Alguns meses atrás, quando eu pegava as crianças na escola, outra mãe que eu conhecia bem, correu até mim. Emily estava fumegando de indignação. “Você sabe o que eu e você somos?” ela perguntou. Antes que eu pudesse responder — e eu não tinha uma resposta na hora — ela deixou escapar a razão para a pergunta. Tinha acabado de renovar sua carteira de motorista no escritório municipal. Interrogada pela mulher que preenche o registro sobre sua “ocupação”, Emily hesitou, incerta de onde se classificaria. “O que quero dizer é”, explicou a mulher, “a senhora tem um trabalho, ou é só…” “Claro que tenho um trabalho”, Emily respondeu, “Eu sou mãe”. “Nós não registramos ‘mães’ como ocupação… ‘Dona de casa’ inclui isso”, disse a mulher enfaticamente. Eu esqueci completamente da história da Emily até ficar na mesma situação na nossa prefeitura. A balconista era obviamente uma mulher de carreira — equilibrada, eficiente e portadora de um título que soa bonito como “Interrogadora Oficial” ou “Encarregada dos Registros Municipais”. “E qual é sua ocupação?” perguntou. O que me fez falar isso, eu não sei. As palavras simplesmente estouraram. “Eu sou… uma Pesquisadora Associada ao campo de Desenvolvimento Infantil e Relações Humanas.” A balconista parou, a caneta esferográfica paralisou no ar, ela olhou como se não estivesse escutado direito. Eu repeti o título lentamente, enfatizando as palavras mais significativas. Então comecei a querer saber como que meu pomposo pronunciamento estava escrito em um questionário oficial, com caneta preta e letra em negrito. “Se me permite,” disse a balconista com renovado interesse, “o que a senhora faz neste campo?” Calmamente, sem nenhum traço de perturbação em minha voz, eu me ouvi responder, “Tenho um programa contínuo de pesquisa (o que as mães fazem) em laboratório e em campo (normalmente eu diria dentro e fora de casa). Estou trabalhando no meu mestrado (a família toda!) e já tenho quatro créditos (todas filhas). Claro, o trabalho é um dos mais sacrificados nas áreas humanas (alguma mãe discorda?) e freqüentemente trabalho 14 horas por dia (acho que são 24). Mas o trabalho traz mais desafios do que a maioria das carreiras “ganha-pão”, e o pagamento vem através de gratificação e não dinheiro.” Podia se notar um sinal de crescente respeito na voz da balconista ao completar o formulário, se levantar e me conduzir pessoalmente até a porta. Na rua, dirigindo, inchada com minha nova carreira glamourosa, fui recebida pelas minhas assistentes de laboratório — 13,7 e 3 anos de idade. E no andar de cima, podia ouvir nosso novo experimento (seis meses) no programa de desenvolvimento infantil, testando um novo padrão vocal. Eu me senti triunfante, tinha conquistado um ponto e tanto na burocracia. E apareci nos registros como alguém distinto e indispensável para a raça humana. Lar… que carreira gloriosa! Especialmente quando se tem um título na porta. Reimpressão da Web
0 Comments
Ser mãe é muito mais do que ter um filho! Precisa uma mãe de verdade para cuidar das crianças e dar conta de todo o trabalho que isso envolve — e é trabalho em tempo integral! A maternidade é provavelmente uma das missões mais difíceis do mundo e que raramente recebe o devido valor. É impossível para quem nunca fez o trabalho de uma mãe entender a sua complexidade e importância! Exige grande fé e muito, mas muito esforço. Mesmo com todas as conveniências da vida moderna que aliviam a carga do cuidado da casa, cuidar de crianças ainda é um trabalho em tempo integral! Uma mãe precisa da força de Sansão, da sabedoria do rei Salomão, da paciência de Jó, da fé de Abraão, da perspicácia de Daniel, da habilidade administrativa e coragem do rei Davi. Ele foi um lutador e ser mãe é uma grande luta. E, sem a menor dúvida, é também preciso o amor de Deus! A maternidade é a maior vocação de todas! São as mães que moldam o futuro, e elas definem o mundo de amanhã a partir da maneira como criam seus filhos. Os filhos nos fazem levar a vida a sério, inspiram-nos a ser bons e a fazer o bem. Acordam-nos para a necessidade de sermos um exemplo e ensinar-lhes a trilhar o caminho que devem seguir. Passamos a entender a grande responsabilidade de termos a vida de uma criança nas mãos, sabendo que ela será o que dela fizermos. A maior influência na sua vida no final de tudo serão provavelmente os seus filhos. Os psicólogos dizem que as crianças aprendem mais nos primeiros cinco anos do que em todo o resto da sua vida. Essa primeira fase é extremamente importante. Os pais não podem esperar até os filhos completarem cinco anos, porque cada dia é importante. Eles são responsáveis em garantir que seus filhos não apenas tenham o que comer e vestir, que estejam protegidos, durmam bem e se mantenham fisicamente saudáveis, mas também que sejam educados, ensinados, intelectualmente estimulados e espiritualmente inspirados. Não há como enfatizar o suficiente a importância das crianças para o futuro ou quão essencial é o trabalho de uma mãe. Mães, Deus as abençoará por tudo o que derem de si por essas preciosas e eternas dádivas vindas de Suas mãos: os filhos. Na verdade, Ele com toda certeza as está abençoando diariamente de maneiras que os outros não podem sequer imaginar! Eduque seus filhos para que sigam o caminho certo e, quando crescerem, não se afastarão dele. (Provérbios 22:6). Quando forem adultos, seus filhos ficarão muito gratos por terem tido uma mãe de verdade! Nancy Samalin, The Bottom Line Com todas as exigências dos dias de hoje, muitos pais pensam erroneamente que para terem um tempo especial com os filhos precisam fazer um grande investimento de tempo ou dinheiro. Uma receita melhor: arrume pequenos espaços de tempo, adicione atenção total e misture coisas agradáveis. Planeje atividades com as crianças no seu calendário semanal, permaneça aberto para oportunidades não planejadas que também possam surgir. O que é especial? Lembre-se da sua infância. Que momentos especiais você lembra ter passado com seus pais? Foi a tarde em que seu pai o ensinou a andar de bicicleta? Ou o ritual semanal do café da manhã especial com a mamãe? As crianças entesouram os momentos em que os pais concentram toda a sua atenção nelas. Estar no centro do holofote da atenção dos pais, faz uma criança sentir-se alorizada, importante e conectada a eles. Momentos especiais também são fazer juntos uma atividade agradável. Tanto os pais como os filhos precisam desfrutar de ocasiões assim. Nem sempre têm que ser excursões extremamente educativas. Fazer com que seja especial. Concentre-se no seu filho. Nas ocasiões especiais não se deixe afastar por interrupções. Concentre-se nesse momento. Se estiver tenso ou distraído, seu filho vai perceber isso. Não fique olhando para o relógio. Esqueça as coisas que tem que fazer antes de ir para a cama. Em vez disso, concentre-se totalmente no presente. Não queira fazer várias coisas ao mesmo tempo. Seu filho não vai achar que você está lhe dando atenção se ao mesmo tempo estiver fazendo listas ou checando o e-mail enquanto brinca com ele. Deixe seu filho guiar. Faça o que ele gosta, ainda que não seja o que você mais gosta. Procure coisas que ambos gostam. Por exemplo, se ambos gostam de comer, experimentem preparar uma receita diferente em casa. Fique mais interessado no processo do que no resultado. Se estiverem fazendo um projeto de montar, não é tão importante fazer algo perfeito como compartilharem esses momentos, aprenderem e rirem enquanto fazem. Se seu tempo é limitado, planeje com antecedência. (Se alguma vez não puder passar um tempo marcado com seu filho, pode informá-lo com antecedência e planejar outro tempo mais conveniente para você, mas que ainda seja inteiramente dedicado a ele.) Um tempo especial não tem que ser nada extraordinário. Os melhores momentos podem ser simples e divertidos — talvez um simples passeio no bosque para procurar insetos — ou podem acabar em algo bobo como pular em cima de uma pilha de folhas depois de varrer o gramado. Momentos especiais não são coisas rotineiras como guardar os brinquedos com as crianças mais novas ou limpar o porão com as crianças mais velhas. Mas às vezes essas tarefas podem tornar-se coisas divertidas, como por exemplo cantar juntos canções que gostam enquanto fazem a limpeza do jantar. Dedique um tempo exclusivo a cada criança. Se alternar as noites, pode proporcionar a cada criança a expectativa de ter um tempo especial com você — sem ter que dividir a sua atenção com um irmão. Não deveria haver interrupções, a não ser que seja uma emergência. Crie em sua vida o hábito de passar tempo especial. É melhor começar esse hábito quando as crianças são bem pequenas... mas também é muito importante quando as crianças são mais velhas. Com todos os afazeres de sua vida ocupada, às vezes, é fácil ver os filhos como apenas mais uma coisa da qual você tem de cuidar. Em um dia especialmente atarefado que o costumeiro, a tendência pode ser simplesmente deixá-los se entreter com brinquedos, vídeos ou jogos, enquanto atende aos assuntos do dia. É preciso entender que o que você investe nas crianças cada dia é o que as ajuda a se prepararem para o futuro. O amor, o interesse, a disciplina e a atenção que você dedica à vida do seu fi lho é o que os ajuda a amadurecer e se tornarem nas pessoas que virão a ser. Se estiver ocupado demais para dar às crianças o tempo e o amor que precisam, estará deixando de fazer um dos melhores investimentos da sua vida, enquanto dedica tempo a outras coisas que não durarão a eternidade. O que você investe nas crianças é para sempre. Você sempre terá trabalho a fazer, casa para limpar, roupas para lavar e contas para pagar, mas seus filhos não fi carão para sempre com você e não poderá recuperar os momentos que desperdiçou por estar “ocupado demais”. No que diz respeito a investir no futuro do seu filho e ajudá-lo a se tornar a pessoa que será, cada momento de cada dia conta. Quanto mais investir em seus fi lhos, mais aprenderão. Você pode aproveitar todas as oportunidades para lhes ensinar algo e encher suas vidas com felicidade pelo zelo e inspiração que transmite pela sua maneira de viver. Cuidar deles pode também lhe ensinar muitas coisas. Na verdade, muitas almas sábias aprenderam lições pela sinceridade, amor e simplicidade das crianças. Lembre-se sempre que os anos da infância são preciosos. Você está ajudando a formar o futuro de seus filhos pelo que lhes dá. Portanto, faça com que valha a pena. Isso é algo do qual jamais se arrependerá. © TFI. Used with permission.
Bil Keane Nos quase 30 anos que desenhei os cartuns “The Family Circus”, aprendi muito sobre amor. Encontrei isso dentro da minha própria família, e muitas vezes o que observei serviu de base para um cartum com Billy, Dolly, Jeffy ou PJ. Mas eu não escondo o fato de que em se tratando de amor, a minha maior inspiração e modelo para o personagem “Mamãe” foi a minha própria esposa, Thel. Tivemos cinco filhos (e agora quatro netos), e quando eles eram pequenos, as pessoas muitas vezes perguntavam como Thel conseguia cuidar de tantas crianças. Muitas vezes nem eu mesmo entendia. Quer ela estivesse cuidando de um joelhinho machucado, assistindo a um teatrinho na escola ou ajudando uma das crianças a fazer o dever de casa na mesa da cozinha, Thel estava sempre disposta a nos ajudar. E parecia que quanto mais ela fazia por nós, mais ela tinha para nos dar. Foi assim que cheguei a um dos paradoxos das leis de amor de Deus. O amor verdadeiro não é limitado, não se conta em quantidades finitas. Ele não chega ao ponto em que de tanto dar ele acaba. Pelo contrário, desafiando a física, quanto mais amor você dá, mais consegue dar. Assim como o entusiasmo fomenta o entusiasmo, a amabilidade gera a amabilidade e a alegria inevitavelmente contagia, também o amor aumenta quando é doado. Tentei transmitir tudo isso nos meus cartuns. Ali está a mamãe, com uma sacola cheia de compras em uma mão, a bolsa na outra e Billy, Dolly, Jeffy e PJ segurando a barra da saia dela. A senhora do lado esquerdo pergunta: “Como você consegue dividir o seu amor entre quatro crianças?” E a mãe dá uma resposta para fazer pensar: - Eu não o divido. Eu o multiplico. ***** A Essência do Amor Todas as melhores coisas da vida vêm num embrulho de risco. Você desamarra o laço e assume o risco, como também a alegria. Paternidade/maternidade é assim. Casamento é assim. Amizade é assim. Para experimentar a vida ao máximo, você se expõe a um poço sem fundo de vulnerabilidade. Essa é a essência do amor verdadeiro. — Kristin Armstrong Vídeo bonito e encorajador para as mães em toda parte. Inglês com legendas em Português. Sharmini Odhav Antes de meu neném nascer, tentei imaginar como ela seria. Eu a imaginava, quando não estivesse dormindo, — coisa que esperava que ela fizesse a maior parte do tempo — sentada serenamente contemplando o sentido da vida ou me observando alegremente enquanto eu cozinhava, limpava ou fazia qualquer outro trabalho, aprendendo assim o essencial sobre ser uma mulher. Mal sabia eu que dormir seria a última coisa a passar pela sua cabeça. Ela não estava nem de longe interessada em saber o que estava na minha agenda para o dia como em me dizer o que constava na sua. Ela queria cada segundo do meu tempo, e nada retinha sua atenção por mais de três minutos. Quando ficava exigente, ela conseguia manter sua atitude por horas, apesar de eu fazer de tudo, com exceção de voar num trapézio, para diverti-la ou distraí-la. Às vezes eu me sentia como uma barata tonta, correndo em círculos tentando limpar, lavar, dobrar roupa e cuidar de todas as outras coisas que tinha que fazer enquanto tentava cuidar também dessa nova adição hiperativa à minha vida. Tinha vezes que eu achava que não ia agüentar mais e jogava os braços para cima perguntando a Deus por que Ele estava me castigando. Como é que as outras mulheres conseguem? Será que eu era a única que não tinha nascido tipo mulher maravilha? Minha primeira reação era tentar fazer tudo na hora, de modo que tentava ocupar todas aquelas 24 horas que agora passavam voando. A maior parte do tempo pareceu funcionar, e me deu um sentimento de realização ver que conseguia fazer mais do que antes. Mas, por algum motivo, não se pode apressar os bebês como se faz com qualquer outra coisa. Deve ser o modo de Deus de ensinar paciência aos pais. Tentar colocar um neném para dormir na pressa, ou mandar-lhe “ficar contente,” ou esperar que ela se entretenha por mais de alguns minutos para que eu possa fazer outra coisa não funciona. A conseqüência habitual era um neném confuso, frustrado, infeliz, e no final das contas me levava até mais tempo para fazê-la dormir ou voltar a ficar felizinha como sempre. Levou-me um tempinho perceber que quanto menos atenção eu lhe dava mais irritada ela ficava. Eu me vi muitas vezes esbravejando ou falando choramingando com ela. Eventualmente me perguntei por que as coisas estavam daquele jeito. Em que eu tinha me tornado? Eu não queria que os primeiros anos de meu bebê passassem daquele jeito e tampouco queria ser aquele tipo de mãe! Foi então que minha mãe me disse: “Você deveria aproveitar ao máximo este tempo com sua filha, porque num piscar de olhos vai vê-la crescida!” Pedi a Deus uma mudança de atitude, e foi o que recebi. Aprendi a desfrutar de cada momento que passo com minha filhinha — cada sorrisinho seu que me diz que ela está feliz por eu a ter trazido ao mundo, cada vez que ela aconchega a cabecinha no meu ombro repousando confiante, cada vez que seus dedinhos minúsculos se entrelaçam nos meus ou acariciam meu rosto, cada vez que sinto sua pele macia ou seu cheiro de neném, cada milagre que testemunho na sua vidinha de neném e que me deixa vibrando de emoção. Até gosto de quando ela chora por precisar de algo porque me faz lembrar da imensa responsabilidade que me foi conferida — sua vidinha que está aos meus cuidados. E quando entendo o que é que ela precisa ou a embalo em meus braços e ela pára de chorar ou reclamar, sou tomada de um sentimento maravilhoso e gratificante ao perceber que para ela sou a pessoa mais importante que existe, a quem ela mais ama e aprecia. Eu também imagino que o modo como lhe respondo agora influenciará a maneira como ela responderá a mim depois na vida. Assim que deixei de ver meu bebê como mais uma tarefa na minha lista de afazeres, a qualidade de minha vida melhorou. Percebi o quanto a amo e que experiência incrível é ser mãe. Agora me vejo procurando modos para passar mais tempo com ela, porque não quero perder um segundo de sua vida antes que ela vá embora. Eu sou grata por esta oportunidade que tenho de derramar mais nela. Aprendi que se colocar tudo o mais de lado e atender às suas necessidades, ela me recompensa sendo um bebê feliz, contente, e atento. Quando ela finalmente dorme, tenho tempo para fazer algumas das outras coisas que queria fazer. Mas até então, tudo o mais pode esperar. Ela é a consumidora de tempo mais preciosa que eu poderia querer! Quando fico ainda mais atarefada e acho que não tenho tempo para lhe dispensar aquele tempinho extra, eu me lembro que tempo de qualidade passado com nossas crianças nunca é tempo perdido. O amor que armazenamos nos corações delas durará toda sua vida e além. Se investirmos tempo e amor em nossas crianças, passaremos o resto de nossas vidas colhendo os dividendos. ***
Quer escrever seu nome entre as estrelas? Então escreva-o bem grande no coração das crianças. Elas se lembrarão! Tem visões de um mundo mais nobre e feliz? Fale para as crianças! Elas o construirão para você. — Autor desconhecido Recebi uma carta de um adulto contando sobre a sua vida. Fora um delinqüente juvenil na pré-adolescência e adolescência, mas uma mudança dramática ocorreu quando seu pai começou a passar mais tempo com ele. Estes são trechos do que me escreveu: “Dos oito aos quatorze anos, eu fui um terror. Meu pai saía para trabalhar às três da tarde e voltava às três da manhã. Ele estava dormindo quando eu acordava e, ao voltar da escola, ele já havia saído para trabalhar. Raramente o via, exceto por alguns minutos nos fins-de-semana. Arrumei muita confusão. Roubava tudo que precisava ou queria, inclusive cigarros, doces, comida e dinheiro. Eu era incorrigível e ia muito mal nos estudos. Aos quatorze anos fui preso por furto e enviado para um reformatório juvenil. A primeira reação de meu pai foi ficar zangado comigo, mas concluiu que ele em parte era culpado por ter sido um pai ausente. Depois de reavaliar sua vida, decidiu me ajudar. Para que pudesse passar tempo comigo todos os dias, saiu daquele emprego e passou a trabalhar de dia, ainda que com isso ganhasse menos. A partir de então, ao voltar da escola, sempre encontrava o meu pai em casa, interessado em saber como tinham sido as aulas e em me ajudar com o dever de casa. Associamo-nos a um clube de homens e rapazes. Em vez de irmos a botequins, freqüentávamos juntos o centro de lazer onde jogávamos juntos bilhar, handebol e basquete (atividades das quais eu gostava). Ele comprou para mim um título que me permitia acesso por uma temporada ao clube de golfe e me levava para jogar três ou quatro vezes por semana. Estávamos juntos o tempo todo. Ao me mostrar amor e compreensão, meu pai mudou a minha vida. Minhas notas melhoraram a ponto de eu ser incluído no quadro de honra da escola. Fiz amizade com pessoas estudiosas e parei de arrumar encrencas. Antes, ainda que exteriormente aparentasse ser durão, por dentro ansiava por afeto, atenção e camaradagem. O amor de meu pai, traduzido no tempo que passava comigo, foi o catalisador para as mudanças que eu tanto precisava”. Todas as crianças precisam do pai ou de alguém que faça o papel do pai, ou seja, alguém que elas saibam que as admira, que tem fé nelas, que gosta de sua companhia e queira ficar com elas. Todos precisamos de alguém que partilhe as nossas dores, ore por nós nas horas de decepção, segure nossa mão quando nos falta a esperança e comemore conosco a realização dos nossos sonhos. Os seus filhos estão recebendo esse tipo de amor? Muitas vezes assistimos na TV histórias de pessoas comuns, como professores, pastores, policiais, etc, que ajudaram a promover mudanças admiráveis na vida de jovens, até mesmo os piores delinqüentes, porque lhes doaram o seu tempo. Um caso desses foi o de uma mulher que abrira um lar para crianças de rua, prostitutas, membros de gangues, etc. — pessoas marginalizadas. Ao ser entrevistada, ela declarou: “As crianças a quem atendo são as mais rejeitadas. São os refugos produzidos por esta nação”. Quando o entrevistador perguntou a alguns dos jovens o que faziam antes de irem para aquele lar, recebeu respostas como: “Eu tomava drogas”; “Eu participava de guerra de gangues”; ”Eu era gigolô”; “Eu atirava nas pessoas só para me divertir.” Essa senhora comentou sobre esses menores: “Eles perderam toda a esperança e a confiança nos adultos, que estão ocupados demais. Eles não ouvem. Ninguém mais tem tempo para as crianças.” Quando lhe foi perguntado o que as crianças precisavam, respondeu: “Estas aqui? É uma fórmula simples. Sabe o que essa garotada precisa de verdade? Amor de mãe. Elas querem um modelo para seguirem. Buscam pessoas que sejam sinceras, que as discipline, que lhes ensine responsabilidade e que nossos atos geram conseqüências. Querem alguém que os pegue e os abrace, que não desista deles. Se você lhes ensinar a desistir facilmente, eles desistirão.” Um dos meninos mais velhos abraçou aquela senhora e disse: “Ele é a minha mãe. Não de sangue, mas, num certo sentido, a minha verdadeira mãe, porque cuida de mim.” Quando perguntaram aos meninos que mudanças haviam ocorrido em suas vidas depois de conhecerem aquela senhora, o garoto que parecia ser o pior de todos, o que atirava nas pessoas “só para se divertir”, disse: “Olhe dentro de nós! Temos esperança! Temos sonhos! Nós também queremos fazer a diferença! Agora, eu quero fazer faculdade.” A mensagem final dessa mulher para os pais foi: “Amem os seus filhos. Não desistam deles. Amem-nos mesmo que doa. Amor é amar incondicionalmente, mesmo que doa!” É fácil deixar passar despercebido o poder de um indivíduo. Temos a tendência de depender demais da sociedade como um todo e de suas instituições, governo, escolas, etc., a ponto de não sentirmos a necessidade de assumirmos responsabilidade pelas crianças, tanto as nossas como aquelas que cruzam o nosso caminho e que talvez precisem de nós. Você poderia ser um representante do amor de Jesus por uma criança, fazendo parte do plano de Deus para amar e cuidar daquela jovem vida. O seu amor, interesse e amizade podem fazer toda a diferença do mundo! Escrito por Maria David e publicado originalmente na revista Contato. Usado com permissão. Se vivo numa casa que é um brinco, com tudo arrumadinho,
Mas não tenho amor, tenho uma casa, não um lar. Se vivo para encerar o chão, tirar pó e decorar, Mas não tenho amor, meus filhos aprendem limpeza, não amor a Deus. O amor deixa o pó e procura o riso de uma criança. O amor sorri quando vê marcas de mãozinhas numa janela que estava limpa. O amor enxuga as lágrimas antes de limpar o leite derramado. O amor acolhe a criança antes de recolher os brinquedos. O amor está presente nas provações. O amor repreende, exorta e é positivo. O amor engatinha com o bebê, caminha com o maiorzinho e corre com a criança grande, Depois a acompanha até à idade adulta. O amor é a chave que abre a mensagem da salvação para o coração de uma criança. Antes de ser mãe eu queria perfeição na minha casa. Agora desejo a perfeição divina nos meus filhos, Como mãe, tenho muito a ensinar-lhes, Mas o mais importante de tudo é o amor. Autor Anónimo (baseado no capítulo 13 de 1 Coríntios, na Bíblia) Ó Pai celestial, faça de mim uma mãe melhor. Ensine-me a entender meus filhos, a escutar pacientemente o que têm a dizer e responder todas as suas perguntas com ternura. Impeça-me de interrompê-los ou contradizê-los quando estiverem falando. Que eu seja amável com eles como gostaria que eles fossem comigo. Jamais permita que eu ria de seus erros nem recorra à chacota ou à zombaria quando me desagradarem. Que eu jamais os castigue para atender ao meu egoísmo ou demonstrar minha autoridade.
Ajude-me a não tentar meus filhos a mentir nem roubar. Guie-me a cada momento para que eu possa demonstrar através de minhas palavras e atos que a honestidade gera felicidade. Diminua, peço, a maldade em mim. Quando me sentir irritada, Senhor, ajude-me a controlar a minha língua. Que eu jamais esqueça que meus filhos são crianças e que não devo esperar que pensem como adultos. Que eu não lhes roube a oportunidade de fazer as coisas por eles mesmos e de tomar decisões. Abençoe-me com a bondade de lhes conceder todos os seus pedidos que sejam razoáveis, e a coragem para lhes negar privilégios que sei que lhes serão prejudiciais. Que eu seja imparcial, justa e bondosa. Senhor, faça de mim uma pessoa digna de ser amada, respeitada e imitada pelos meus filhos. Amém. — Abigail Van Buren (1918– ) “Dear Abby” (consultora sentimental americana) |
Categories
All
LinksContato Archives
March 2024
|