Bil Keane Nos quase 30 anos que desenhei os cartuns “The Family Circus”, aprendi muito sobre amor. Encontrei isso dentro da minha própria família, e muitas vezes o que observei serviu de base para um cartum com Billy, Dolly, Jeffy ou PJ. Mas eu não escondo o fato de que em se tratando de amor, a minha maior inspiração e modelo para o personagem “Mamãe” foi a minha própria esposa, Thel. Tivemos cinco filhos (e agora quatro netos), e quando eles eram pequenos, as pessoas muitas vezes perguntavam como Thel conseguia cuidar de tantas crianças. Muitas vezes nem eu mesmo entendia. Quer ela estivesse cuidando de um joelhinho machucado, assistindo a um teatrinho na escola ou ajudando uma das crianças a fazer o dever de casa na mesa da cozinha, Thel estava sempre disposta a nos ajudar. E parecia que quanto mais ela fazia por nós, mais ela tinha para nos dar. Foi assim que cheguei a um dos paradoxos das leis de amor de Deus. O amor verdadeiro não é limitado, não se conta em quantidades finitas. Ele não chega ao ponto em que de tanto dar ele acaba. Pelo contrário, desafiando a física, quanto mais amor você dá, mais consegue dar. Assim como o entusiasmo fomenta o entusiasmo, a amabilidade gera a amabilidade e a alegria inevitavelmente contagia, também o amor aumenta quando é doado. Tentei transmitir tudo isso nos meus cartuns. Ali está a mamãe, com uma sacola cheia de compras em uma mão, a bolsa na outra e Billy, Dolly, Jeffy e PJ segurando a barra da saia dela. A senhora do lado esquerdo pergunta: “Como você consegue dividir o seu amor entre quatro crianças?” E a mãe dá uma resposta para fazer pensar: - Eu não o divido. Eu o multiplico. ***** A Essência do Amor Todas as melhores coisas da vida vêm num embrulho de risco. Você desamarra o laço e assume o risco, como também a alegria. Paternidade/maternidade é assim. Casamento é assim. Amizade é assim. Para experimentar a vida ao máximo, você se expõe a um poço sem fundo de vulnerabilidade. Essa é a essência do amor verdadeiro. — Kristin Armstrong
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Recebi uma carta de um adulto contando sobre a sua vida. Fora um delinqüente juvenil na pré-adolescência e adolescência, mas uma mudança dramática ocorreu quando seu pai começou a passar mais tempo com ele. Estes são trechos do que me escreveu: “Dos oito aos quatorze anos, eu fui um terror. Meu pai saía para trabalhar às três da tarde e voltava às três da manhã. Ele estava dormindo quando eu acordava e, ao voltar da escola, ele já havia saído para trabalhar. Raramente o via, exceto por alguns minutos nos fins-de-semana. Arrumei muita confusão. Roubava tudo que precisava ou queria, inclusive cigarros, doces, comida e dinheiro. Eu era incorrigível e ia muito mal nos estudos. Aos quatorze anos fui preso por furto e enviado para um reformatório juvenil. A primeira reação de meu pai foi ficar zangado comigo, mas concluiu que ele em parte era culpado por ter sido um pai ausente. Depois de reavaliar sua vida, decidiu me ajudar. Para que pudesse passar tempo comigo todos os dias, saiu daquele emprego e passou a trabalhar de dia, ainda que com isso ganhasse menos. A partir de então, ao voltar da escola, sempre encontrava o meu pai em casa, interessado em saber como tinham sido as aulas e em me ajudar com o dever de casa. Associamo-nos a um clube de homens e rapazes. Em vez de irmos a botequins, freqüentávamos juntos o centro de lazer onde jogávamos juntos bilhar, handebol e basquete (atividades das quais eu gostava). Ele comprou para mim um título que me permitia acesso por uma temporada ao clube de golfe e me levava para jogar três ou quatro vezes por semana. Estávamos juntos o tempo todo. Ao me mostrar amor e compreensão, meu pai mudou a minha vida. Minhas notas melhoraram a ponto de eu ser incluído no quadro de honra da escola. Fiz amizade com pessoas estudiosas e parei de arrumar encrencas. Antes, ainda que exteriormente aparentasse ser durão, por dentro ansiava por afeto, atenção e camaradagem. O amor de meu pai, traduzido no tempo que passava comigo, foi o catalisador para as mudanças que eu tanto precisava”. Todas as crianças precisam do pai ou de alguém que faça o papel do pai, ou seja, alguém que elas saibam que as admira, que tem fé nelas, que gosta de sua companhia e queira ficar com elas. Todos precisamos de alguém que partilhe as nossas dores, ore por nós nas horas de decepção, segure nossa mão quando nos falta a esperança e comemore conosco a realização dos nossos sonhos. Os seus filhos estão recebendo esse tipo de amor? Muitas vezes assistimos na TV histórias de pessoas comuns, como professores, pastores, policiais, etc, que ajudaram a promover mudanças admiráveis na vida de jovens, até mesmo os piores delinqüentes, porque lhes doaram o seu tempo. Um caso desses foi o de uma mulher que abrira um lar para crianças de rua, prostitutas, membros de gangues, etc. — pessoas marginalizadas. Ao ser entrevistada, ela declarou: “As crianças a quem atendo são as mais rejeitadas. São os refugos produzidos por esta nação”. Quando o entrevistador perguntou a alguns dos jovens o que faziam antes de irem para aquele lar, recebeu respostas como: “Eu tomava drogas”; “Eu participava de guerra de gangues”; ”Eu era gigolô”; “Eu atirava nas pessoas só para me divertir.” Essa senhora comentou sobre esses menores: “Eles perderam toda a esperança e a confiança nos adultos, que estão ocupados demais. Eles não ouvem. Ninguém mais tem tempo para as crianças.” Quando lhe foi perguntado o que as crianças precisavam, respondeu: “Estas aqui? É uma fórmula simples. Sabe o que essa garotada precisa de verdade? Amor de mãe. Elas querem um modelo para seguirem. Buscam pessoas que sejam sinceras, que as discipline, que lhes ensine responsabilidade e que nossos atos geram conseqüências. Querem alguém que os pegue e os abrace, que não desista deles. Se você lhes ensinar a desistir facilmente, eles desistirão.” Um dos meninos mais velhos abraçou aquela senhora e disse: “Ele é a minha mãe. Não de sangue, mas, num certo sentido, a minha verdadeira mãe, porque cuida de mim.” Quando perguntaram aos meninos que mudanças haviam ocorrido em suas vidas depois de conhecerem aquela senhora, o garoto que parecia ser o pior de todos, o que atirava nas pessoas “só para se divertir”, disse: “Olhe dentro de nós! Temos esperança! Temos sonhos! Nós também queremos fazer a diferença! Agora, eu quero fazer faculdade.” A mensagem final dessa mulher para os pais foi: “Amem os seus filhos. Não desistam deles. Amem-nos mesmo que doa. Amor é amar incondicionalmente, mesmo que doa!” É fácil deixar passar despercebido o poder de um indivíduo. Temos a tendência de depender demais da sociedade como um todo e de suas instituições, governo, escolas, etc., a ponto de não sentirmos a necessidade de assumirmos responsabilidade pelas crianças, tanto as nossas como aquelas que cruzam o nosso caminho e que talvez precisem de nós. Você poderia ser um representante do amor de Jesus por uma criança, fazendo parte do plano de Deus para amar e cuidar daquela jovem vida. O seu amor, interesse e amizade podem fazer toda a diferença do mundo! Escrito por Maria David e publicado originalmente na revista Contato. Usado com permissão. Querido Papai,
Estes são dos pensamentos que me vêm neste momento em que me sento para lhe escrever no Dia dos Pais. Espero que você saiba quanto eu o amo, admiro e valorizo. Por todas as vezes em que as perspectivas eram desoladoras, mas você permaneceu firme e continuou confiando que Jesus nos ajudaria a superar a situação, obrigada. Por dedicar tempo, apesar de estar próximo o prazo para concluir seu trabalho, para me ajudar a terminar meu projeto de estudos bíblicos quando eu estava na segunda série (eu ainda tenho aquele livreto!), obrigada. Por não ficar impaciente com minhas perguntas infantis e com os assuntos absurdos que eu puxava para começar uma conversa, obrigada. Por todas as memoráveis viagens nas quais nos levou e por carregar toda nossa bagagem extra, obrigada. Pelas coisinhas gostosas que você trazia para a gente quando éramos crianças, pelas quais esperávamos tão ansiosos e das quais desfrutávamos tanto, obrigada. Por me levar para comprar sapatos e não desistir antes de encontramos o par perfeito, obrigada. Pelos curativos que fez em tantos joelhos arranhados, pelas farpas que tirou de tantos dedos e por cuidar de nós nas mais diversas enfermidades, além de dar toda atenção adicional e apoio moral no processo, obrigada. Por todas as histórias engraçadas e animadas que nos contou sobre sua infância, obrigada. Pelas histórias que me contava ao me colocar para dormir, que sempre eram o melhor momento do meu dia, obrigada. Por me fazer sentir segura e confiante em qualquer lugar do mundo que estivéssemos, só porque você estava lá conosco, obrigada. Por todas as partidas de basquete e softball que jogamos juntos quando eu era apaixonada por esses esportes, obrigada. Pelas vezes que você teve de ser firme, fazer-me andar na linha e respeitar as regras da nossa família (hoje que tenho filhos, sei como isso é difícil e importante), obrigada. Por acreditar em mim quando chegou a hora de eu deixar o ninho, mesmo quando eu tinha certeza que ia dar com os burros n’água, obrigada. Por me ensinar a negociar o contrato do primeiro imóvel que aluguei, depois de sair de casa, obrigada. Por ser um avô divertido e animado para os meus filhos, obrigada. Por aqueles tempos que passamos a sós, apesar da sua agenda ocupada e sua longa lista de coisas a fazer, momentos que sempre significaram tanto para mim, obrigada. Sua filha Escrito por Angie Frouman. Publicado originalmente na revista Contato. Usado com permissão. Meu pai não me disse como viver, mas deixou-me vê-lo como se faz. — Clarence Budington Kelland *** Meu pai costumava brincar comigo e meu irmão no quintal. E quando minha mãe reclamava que estávamos estragando a grama, ele dizia: “Estamos criando meninos, não grama”. — Harmon Killebrew *** Pai é aquele que carrega fotos onde antes levava dinheiro. — Autor anônimo *** Quando eu tinha 14 anos, meu pai era tão ignorante que eu mal o aguentava por perto. Quando cheguei aos 21, fiquei surpreso em ver quanto ele tinha aprendido em apenas 7 anos. — Mark Twain, “Old Times on the Mississippi,” Atlantic Monthly, 1874 *** A maior dádiva que já recebi veio de Deus. Eu a chamo de pai! — Autor anônimo *** Qualquer homem pode ter um filho, mas precisa ter algo especial para ser pai. — Autor anônimo *** O caráter de uma pessoa é algo contagioso. Pais e lares devem ser as maiores fontes de contágio. — Frank H. Cheley *** Temos a vida inteira para trabalhar, mas as crianças são jovens apenas uma vez. — Provérbio polonês *** Os filhos são a horta de seu pai, que mostram quanto ele capinou para eliminar ervas daninhas enquanto as plantas cresciam. — Autor anônimo *** Pai dos pais, faz de mim um exemplo adequado para meu filho. — Douglas Malloch *** Um pai de verdade vem diretamente do Céu, das mãos de Deus. — Wolfgang Amadeus Mozart, quando criança. *** Pais nobres têm filhos nobres. - — Eurípides *** Vi um homem de pequena estatura com as mãos calejadas trabalhar de 15 a 16 horas por dia. Vi as solas de seus pés sangrarem. Chegou aqui [aos EUA, vindo da Itália] sem instrução, sozinho e sem falar uma palavra de inglês, mas me ensinou tudo que eu precisava saber sobre fé e trabalho árduo, pela simples eloquência do seu exemplo. — Mario Cuomo *** Um bom pai vale cem professores. — Jean Jacques Rousseau *** Até você se tornar pai, jamais conhecerá a alegria e o amor indescritível que ressoam no coração de um homem quando olha para seu filho. Até ser pai, jamais sentirá a honra que faz com que um homem se torne mais do que é e passe algo bom e promissor para as mãos do seu filho. — Kent Nerburn, Cartas para Meu Filho *** Originalmente publicado na revista Contato. Usado com permissão. |
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