaças vazias e oferecer opções falsas. Ameaças Vazias Fazer ameaças que não podem ser cumpridas é pior do que inútil. Uma criança enrola de manhã e a mãe, já atrasada, ameaça: “Se você não anda logo, vou deixá-lo aqui!” Se isto for realmente uma possibilidade (a criança tem idade suficiente para ficar sozinha, ou outro adulto ficará com ela), a afirmação é uma promessa e não uma ameaça. “Se não come o espinafre, nunca mais vai comer nesta casa!” “Se não arruma os brinquedos, vou dá-los a outra criança que os arrume!” “Se não pára de pôr a cabeça para fora do carro, vamos deixá-lo no próximo posto de gasolina!” Pais que fazem ameaças vazias nunca conseguem os resultados que querem. As crianças aprendem muito rapidamente a não acreditar em ameaças vazias. Na melhor das hipóteses, ameaças só convencem os nossos filhos de que estamos nos sentindo incapazes. Crianças detestam ameaças e ficam zangadas com elas, mas logo percebem a verdade. Um pai ou uma mãe que faz essas afirmações perdeu o controle e as crianças ganharam! Ameaças vazias são perda de controle. Quando um pai ou uma mãe faz uma ameaça absurda, a criança pode desafiar a ameaça e provar quem está no controle. Ainda que ele ou ela recorram à força física para fazer a criança obedecer, esta venceu. Um pai ou uma mãe sensato não faz ameaças que não possa cumprir. Lembrese que uma promessa é diferente. Os resultados são prometidos, a criança tem opção e o pai ou a mãe age. As crianças podem não acreditar no que dizemos, mas acreditam em tudo o que fazemos. Opções Falsas Outro fora comum é oferecer opções quando elas não existem. Queremos que os nossos filhos façam algo e achamos que em vez de darmos uma ordem vamos perguntar-lhes educadamente se querem fazer algo. Essa é uma boa maneira de agir se a resposta da criança, positiva ou negativa, for aceitável. O problema acontece quando precisamos de uma determinada resposta. “Vamos tomar banho? ... ‘Não’ o quê?” “Vamos para casa agora? ... Vai ter que vir, mesmo que não queira!” “Quer sair comigo? ... ‘Mais tarde’ o quê? Tenho que ir agora e você não pode ficar sozinha.” “O que gostaria de vestir para a festa de aniversário? ... Eu não acho que um maiô em inverno seja apropriado. ... Não importa que seja o que você quer usar!” Os pais podem apresentar opções aos filhos, mas só opções aceitáveis. As crianças precisam da experiência de tomar decisões, mas se não houver alternativas aceitáveis, os pais nunca devem dar a impressão de que há. Por exemplo: “Hora do banho! Quer tomar um banho de espuma?” “Estamos saindo em cinco minutos.” (Crianças precisam de um tempo de transição) “Quer usar o seu vestido vermelho ou o macacão amarelo para a festa?” “Em 10 minutos vou apagar a luz.” Observação: Se tiverem opção, crianças criativas vão pensar numa terceira ou quarta alternativa. Um pai ou uma mãe sensato vai considerar as alternativas e permitir à criança esse privilégio sempre que possível. Às vezes ceder tem a sua vez. Negociar é um talento que todas as crianças precisam aprender e o melhor lugar onde aprender é em casa. Lembre-se de ter cuidado com o que diz, pois os seus filhos estão escutando para ver se pegam erros. Nada de ameaças vazias nem de opções falsas. Misty Kay
Meu marido, Daniel, e eu vivemos com nossos quatro filhos no 13º andar de um prédio na cidade de Taichung, em Taiwan. Não precisa dizer, portanto, que o elevador é parte de nossas vidas. Até aquele momento havia sido apenas outro dia normal e ocupado, ao qual dediquei a maior parte da minha energia e tempo para cuidar das crianças e apartar suas brigas. Todos havíamos saído juntos, para fazer nem me lembro o que, e estávamos voltando para casa. Entramos no elevador vazio, uma das crianças apertou o botão, o número 13 acendeu e as portas fecharam. “Crianças, sua mãe e eu temos um importante comunicado a fazer”, anunciou Daniel de forma que capturou a atenção de todos. Eu não tinha a menor idéia do que se tratava. Ele é um homem espontâneo, cheio de surpresas e nunca sei o que esperar dele. Movida por um impulso, acompanhando sua iniciativa, aproximei-me dele e apoiei meu braço no dele, para dar mais autoridade ao que quer que ele estivesse para dizer. “Sua mãe e eu queremos que vocês saibam que depois de 14 anos casados, ainda estamos total e entusiasticamente apaixonados.” E me beijou como a uma noiva. Puxa! Aquela eu não esperava. As crianças riram um pouco e depois perguntaram: “Por que isso é um comunicado importante?” Daniel explicou que com tantos problemas matrimoniais no mundo e o divórcio sendo algo tão comum, as crianças precisam saber que seus pais se amam. Então olhou nosso filho nos olhos e disse: “Quando você for casado, deve tratar bem a sua esposa.” O som da campainha anunciou nossa chegada ao 13º andar e as portas do elevador se abriram. Quando entramos em nosso apartamento, as crianças conversavam e riam, e eu e Daniel fomos para o quarto para um momento a sós. Em 36 segundos, entre o térreo e o décimo terceiro andar, Daniel aproximou nossa família, nos fez sorrir, ensinou algo importante ao nosso filho e encheu meu coração com um calor que se espalhou por todo o meu íntimo. Extraído de a revista Contato. Usado com permissão. A boa comunicação com quase todo mundo — marido ou esposa, chefe, colegas, filhos, pais ou amigos — depende de uns poucos princípios básicos de relacionamento humano. Aprenda-os e estará a caminho de relacionamentos felizes e produtivos. Sinceridade. A boa comunicação está fundamentada em respeito mútuo, o que, por sua vez, depende de sinceridade. Tato. É importante ser sincero, mas é também essencial ser amoroso e ter consideração ao expor algo, especialmente quando o assunto for delicado. Sabedoria. É o que o ajuda a ter tato. Amor. Quando filhos sentem amadas ou que os pais se importam com elas, tudo cai na devida perspectiva. Talvez você não faça nem diga tudo certo, mas se os outros virem que você é motivado por amor, pequenos problemas ou mal-entendidos não vão aumentar de proporções. Atitude positiva. Um espírito animado normalmente gera reações positivas. Encorajamento e elogios sinceros são sempre bem-vindos. A hora certa. Saber quando dizer algo é, muitas vezes, tão importante quanto saber o que dizer. “O coração do sábio discernirá o tempo e o modo” (Eclesiastes 8:5). Sensibilidade. Não é bom ser tão sensível às próprias necessidades a ponto de se magoar facilmente, mas é bom ser sensível às preferências, necessidades e humor das outras pessoas. Estar aberto. As opiniões das pessoas e a maneira como abordam os problemas são tão diferentes quanto as próprias pessoas. Desligar os seus pensamentos e ficar em silêncio o suficiente para que os outros possam expressar seus sentimentos transmite respeito e fomenta trocas positivas e produtivas. Seus filhos vão ficar muito mais à vontade com você e mais propensas a lhe pedir conselho se souberem que você está aberto ao que elas têm a dizer, mesmo que discorde. Empatia. Coloque-se no lugar da seu filho e tente entender os sentimentos que a motiva a dizer o que está dizendo. Paciência. Às vezes é difícil ouvir sem interromper, tentar apressar a conclusão ou terminar as frases dos filhos, mas é uma maneira gratificante de demonstrar amor e respeito, que compensa. Senso de humor. Rir um pouco pode ser justamente o ingrediente capaz de impedir que situações potencialmente difíceis fiquem intensas demais. Relaxe! Acessibilidade. O dicionário define a palavra da seguinte forma: “Facilidade na aproximação ou no trato”, ou seja, a qualidade de alguém amigável, de fácil acesso. Clareza. Haveria menos mal-entendidos entre as pessoas se não fizessem tantos rodeios nem se apoiassem tanto em insinuações. Não deixe os crianças adivinhando. Diga o que está pensando. Se não tiver certeza que seus filho entendeu o que você está dizendo, pergunte-lhe. Esforço. Às vezes, a comunicação simplesmente dá trabalho, mas vale a pena pelas recompensas! Constância. Pais e filhos que se comunicam regularmente se entendem melhor e têm mais probabilidade de resolver os problemas à medida que surgem. Artigo original © revista Contato. Usado com permissão. Existe algum segredo para criar filhos felizes e bem ajustados?
Não há um segredo, mas existe um princípio: o amor! Seria impossível tratar em detalhe do amor paternal e maternal neste artigo, mas incluímos aqui uma breve lista das formas mais importantes de pais e mães, demonstrarem amor aos seus filhos.
Cortesia da revista Contato. Usado com permissão. Michael G. Conner, Doutor em Psicologia, The Family News As crianças não só aprendem com o que fazem, mas também com o que vêem seus pais fazendo. É importante os pais entenderem isso, porque muitos deles têm altercações e conflitos na frente dos filhos. Considere o que vou dizer antes de discordar, argumentar ou começar uma discussão na frente dos seus filhos. Os vínculos emocionais entre pais e filhos fazem estes últimos reconhecer e adotar os valores, atitudes e comportamento dos pais. As crianças confiam, imitam e atentam nas pessoas com quem se relacionam de maneira mais íntima. Mas elas, ao contrário dos adultos, tendem a absorver a perspectiva dos pais diretamente, mesmo que com uma certa hesitação e sem experiência. O impacto psicológico de uma discussão entre os pais pode gerar incerteza, instabilidade emocional, comportamento imprevisível e hiperatividade nos filhos. Apesar de muitas crianças não serem afetadas por pequenas divergências, algumas são mais sensíveis e propensas a agir segundo seus pensamentos confusos. Como as crianças lidam com pontos de vista conflitantes entre os pais? A resposta é: “Elas não sabem lidar com isso direito.” O impacto das divergências e conflitos variam à medida que as crianças ficam mais velhas. Mas muitos pais não percebem que se os filhos os vêem discutindo e tendo divergências, vão começar a ignorar o que os pais desejam, seus valores e atitudes. A tendência delas é pensar, “Se os meus pais não concordam, acho que posso acreditar e fazer o que eu bem entender.” Quando os pais discutem na frente dos filhos, ambos perdem credibilidade. A conseqüência mais frustrante das divergências e conflitos entre os pais é que os filhos imitam a sua conduta. E não só isso, mas se tornam cada vez mais competitivos. Eles tentam ir além dos pais, aprendem a se expressar no mesmo tom de voz, volume e freqüência; o que explica por que tantas crianças acabam agindo exatamente como o pai ou mãe com quem têm dificuldades de relacionamento. Uma causa [principal] dos conflitos e divergências é o fato dos pais não discutirem como vão tratar os filhos antes de surgir a necessidade. Pouquíssimos pais conversam sobre como lidar com problemas — só quando se vêem diante de um problema. Uma abordagem pró-ativa ao trabalho de criar os filhos é muito mais eficaz do que reagir aos problemas impulsivamente. — Os pais não devem discutir questões relacionadas ao criar seus filhos na frente deles sem antes conversarem e já resolverem tudo isso em particular. Evitem expressar diante de uma criança que não concorda com a postura ou comentários de seu cônjuge. — Determinem uma abordagem que ambos vão apoiar. Não ajuda se concordam nisso para evitar uma discussão, mas depois um não apóia o outro. — Decidam o que vão esperar das crianças antes de elas levantarem questões que poderiam resultar em divergência ou conflito entre os pais. William e Martha Heineman Pieper, Ph.D., reimpressão da web Todos os casais de vez em quando ficam bravos um com o outro na frente de seus filhos menores. Mas se você conseguir manter um ambiente razoavelmente agradável até poderem estar a sós, vão poupar seu filho de ter que lidar com complexidades de relacionamento para as quais ele ainda não tem maturidade. No entanto, se, apesar das suas boas intenções, começarem a discutir na frente do seu filho, parem a atitude hostil o mais rápido possível e tranqüilizem a criança dizendo, “Por favor, nos perdoe se o chateamos. Sabemos que você não gosta de nos ver brigar. Mamãe e papai se amam, mesmo quando brigam, e nós dois amamos você o tempo todo!” Existe uma noção popular, porém errônea que as coisas “desagradáveis da vida” fortalecem o caráter da criança e do jovem. Na realidade, a imaturidade das crianças as impede de se defenderem da dor emocional que sentem quando as coisas dão errado. Portanto, discussões entre os pais e outros acontecimentos dolorosos deixam as crianças mais — e não menos — vulneráveis ao estresse. Por outro lado, se no geral você protege o seu filho de experiências desagradáveis, principalmente da dor de presenciar uma briga entre os pais, com o tempo ele vai aprender a desenvolver uma atitude otimista em relação ao seu mundo e à sua capacidade de ter a harmonia e o amor que deseja e necessita. À medida que ficar mais velho essa visão lhe dará forças e flexibilidade para reagir de maneira eficaz aos desafios do cotidiano. Portanto, a próxima vez que forem ficar bravos na frente de um dos seus filhos, lembrem-se que aquilo que vocês consideram uma altercação normal, para ele é uma explosão nuclear, então contenham-se até estarem em particular. Vai ser mais fácil se perceberem que dessa maneira estarão cuidando do bemestar emocional do seu filho tanto quanto cuidam da sua saúde física ao mantê-lo longe da rua e do fogão. “Seja pronto para ouvir, porém deve demorar para falar e para ficar bravo.” * Logo desde o princípio, procure estimular um ambiente de comunicação sincera e aberta com os seus filhos. Encorage cada criança a se sentir livre de contar a você o que tem no seu coração. é claro que é muito importante evitar reagir de uma maneira crítica, condenadora ou com ares de superioridade quando uma criança está contando como se sente, confessando um erro ou contando um medo que tem, etc. Se você tiver uma reação tão negativa assim, provavelmente da próxima vez o seu filho vai pensar duas vezes antes de contar algo a você. "Ocasiões especiais" de conversas francas, combinadas com montes de abraços amorosos, asseguram grandemente as crianças de que nós as amamos e nos interessamos genuinamente por elas, pois nos esforçamos por escutá-las atentamente e compreendê-las! O seu filho nunca esquecerá essas ocasiões especiais com você. Na maioria dos casos, foram momentos assim que nós mais valorizamos quando éramos crianças, quando os nossos pais investiam o seu amor na forma de tempo passado pessoalmente conosco e atenção que nos dedicaram, simplesmente falando de coisas juntos. É claro que antes de podermos esperar que os nossos filhos sejam sinceros conosco, nós precisamos de ser sinceros com eles. Uma coisa que encoraja muito as crianças é saber que os seus pais não são totalmente perfeitos. (Além disso, você pode ter certeza que eles já repararam nisso!) Quando você admite honestamente os seus erros e fraquezas, está dando-lhes um bom exemplo do que é a sinceridade e a humildade, e os seus filhos amarão você muito mais por isso! Como acontece em qualquer tipo de comunicação sincera, é muito essencial enfatizar a importância de ser um bom ouvinte para a pessoa que está falando. Um pai ou uma mãe que sabe escutar não está ocupado lendo o jornal ou fazendo uma xícara de chá enquanto o filho ou a filha está abrindo o seu coração, contando-lhe que perdeu o seu melhor amigo, ou falando-lhe dos seus medos e preocupações mais profundos. Um dos maiores presentes que nós, pais, podemos dar aos nossos filhos é o nosso sincero interesse por eles e pelos seus problemas o qual se manifesta quando lhes damos a nossa atenção completa e quando os escutamos sem interrupções sempre que possível. O fato de você simplesmente escutar, diz ao seu filho: "Eu quero entender e ajudar você. Eu acho que vale a pena escutar você e quero que você saiba que eu tenho fé em você. Você pode sempre vir falar comigo porque eu te amo." * Faça perguntas. (As crianças não deveriam ser as únicas a fazer perguntas!) Quando estiver genuinamente comunicando com crianças, ou com qualquer outra pessoa, fazer perguntas ajuda-as a abrir-se e mostra que você se preocupa e interessa por eles. Devemos fazer com que sejam eles a falar. E quando eles fizerem as perguntas a você, tenha cuidado para não começar a filosofar ou fingir que você é algo que não é. Mantenha-se simples! E não ofereça nenhum conselho que na prática você próprio não queira aplicar. * Aprenda a apresentar os seus conselhos ou respostas de maneiras que sejam fáceis deles aceitarem. Faça com que seja "fácil eles serem bons", ao permitir que eles pensem que pelo menos em parte também é idéia deles. Por exemplo: "Eu gosto da sua observação sobre precisar de mudar as coisas um pouquinho. Vamos experimentar a sua idéia!"; ou então: "O que você acha de experimentarmos esta idéia?", ou ainda: "Você não descobriu que assim funciona melhor?" * Quando algo corre mal, é importante não julgar o assunto prematuramente. Cada história tem pelo menos dois lados, e ajuda muito ouvir todos os lados da boca daqueles que estão envolvidos no assunto. A maioria de nós tem feito o grande erro de julgar as coisas rápido demais ou de agir com impulsividade, o que resulta na criança ser acusada injustamente ou ficar profundamente magoda. Uma mãe ouve algo quebrando no quarto e corre para encontrar a sua filha banhada em lágrimas ao lado de uma jarra despedaçada no chão. Bater imediatamente na criança sem explicação acrescenta o insulto à injúria, quando se meramente perguntasse primeiro o que aconteceu, a criança poderia explicar que estava tentando evitar que o gato subisse na mesa, tentando enxotá-lo, quando o gato deu um encontrão no vaso e o derrubou, e não ela! Nós deveríamos perdoar aos nossos filhos e ser justos e misericordiosos para com eles, tanto quanto possível. Mas se continuamente os julgarmos tão ríspida e impulsivamente, eles poderão facilmente perder a confiança em nós, e acabar por ficar com medo de nos contar ou confessar coisas de que são realmente culpados e em que precisam de ajuda! Extraído dos escritos de D.B. Berg. © A Família Internacional. Usado com permissão.
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