Mary VanClay, site do Babycenter
Os toddlers nem sempre escutam. Na realidade, nessa idade, eles precisam que vocês lhes ensinem a prestar atenção. Mas freqüentemente, os pais dizem algo 10 vezes, e só depois começam a contar para dar um castigo. O que acontece, é que isso condiciona a criança a não escutar até à 10a vez. Ao não escutar, a criança está conseguindo a sua atenção (embora pegar no pé não seja a melhor forma de atenção). Mas, ser um bom ouvinte ajuda seu filho a aprender melhor, prestar atenção a sinais de perigo, interagir melhor com você, seus professores e outros adultos que se espera que ele respeite, e a fazer melhores amigos. Existem muitas estratégias simples que, quando seguidas consistentemente, ensinarão aos toddlers aptidões que eles precisam para ser bons ouvintes. E nunca é cedo demais para começar a ensinar o seu filho. Um toddler talvez não escute tanto como uma criança de cinco anos, mas ainda tem bastante capacidade de escutar. * Abaixe-se ao nível deles. Como todos os pais descobrem, mais cedo ou mais tarde, gritar lá do alto (e muito menos do outro quarto) raramente tem o efeito desejado. Ajoelhe-se ou pegue seu filho, para que possa olhar nos seus olhos e captar sua atenção. Ele escutará com muito mais atenção se você sentar do lado dele à mesa do café da manhã enquanto lhe diz para comer o mingau, ou sentar na cama dele enquanto diz que vai desligar as luzes. * Seja claro. Fale o que está querendo comunicar com clareza, de forma simples e com autoridade. A criança vai desligar se você ficar falando a mesma coisa por muito tempo. É difícil ela pegar o ponto de uma mensagem longa do tipo “Está muito frio lá fora e você tem andado doente, portanto quero que vista seu casaco para irmos na loja.” Mas, não dá lugar a mal entendidos se você disser “está na hora de ir pegar o seu casaco”. Também não faça uma pergunta se não é para seu filho ter uma opção. “Suba no assento do carro” tem muito mais impacto do que “Sente-se no seu assento, está bem, querido?” * Cumpra o que diz com prontidão. Deixe claro que está falando sério, e não faça ameaças ou promessas sem as cumprir. Se disser ao seu filho de dois anos “Você precisa tomar leite”, não recue cinco minutos depois e o deixe tomar suco de fruta em vez do leite. Se o avisar que vai ficar sentado se bater no irmão, faça exatamente isso quando ele errar. Certifique-se que seu cónjuge e pessoas chegadas conhecem suas regras e as seguem igualmente, para que nenhum atrapalhe o outro. Além disso, cumpra o que diz prontamente. Você não deveria ter nunca que gritar cinco vezes para uma criança “Não atravesse a rua correndo” antes dela obedecer. Do mesmo jeito não caia na armadilha de repetir instruções menos importantes do tipo “Por favor, coloque o seu copo na mesa” repetidas vezes antes de esperar que a criança obedeça. Segure gentilmente na mão da criança para ela colocar o copo na mesa, para que saiba exatamente o que você quer que ela faça. * Reforce a sua mensagem. Muitas vezes, depois de dar uma instrução, tem outras mensagens que ajudam muito, especialmente se estiver tentando tirar a criança de uma atividade na qual está muito interessada. Diga: “É hora de ir para a cama!” e depois dê uma ajudinha visual (acendendo e apagando a luz várias vezes), uma dica física (colocar a mão no ombro da criança para desviar a sua atenção da boneca e fazer com que preste atenção em você), e uma demonstração (conduzi-la à cama, puxar as cobertas para trás e afofar o travesseiro). * Dê um aviso. Avise a criança com antecedência antes de uma grande mudança, especialmente se ela estiver toda feliz brincando com seus brinquedos ou com um amiguinho. Antes de sair, diga: “Vamos sair daqui a alguns minutos. Quando eu a chamar, é hora de sair da caixa de areia e lavar as mãos.” * Dê uma instrução realista. Se disser a uma criança de dois anos para arrumar os brinquedos, ela vai olhar em volta do cómodo e ficar desconsolada. Dê uma tarefa realista do tipo “Vamos guardar os blocos amarelos”. Faça disso uma brincadeira. “Muito bem, agora vamos guardar os blocos azuis.” * Motive. Gritar ordens pode produzir resultados em algumas crianças, mas nenhuma vai gostar. A maior parte das crianças reage melhor quando as tratam com confiança e bom humor. Por exemplo, de vez em quando faça uma voz diferente ou uma música para dar a mensagem que pretende. Por exemplo, pode cantar. “A hora de escovar os dentes é agora” com a música de “A Hora de ser feliz é agora”. Enfatize os benefícios de obedecer em vez de apenas o que precisa ser feito (“Escove os dentes e depois pode ir colocar a sua camisola favorita” em vez de “Você tem que escovar os dentes senão vai ficar com cáries” ou “Vá escovar os dentes AGORA!”) Elogie a criança quando tiver terminado de escovar os dentes. O bom humor, afeição e confiança que transmite ao seu filho quando fala com ele deste jeito vai fazer com que queira conversar com você, porque saberá que você o ama e o considera especial. Este é um aspecto importante até mesmo das estratégias que requerem firmeza. Dar instruções diretas e com autoridade não quer dizer que tenhamos que agir zangados. Essas mensagens são muito mais poderosas quando acompanhadas por um abraço ou um sorriso. Assim, a criança aprende que vale a pena prestar atenção em você. * Seja um modelo de bom comportamento. Crianças em idade pré-escolar prestam mais atenção se vêem que você também escuta. Crie o hábito de escutar o seu filho com tanto respeito como você escutaria um adulto. Olhe para a criança quando a estiver escutando, responda educadamente, e sempre que possível deixe ela terminar sem interromper. Por mais difícil que pareça quando você está fazendo o jantar e o seu toddler parece estar com a corda toda, tente não ir embora nem lhe virar as costas enquanto está falando. Como acontece com muitos outros comportamentos, o velho ditado “Faça como eu digo, não como eu faço” não tem valor para ensinar seus filhos a escutar.
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Héctor Medina Meu avô costumava dizer: “Se quiser crianças bem comportadas, tem de criá-las usando as duas mãos: a direita, é a do amor; a esquerda, da disciplina.” Essa máxima tem sido a base do meu relacionamento com meus alunos nos meus 25 anos de magistério. É possível que você já tenha ouvido a analogia que assemelha os jovens às plantinhas. Elas precisam de água e sol, mas também de fertilizantes, podas, proteção contra doenças e devem ser transplantadas para vasos maiores, dentre outras coisas. Tudo isso exige a dedicação do jardineiro e pode, às vezes, surpreender as plantas. No caso dos jovens, isso significa dar-lhes primeiro e acima de tudo carinho, sem esquecer os outros elementos necessários à formação do caráter, como, por exemplo, oferecer um ambiente propício ao seu desenvolvimento social, emocional e espiritual, estabelecer limites, ensinar-lhes responsabilidade pelas suas ações e, se preciso, permitir que sofram as conseqüências de suas decisões erradas, para aprenderem com elas. Esses aspectos mais difíceis do trabalho dos pais e educadores são também aqueles que os adolescentes têm mais dificuldade de aceitar, especialmente no início, mas devemos essas coisas tanto a eles quanto a Deus, a quem, em última análise, prestaremos contas de nossas vidas. Fala-se muito hoje em dia sobre adolescentes problemáticos e do impacto exponencial que têm na sociedade por causa da influência que exercem nos colegas, nas crianças mais jovens e, mais tarde, nos seus próprios filhos. E aí surgem algumas perguntas que não querem calar: “Como chegamos a esse ponto?” “Como mudar essa situação?” “Ainda podemos tomar um rumo melhor, mais segundo os padrões de Deus, ou será tarde demais?” Acredito que haja esperança, com a ajuda de Deus, porque para Ele, tudo é possível (Mateus 19:26). Mas Ele não pode nem quer fazer tudo sozinho. Ele precisa que nós, pais, professores e outros adultos, demos aos nossos jovens a orientação e o exemplo que eles precisam. Nossa parte é fazer frente às tendências de passividade, permissividade e de falta geral de padrões morais que, infelizmente, têm predominado entre pais e educadores de hoje. Mas se cada um de nós fizer o que lhe for possível, Deus fará o que estiver fora do nosso alcance. Ele causará as mudanças interiores que nossos filhos precisam para ajudá-los a querer fazer a parte deles, a escolher as coisas certas com a motivação certa. Com o tempo, eles próprios podem se tornar agentes de mudanças positivas, mas tudo começa com os adultos. Precisamos segurar as rédeas firme e com as duas mãos. Extraído da revista Contato. Usado com permissão.
Kathleen Julicher, tirado do The Home Educator’s Family Times Crianças dotadas normalmente têm um nível alto de energia e pais atribulados. Você tem um filho dotado e ativo? Essa criança é normal? O que pode fazer? Vamos discutir as respostas a esta pergunta e algumas técnicas que pode usar com uma criança inteligente e ativa, coisas que podem fazer toda a diferença em o escola e em casa. Como é a criança com um alto nível de energia? Ela pode seguir um padrão de comportamento semelhante a uma criança com síndrome de deficiência de atenção (ADD) ou uma criança hiperativa (ADHD). Uma criança pode passar várias horas trabalhando em um projeto sem parar. E outra talvez tenha que estar “por dentro” de tudo que acontece ao seu redor. Normalmente, é ainda na primeira infáncia que os pais notam o problema. O bebê talvez “nunca” queira dormir, ou somente por períodos curtos. Os pequeninos talvez sejam do tipo que seguem suas mães pelos quatro cantos, o que pode ser uma distração. Quando mais velha, ela pode querer sempre receber atenção, ser “entretida” ou estar investigando algo. Essas são crianças dotadas normais e simplesmente têm um alto nível de energia. Deve-se ensiná-las a aproveitar essa energia em algo construtivo. Assim lhes darão um dom. A criança dotada pode parecer e ser como uma criança com ADD/ADHD. Especialistas nos dizem que as crianças super dotadas são erroneamente diagnosticadas como portadoras de ADD ou ADHD por causa da característica do alto nível de energia. Os médicos dão a algumas remédios para compensar uma condição que não existe; outras são colocadas em uma classe especial designada para crianças problemáticas. Mesmo assim, qualquer criança com energia má direcionada é um problema. Uma professora pode ver uma criança dotada e ativa, comparar com as crianças de sua experiência, e decidir que o problema está no nível de energia, e não por ela ser dotada; com a criança e não a rotina acadêmica. Usar o padrão curricular designado para uma criança normal em uma sala de aula normal pode causar problemas. E sobre a energia? Nós devemos ser capazes de direcionar esta energia para acompanhar o ritmo, para que a criança realmente aprenda algo, e assim, não fique sempre se metendo em encrencas. Todas essas coisas podem ser aplicadas a uma criança de três anos, mas como toda mãe de um adolescente dotado sabe, também serve para as crianças mais velhas. Aqui vão algumas maneiras de direcionar a energia: • Envolver a criança num processo de aprendizado. Se não sabe no que ela está interessada, pergunte. Se ela estiver interessada em equipamentos eletrónicos (e você não souber nada sobre o assunto)? Deixe-a explorar o campo e contar para você. Torne-se um facilitador. • Atividade física é muito importante para nossos jovens. Proporciona um escape para o excesso de energia. Dizer de repente: “Pule e faça 25 polichinelo” ou, “Faça 25 flexões curtas.” Um intervalo curto como este é bom para retomar sua concentração. • Para crianças ativas de reação emocional intensa, tente uma boa e calma música de fundo. Ensine-as a tocar um instrumento, dê-lhes tempo para brincar com ele sem tocar. • Não se esqueça das velhas regras de controle dos alimentos (evite açúcares, corantes, preservantes, alergias, etc.) reforçando regras da casa (não ponha os pés em cima dos móveis, etc.) E a criança distraída que tem energia mas mesmo assim não faz seu trabalho? Muitas crianças dotadas são muito atentas ao mundo à sua volta. Uma criança dotada pode ser extra sensível; ou seja, seus sentidos podem ser mais aguçados do que o normal. Eis algumas técnicas para manter a criança na linha e concentrada. • Remova tudo da mesa exceto aquilo no qual ela está trabalhando. • Use um relógio de cozinha para lhe dar a consciência de tempo. • Não use a cama para trabalho de casa. • Separe as tarefas em sub-tarefas fáceis de manejar. • Use uma lista de tarefas • Dê-lhe um tempo para brincadeiras usando a imaginação, mas não durante a hora de estudar. Uma criança dotada talvez tenha um nível de energia elevado, o que pode causar um problema no escola eo casa. Essas técnicas podem ajudar seu filho ativo. Lembre-se que energia é bom, e mais energia é melhor, e como outros dons, é um dom de Deus. Perdi a noção do tempo naquela manhã quente de julho, quando me encostei no cabo da minha enxada e deixei a imaginação voar com projetos mais emocionantes do que cavar milho. Então, de repente, vi meu avó - até então meu modelo de bondade e compaixão - atravessando o campo, caminhando rapidamente entre os regos e sacudindo uma longa e agourenta vara. Estou frito, pensei, ao me dar conta que tinha ultrapassado o limite da sua paciência. Comecei a cavar o milho o mais rápido que os meus braços de 11 anos conseguiam, sem ousar olhar para cima, enquanto escutava seus passos na terra cavada e as plantas roçando em suas pernas. Assustado com a realidade do que estava prestes a acontecer, lembrei quando ele me disse “Jesus às vezes chorava, mas quando precisava Ele sabia ser durão.” Meu avó ia ser durão comigo, pela primeira vez na minha vida. Eu ia completar 11 anos naquele verão, e o auge da Grande Depressão ainda se fazia sentir no Tennessee. A maioria das pessoas dependia principalmente dos alimentos que cultivava e do gado que criava nas suas pequenas fazendas. Naquela manhã, eu estava cavando o campo das espigas de milho para que meu avó pudesse terminar de arar. “Não o deixe ficar enrolando”, disse meu pai para o meu avó. “Se for preciso, sacuda a poeira dele. Não o deixe só ficar brincando e encostado no cabo da enxada. Ele tem tido umas crises de preguiça ultimamente.” Meu pai tinha receio que meu avó fosse leniente demais comigo. Eu o tinha ouvido dizer para minha mãe: “Meu pai às vezes é mole demais e se prejudica com isso.” Um dos momentos mais felizes da minha jovem vida, fora no verão passado, quando escutei meu avó dizer para um pregador que estava de passagem que eu talvez viesse a ser o seu neto mais proeminente, porque “me interessava pelas coisas da mente”. Mas as “coisas da mente” tinham tomado conta de mim naquela manhã. Encostado no cabo da enxada, só enxotando de vez em quando as abelhas e os besouros, meus pensamentos estavam no riacho onde planejava construir uma represa no ponto mais estreito. Queria fazer uma barragem de barro, folhas e pedras, e depois fazer barcos com tampas de baldes e caixas de cigarros vazias e formar uma frota no mar alto. Absorto no meu projeto de engenharia, nem reparei que o vovó não estava mais gritando “eia” para a mula no campo onde se encontrava. Depois o vi caminhando rapidamente na minha direção entre dois regos de milho com aquela vara na mão, e comecei a cavar. “Espere aí, filho,” disse ele mansamente. “Preciso fazer uma coisa. Como está a sua enxada esta manhã?” “Está ótima, vovó.” “Acho que não, meu filho. Deixe-me dar uma olhada nela.” Entreguei na mão dele a enxada de cabo curto que ele tinha feito especialmente para mim, e ele começou a falar com ela, segurando-a à distáncia de um braço. “Enxada, eu mandei você para aqui com o meu neto, para cavarem este milho. Você sabe que este milho precisa ser cavado. Sabe que vamos precisar de espigas para assar no outono - ele vai precisar de algumas para levar para o almoço, quando for para a escola. Mas você não quer cavar. Vou ter que dar uma apertada em você para você ajudar o meu neto. Então ele deu umas bordoadas no cabo da enxada até a vara quebrar. Quando jogou fora o resto da vara, me devolveu a enxada. “Acho que agora vai trabalhar melhor, filho.” “Vai trabalhar muito melhor, vovó,” reassegurei-o, e comecei a cavar as ervas com uma energia que nunca tinha percebido. “Acho que vai trabalhar otimamente bem.” Vovó então deu meia volta e foi embora. Alguns metros na frente, parou e virou-se, com seus grandes olhos azuis cheios de lágrimas. “Diga à sua mãe que hoje você vai comer conosco, por isso não se atrase. Sua avó está assando uma grande torta de pêssego e vai ficar brava se não estivermos à mesa na hora.” - Ernest Shubird, cortesia do Guideposts *****
O melhor jeito é com amor É isso que Deus tem, paciente e amorosamente, tentado nos ensinar o tempo todo: a fazer as coisas com a motivação certa, por amor. E, seguindo o exemplo de Deus, nós também deveríamos tentar persuadir os outros a fazer as coisas certas, por amor. Certamente, Deus tem que ter muita paciência e amor conosco, por isso deveríamos ter muita paciência e amor para com os outros! Denis Donovan, médico, Centro Infantil para Desenvolvimento Psiquiátrico
Está cansado de tentar fazer seus filhos se comportarem? Talvez o problema seja uma simples falha na comunicação. • Não use uma pergunta quando deveria dar uma ordem. Pais muitas vezes fazem perguntas aos filhos, quando deveriam dizer-lhes o que fazer. • Não faça uma pergunta “não objetiva”—uma pergunta que não reflita o que você quer que a criança faça. Exemplo: Uma mulher que quer que o filho pare de empurrar caixas de um lado para o outro numa loja de brinquedos, pergunta: “Você quer levar uma surra?” A criança continua fazendo o mesmo. Mais alto, ela diz: “O que é que eu acabei de dizer?” A criança continua não reagindo. A criança não está relacionando a pergunta dela com as ações dele. Ela deveria dizer claramente o que quer que ele faça: “Pare de empurrar essas caixas, por favor.” • Não faça perguntas negativas que convidem a criança a dar respostas negativas. Exemplo: Se perguntar ao seu filho: “Você não pode limpar o seu quarto?” é provável que ele ou ela responda com um simples “Não.” Ou talvez ele pense: “Posso. Mas não quero.” Mais uma vez, diga simplesmente: “Faça o favor de limpar o seu quarto.” • Não termine as frases com “está bem?” ou “tudo bem?” quando os pais dizem isso, estão querendo saber se a criança os ouviu. “Calce as botas, está bem?” ... “Vamos sair em breve, está bem?” Mas a criança pensa que você está pedindo a sua permissão. Diga simplesmente o que você quer que a criança faça: “Faça o favor de calçar as botas.” • Não fale usando “nós”. Quando você usa nós, está tomando responsabilidade pelo comportamento que está querendo que mude. Quando a criança ouve nós, acha que não lhe está sendo exigido que aja. Por exemplo: “Daqui para a frente nós vamos melhorar no nosso dever de casa.” “Vamos pôr o lixo pra fora?” Use “você” quando quiser que o seu filho assuma responsabilidade. • Descreva exatamente o que está incomodando você, para que o seu filho assuma responsabilidade. Exemplos: Em vez de dizer: “foi um dia horrível”, diga “você comportou-se mal o dia todo.” Em vez de dizer, “Foi uma das experiências mais horríveis que já tive”, diga “Quando você faltou ao respeito à sua professora durante a reunião de pais e professores, eu fiquei muito envergonhada.” Charles e Carla Coonradt contam a história de uma baleia monstruosa, Shama, que pesa 9 toneladas, que foi ensinada no Sea World, na Flórida, a dar saltos de 6 metros fora d’água e fazer acrobacias. Como é que vocês acham que eles ensinaram a baleia a fazer isso? A abordagem tipicamente parental seria suspender uma corda 6 metros acima da água e encorajar a baleia a pular por cima dela. “Pule, baleia!” Talvez colocar um balde de peixe lá em cima e recompensar a baleia sempre que fizesse a coisa certa. Estabelecer metas! Mirar alto! Mas tanto eu como você sabemos que a baleia não ia se mexer. Os Coonradts dizem: “Então, como é que os treinadores do Sea World conseguem? Sua prioridade número um é reforçar o comportamento que eles querem que seja repetido. Neste caso era conseguir que uma baleia ou marsopa pulasse por cima da corda. Eles alteram o meio ambiente de todas as formas possíveis, de maneira a reforçar esse princípio e assegurarem que a baleia não vai fracassar. Começam por colocar a corda debaixo d´água, numa posição em que a baleia inevitavelmente terá que fazer o que se quer que ela faça. Cada vez que a baleia passa por cima da corda, recebe um incentivo positivo. Ganha peixe, recebe carinhos, brincam com ela e o mais importante de tudo é que recebe esse incentivo. “E o que acontece quando a baleia passa por baixo da corda? Nada, não recebe nenhum choque elétrico, criticas construtivas, reações pelo seu desempenho nem nenhuma advertência no seu arquivo pessoal. As baleias aprendem que comportamento negativo não recebe reconhecimento. “Incentivo positivo é o segredo desse princípio tão simples que produz resultados tão espetaculares. E à medida que a baleia começa a passar mais vezes por cima da corda do que por baixo, os treinadores começam a elevar a corda. Deve ser elevada devagar o suficiente para que a baleia não morra de fome tanto física como emocionalmente. “A lição bem simples que deveríamos aprender com os treinadores é a ser profusos nos nossos elogios. Fazer uma grande festa pelas pequenas coisas boas que queremos que sejam feitas consistentemente. Em segundo lugar, critique pouco as crianças. Elas sabem quando pisam na bola. O que precisam é de ajuda. Se criticarmos, punirmos e disciplinarmos menos do que seria esperado, as crianças não vão esquecer o acontecimento e geralmente não vão repeti-lo. Precisamos tornar difícil as crianças fracassarem, para que possa haver menos críticas e mais elogios. Palavras Para Pessoas Amadas
Maria Fontaine
A missão do pai e da mãe vai muito além de consolar as crianças quando caem, ou garantir que estejam sempre bem alimentadas, escovem os dentes e assim por diante. Os pais também são responsáveis pela educação espiritual dos filhos, cuja base é a disciplina temperada com amor, ou seja, dentro dos limites do razoável, com serenidade e sem violência. As crianças começam a formar seus padrões de comportamento e idéias de certo e errado muito cedo e, portanto, quanto antes os pais começarem a lhes ensinar, melhor. Ensinar disciplina significa oferecer orientação e um ambiente ordenado, para que a criança desenvolva a autodisciplina. Se for apenas imposta, a criança ou jovem destrambelhará tão logo se veja livre do controle dos pais. Mas se os pais forem constantes em seus esforços para ensinar os filhos a viver de forma disciplinada, estes acabarão impondo a disciplina a si própria. Disciplinar não é apenas aplicar castigos ou impor conseqüências a um comportamento inaceitável, apesar de serem importantes partes do processo. A disciplina começa com a orientação passo a passo, a definição clara de limites e diretrizes, um bom exemplo dos pais do comportamento a ser praticado, e a persistência. De um modo geral, os pais sentem dificuldade para aplicar castigos, especialmente quando as crianças são pequenas, pois amam os filhos e não querem vê-los tristes. Prefeririam mil vezes que houvesse uma alternativa mais fácil para as crianças aprenderem suas lições, mas é justamente por amor que devem corrigi-los, pois é necessário e vai poupar às crianças maiores sofrimentos no futuro. Como ensina a Bíblia, a disciplina “produz um fruto pacífico de justiça nos que por ela têm sido exercitados” (Hebreus 12:11). As crianças não aprendem a se comportar sozinhas. É um processo longo que exige constância, amor e imparcialidade. Esse é, provavelmente, o maior desafio que os pais encontram. De certa forma, é mais fácil deixá-los se divertirem por conta própria, mas, no longo prazo, todo o trabalho de ensinar disciplina às crianças é muito mais gratificante. Na verdade, os pais que não o fizerem podem contar com decepções futuras. Até as crianças aprenderem as lições simples e elementares relacionadas à obediência, ao respeito, à consideração pelos outros, ao autocontrole e à autodisciplina, não amadurecerão nem alcançarão todo seu potencial. Além disso, a criança criada sem regras será menos feliz, se sentirá menos realizada na vida e, por causa disso, as pessoas ao seu redor tampouco serão tão felizes como poderiam. E se os pais não ensinarem logo no início disciplina às crianças, com amor e constância, quando elas crescerem, darão muito mais trabalho. Os adultos se virão obrigados a impor regras para impedir que o comportamento dos filhos prejudiquem eles mesmos e os outros — e não será por culpa da crianças, mas dos mais velhos, que não lhes ensinaram quando os riscos eram menores. Por esse prisma, vemos que amar é ensinar as crianças desde o início, com carinho, amor e constância, a tomar as decisões certas, deixando claros os limites do comportamento aceitável e fazendo-as sofrer algum tipo de conseqüência quando eles forem violados. Portanto, o primeiro passo é acreditar que a disciplina é necessária não apenas para que as crianças se tornem membros produtivos e úteis da sociedade, mas também para que sejam felizes e se sintam seguras no seu relacionamento com os pais. No fundo, as crianças sabem que precisam de limites e querem que eles sejam definidos. Elas se sentem mais felizes e seguras em um ambiente em que o amor e a disciplina sejam constantes. Depois de se comprometerem a ensinar disciplina aos filhos, o próximo obstáculo que os pais devem vencer é a necessidade de serem constantes. Haverá vezes em que, por causa de outras ocupações, corrigir o filho pode parecer uma inconveniência. Há situações em que os pais se preocupam com a opinião alheia, ou não querem “estragar o momento” e os filhos tentam de tudo para dissuadi-los a “pegar leve”. Mas é preciso ter cuidado para que as circunstâncias, o seu humor ou o nível de energia no momento não afetem mais do que deveriam a maneira como a disciplina é ministrada. Nesses casos, é comum o adulto, por comodismo, fazer vista grossa ao comportamento errado, ou recorrer a palavras duras, ou ficar “pegando no pé” dos filhos. Mas a disciplina inconstante, independentemente do motivo, confunde e até prejudica as crianças, e dificulta tanto a vida dos pais quanto a dos filhos. A constância diminui a necessidade de castigos, pois as crianças aprendem suas lições mais rapidamente. Ensinar disciplina requer envolvimento. Os pais que abraçam a responsabilidade de ensinar os filhos a ser disciplinados assumem também o compromisso de passar mais tempo com eles, porque estar com as crianças e em sintonia com elas é essencial. Talvez você não goste de ter que corrigi-las ou lhes aplicar um castigo e, às vezes, parecerá muito mais trabalhoso ensinar-lhes a fazer as coisas da maneira certa do que apenas deixá-las fazer o que bem entendem. Mas, com o tempo, verá que se poupou muito trabalho e desfrutará muito mais da companhia de seus filhos. Aplicar disciplina de forma constante e com amor traz grandes recompensas. No fim, não apenas seus filhos terão mais amor e respeito e gostarão mais de ficar com você, mas esses sentimentos serão recíprocos, porque você terá ajudado a revelar o que há de melhor neles. Extraído da revista Contato. Usado com permissão. Desenvolver um bom relacionamento. Faça um tempo para conversar com o seu filho, mesmo que seja muito pequeno (quando já estiver falando, claro). Uma comunicação frequente com seu filho, lhe comunica que você está interessado nele, mostra que está disposto a escutar o que ele tem a dizer, e os aproxima mais, visto que a comunicação faz com que se entendam melhor um ao outro.
Tome tempo para explicar. Uma vez que você explicou a sua posição sobre algo para a criança, fica muito mais fácil a criança aceitar a disciplina. Uma criança que fica chateada e chora ou grita muito talvez seja uma criança frustrada que sente que esse é o único jeito de ser compreendida. Sempre que possível, vá devagar e tome tempo para explicar. (Isso é especialmente importante com crianças que talvez ainda estejam aprendendo a se expressar, mas se aplica a todas as crianças.) Constáncia é essencial. Quando abrirem exceções, é bom explicar por quê. Se as crianças sabem que os pais de vez em quando quebram ou passam por cima de algumas regras, vai ser muito difícil as convencerem a obedecer. Contudo, tem vezes em que é melhor não ficarmos tão presos a algo de pouca importáncia a ponto de perdermos de vista a verdadeira questão que a criança está enfrentando. Pegue a criança fazendo algo bom. Encorajar o bom comportamento é tão importante, se não mais importante, do que disciplinar o mau comportamento. Mantenha um olho aberto para o bom comportamento e diga-lhe: “Peguei você!” Isole o comportamento. Evite dizer, “Que menino ruim (ou menina).” Em vez disso diga “O que você fez foi errado.” (Isso ajuda a evitar a baixa auto-estima.) Termine num tom positivo. Quando corrigir crianças, esforce-se sempre para enfatizar o positivo no final da conversa; termine num tom feliz do tipo “Puxa, eu amo você muito! Você é o meu pequeno tesouro e eu estou muito feliz de você ser meu filho!” etc. Isso encoraja as crianças e as lembra que, apesar de você as ter corrigido, seu amor por elas não mudou. |
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