Palavras não são a única forma de comunicar o seu amor e de ganhar a confiança do seu adolescente, há várias outras maneiras. Procure contato visual. Use os seus olhos para demonstrar-lhes amor. Não lhes dê um olhar acusador ou que os magoe, ou que procura culpa ou erro. Dê-lhes olhares amorosos, compreensivos e encorajadores. Deixe-os sentir, pelo tom da sua voz, que você os ama e os compreende. Na verdade, o que conta não é o quanto se comunica com eles, mas se realmente se comunica. Tente fazer contato todos os dias, através de um olhar, de um toque, de uma palavra encorajadora, e edifique a partir daí. Dê-lhes a ajuda e o apoio que precisam. Nessa idade, eles estão muito inseguros e sentem como se estivessem sendo jogados de um lado para o outro num mar atormentado. Estão procurando o farol. Seja um braço forte. Eles podem contar com você Haverá momentos em que, para guiar e corrigir os seus adolescentes, você terá que traçar o limite e ser firme, pois depois que crescerem você terá menos influência direta sobre as suas vidas. O seu papel mudará de “pai” para amigo, não um amigo para quem “vale tudo”, mas que os ama o suficiente para ser honesto com eles; alguém com quem podem contar, que é mais um parceiro do que um juiz, alguém em quem eles podem se apoiar ao invés de evitar, esconder a sua vida ou tentar despistar. Mostre-lhes que eles realmente podem contar com você. É a sua constância nas coisas pequenas que faz de você o que eles acreditam que deve ser e que edifica a confiança deles em você. Se cometeu um erro e se irritou, se foi extremista demais com eles, se os assustou ou espantou de forma que se refugiaram em seu mundinho, vá e peça desculpas. Explique que você quer mudar e quer ser diferente. Se for humilde e admitir as suas fraquezas e necessidade por ajuda em muitas áreas também, então, ainda que os seus adolescentes não demonstrem, verão que você colocou o seu coração em jogo e confiou-lhes uma parte sensível da sua vida, e isso os encorajará. Eles precisam e querem a sua ajuda, mas sob os termos deles, na hora e do jeito que querem. É claro que, às vezes, quando estão em apuros e você vê que estão encrencados, precisa interceder. Vá diretamente a eles e explique a situação do seu ponto de vista. Alternativas de comunicação Se o seu adolescente não reagir aos seus esforços para se comunicar, talvez seja porque não consegue falar com você cara a cara, principalmente se você não controla muito bem a sua raiva ou emoções, então ele tem medo da sua reação. Nesse caso, encoraje-o a lhe escrever um bilhete ou a gravar numa fita o que pensa. Assim, você poderá “escutar” sem que ele experimente diretamente a sua reação inicial e lhes dará tempo para pensarem bem. Poderão conversar mais tarde, num estado de espírito mais calmo, ou através de um bilhete, caso prefiram. Guia ao invés de intruso Os jovens sentem-se inseguros sobre muitas coisas, então, às vezes, protegem zelosamente contra invasões o “jardim” de sua vida. Eles não têm certeza de quais são as ervas daninhas e quais são as boas plantas, mas têm certeza de que não querem você invadindo a sua vida e arrancando o quevocê acha que são ervas daninhas. Eles querem tomar essas decisões sozinhos. Pode ser que eles gostem de ter a sua liderança, mas normalmente não querem intrusão constante. Amor apesar do silêncio Um pai deveria tentar não se afastar por causa do silêncio. Continue se empenhando em falar e se comunicar com os seus adolescentes. Dê-lhes alguns sinais de afeição: um abraço, um beijo, um toque ou um tapinha nas costas. Alguma expressão de calor. Apenas deixe-os saber que você está lá, que se importa, que está tudo bem, que está ouvindo e cuidando deles. Tudo isso os ajuda a se sentirem mais seguros, mesmo que não o admitam abertamente nem reajam como se sentissem. Às vezes eles não querem reagir ou demonstrar muita fraqueza, porque sabem que atiçará em você o lado paterno e imediatamente os colocará de volta no papel de crianças. Valorize os momentos juntos Lembre-se constantemente que os seus adolescentes estão crescendo e logo seguirão seus próprios caminhos, então os momentos que passam juntos são preciosos e devem ser positivos e memoráveis, para que ao olharem para trás, possam dar valor a eles. Não briguem por assuntos sem importância, pois não vale a pena. Ainda que você ache importante discutir uma certa questão, pare! Primeiro tente demonstrar amor, mesmo no meio de uma tempestade. Amor nunca falha. Você pode estar muito zangado, mas eles provavelmente também estão preocupados e confusos. A Bíblia diz: “A resposta branda desvia o furor” (Provérbios 15:1). Isto significa que a calma nunca falha — amor nunca falha. Discussões, cobranças e ser mandão falha, mas amor nunca falha. Tente ir além da sua ira e não ser inflexível ou previsível demais nas suas reações negativas. Seja somente previsível no seu amor pelos adolescentes. Se eles tiverem certeza do seu amor, você terá uma boa base para a solução de problemas. Fique aberto, acessível e lhes dê oportunidades para falar com você. Saia de cima! Deixe-os respirar! Surpreenda os seus adolescentes fazendo mudanças; mudanças na sua vida, atitude, perspectiva, todos os tipos de diferenças interessantes. Os jovens querem ter orgulho dos seus pais, querem sentir que eles são legais, mas ainda mais importante, gostariam de receber o seu carinho, apoio e compreensão, terem alguém que está bem ali orando por eles, tomando o lado deles. — Não como um cobertor que os sufoque, mas como um guarda-chuva que os proteja. Se você é o tipo de pai que gosta de tomar o controle, que arranca o lápis e lhes mostra como fazer, então precisa aprender a deixar de lado esse desejo de administração direta da vida deles. Saia de cima! Deixe-os respirar. Eles sabem no que você acredita e, pela idade deles, com certeza você já declarou suas convicções o suficiente. Apenas aumentar o volume, gritar com eles, forçá-los, ser ríspido, crítico, negativo, e falar como se esperasse o pior é a pior coisa e produzirá os piores resultados. Eles podem simplesmente se desligar de você e parar de escutar. A vida deles é sagrada, pertence a eles, não a você. Chega um momento em que você tem que recuar um pouco e deixá-los assumir o controle. Deixe-os remar o próprio barco, aprender a dirigir o veículo de suas próprias vidas. Mas esteja lá para ajudar e incentivar a aprendizagem. Não arranque logo os controles de suas mãos, já é tarde demais, pois estão crescendo e vão logo se aventurar, quer você goste quer não. É difícil sair do papel de chefe, mas é necessário. Entretanto, não vá ao extremo oposto e fique tão passivo e desligado que eles achem que você não se importa. Recue e assuma o papel de amigo, apoiador, torcedor, fã e admirador, alguém que acredita neles, que os ama incondicionalmente mesmo quando não alcançam as próprias expectativas ou as suas. Mostre expectativas positivas É triste, mas os jovens geralmente expressam as suas expectativas negativas. É melhor tentar ter expectativas positivas e esconder a sua decepção. Expectativas positivas os colocam na direção do bem e fazem-nos ver seu erro, porque não querem decepcioná-lo ou fazer com que perca a fé neles. Por outro lado, se sentirem as suas suspeitas, acusações ou pressuposições negativas, podem ter a tendência de ir nesse caminho. (Em outras palavras, é mais fácil se comportar mal se alguém espera que você seja assim, mas é mais fácil se comportar bem se alguém acredita em você e espera que se comporte bem.) Considere os erros degraus Todos cometem erros. Pais não podem esperar que pecadores como eles tenham filhos santos. Deixe o seu adolescente saber que você também é um pecador e que tem o que aprender com os seus erros. Os jovens cometem muitos erros e se sentem mal por causa deles, então pegue leve. Tente ajudá-los a ficarem felizes pela oportunidade de aprenderem lições tão valiosas na vida. Olhem para o bem que pode ser extraído de cada situação e os ajude a fazer o mesmo. Se procurar pelo bem em tudo, inclusive neles, eles verão muito do bem em você. Deixe-os remar o próprio barco enquanto você torce por eles Tente ajudar e encorajar os seus adolescentes nas áreas que são pontos fortes em suas vidas, mas não vá longe demais. Talvez queira que eles tenham uma certa educação ou treinamento especial, que tenham o que você não teve. Mas chega uma hora de deixar as suas idéias de lado e ver o que seu adolescente quer e pode fazer. Se forçar a barra ele pode interpretar que você quer anular os interesses e direitos dele. A sua idéia pode ser o melhor para ele, pode ser a sua aptidão, mas ele gosta de sentir que ele próprio está escolhendo que talento quer desenvolver. Isso faz parte da sua alegria e desenvolvimento interior. É difícil mudar os seus adolescentes sem mudar a si mesmo. Talvez pareça que não há forma de fazer contato com eles porque o conhecem bem demais como pai e estão na defensiva a fim de se protegerem do cuidado paterno ou materno”. Mas se procurá-los como um amigo, não ficarão tão fechados. O que querem é que você se aproxime deles como alguém que os ama e se importa, que os vê como pessoas. Esse respeito, reconhecimento, apoio e compreensão são muito importantes, são alicerces que lhes dão mais segurança em sua caminhada em direção à idade adulta. Extraído de "Adolesciência" por Derek e Michelle Brookes. © Aurora Productions. Foto cortesia da revista Contato.
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Dina Ellens Eu era um pouco resistente quando mais jovem, mas hoje reconheço a influência que a fé de meu pai teve em minha vida. Guardo no coração as memórias de, ao seu lado, ouvi-lo cantar hinos na igreja. Minha família é de origem holandesa, de forma que as canções favoritas de meu pai eram em holandês. Depois de sair de casa para morar sozinha, uma dessas canções sempre me visitava a memória, especialmente quando me sentia desanimada ou preocupada. Vou incluir aqui uma tradução livre da letra: Um barquinho sob os cuidados de Jesus Com o emblema da cruz por bandeira. Resgata a todos que precisam Apesar das ondas altas e ameaçadoras E das tempestades que assustam à noite Temos o Filho de Deus a bordo E Sua segurança nos consola. A canção remete às memórias de uma aventura que vivi na infância: Em 1953, meus pais decidiram migrar da Holanda para os Estados Unidos e cruzamos o Atlântico em um velho navio cargueiro adaptado para o transporte de passageiros. Meus dois irmãos e eu adorávamos a emoção de viajar em uma embarcação tão grande a qual passávamos os dias explorando e fazendo amizade com todos os tripulantes. Tinha apenas quatro anos, mas ainda lembro do cheiro de diesel misturado com a brisa do mar, que para mim continua ligado à sensação de aventura que me tomou no dia que embarquei em Rotterdam. Mas o que não fazíamos ideia era de quanta aventura nos esperava. Depois de vários dias no mar, nosso navio foi pego em uma tempestade nas proximidades do Mar dos Sargaços, no centro do mal-afamado Triângulo das Bermudas. A turbulência causada pelo mal tempo perturbou a camada flutuante de algas, que se emaranhou na hélice do navio. De repente, a embarcação deu uma guinada derrubando passageiros e mobília. Felizmente, ninguém da nossa família se feriu, mas, sem propulsão, nosso navio ficou a deriva no mar agitado. Meu pai levou a mim e meus irmãos para a cabine e nos colocou na cama. Hoje posso entender no que provavelmente estava pensando, ao ver sua jovem família pega naquelas águas traiçoeiras, onde tantos navios e vidas já se perderam. Em vez de ceder ao medo, orou conosco e cantou o hino do qual falei. Apesar de as ondas estarem nos jogando de um lado para o outro sem que coisa alguma pudesse ser feita para sairmos dali, não fiquei assustada. Pela manhã, o mar havia recuperado a calma e a tripulação conseguiu contatar via rádio o porto mais próximo. Pouco depois, demos as boas-vindas ao rebocador que veio em nosso socorro e puxou nosso enorme mas indefeso cargueiro até Newport News, no estado americano da Virgínia, onde permaneceu por duas semanas para reparos. Aos quatro anos, retive na memória alguns daqueles acontecimentos, como a guinada repentina do navio que me fez perder o equilíbrio e rolar para debaixo de um móvel que ali havia, mas me lembro em especial da sensação de segurança que tive quando meu pai orou e cantou com tanta confiança. Ensinou-nos sua fé pelo seu exemplo de confiar em Deus independentemente das circunstâncias. Sempre que os problemas da vida parecem grandes e ameaçadores como as ondas do mar naquela tormenta, canto aquela canção, que sempre me dá coragem e me lembra da fé de meu pai em meio à tempestade. Cortesia da revista Contato. Usado com permissão.
Quando nasce o bebê, os pais olham bem para ele e prometem nunca decepcioná-lo ou feri-lo. O que leva os pais a censurarem, depreciarem e perderem a paciência? Muitas vezes o problema é o excesso de familiaridade. Com o passar do tempo, ficamos tão acostumados às pessoas que nos são próximas que deixamos de as valorizar e tratá-las como deveríamos. O desgaste e os atritos do dia-a-dia e a novidade dos relacionamentos que antes tínhamos em tão elevado nível de consideração começam a perder o brilho. A vida cai numa rotina e o que era visto como bênçãos especiais começa a ser visto como ônus. Já ouviu ou viu esta história? Então é hora de reverter o processo. Exigirá um esforço consciente e não vai ser fácil, principalmente se o problema existir há algum tempo. Mas pode ser feito. Conte suas bênçãos. A maneira mais rápida de devolver o brilho a qualquer relacionamento embaçado é polindo a sua metade. Empenhe-se em ser a pessoa que havia se proposto a ser no início, e verá que os outros automaticamente acompanharão o seu exemplo. * Motivadores, terapeutas e psicólogos infantis descobriram o que Deus sempre soube e ensinou e que, na verdade, é parte do Seu plano básico para a humanidade: o louvor nos ajuda a superar os nossos próprios limites. No brilho caloroso que surge de saber que agradamos alguém, procuramos ainda mais agradar a pessoa. Ouvir que fizemos algo bem nos faz querer melhorar ainda mais. - Shannon Shayler * Elogio é para as crianças o que a água é para as flores. Derrame-o e veja-as crescer. - Shannon Shayler * Todos têm qualidades. Identifique nos outros aquelas específicas pelas quais pode elogiá- los sinceramente, e seja generoso em seu louvor. Se não conseguir encontrar nada assim, olhe mais a fundo. Quanto mais difícil for encontrar algo especial em alguém, mais gratificante será tanto para quem faz quanto para quem recebe o elogio. Pode ser como seguir um pequeno traço de ouro que o levará a um grande filão. Se o fizer, verá que as pessoas lhe confidenciarão seus segredos, e você descobrirá coisas maravilhosas sobre elas. - Shannon Shayler * O aplauso de um único ser humano tem grandes conseqüências. - Samuel Johnson * A maior felicidade da vida é saber que somos amados pelo que somos, ou melhor, apesar do que somos. - Victor Hugo * Amar as pessoas exatamente como elas são é o maior elogio de todos. - Shannon Shayler Excertos de "As Muitas Faces do Amor", © Aurora Productions. Foto cedida por David Castillo Dominici/www.freedigitalphotos.net
O que é o amor incondicional? Exatamente o que diz a palavra, significa amar alguém sem determinar condições, amar pelo que a pessoa é, e não por suas ações.--Zig Ziglar * Crianças excepcionais são exceções. A maioria das crianças não é deslumbrantemente brilhante, extremamente perspicaz, não possui uma super coordenação motora nem é tremendamente talentosa ou globalmente popular! A maioria das crianças é apenas normal, com uma necessidade tamanho GG de ser amada e aceita exatamente como ela é.--James Dobson * Comparar-se ou ao seu filho sob um ponto de vista analítico ou crítico e desejar que o seu filho fosse assim ou assado, pode roubar-lhe a felicidade, inspiração, submissão, paz de espírito e contentamento, sem mencionar o efeito que tem no seu filho. As crianças lembram-se claramente das coisas e são diretamente afetadas pela atitude e opinião dos pais. Então, se você falar com fé e disser coisas positivas constantemente sobre o seu filho, quer para ele ou para os outros, e se pensar positivamente sobre ele, terá um efeito positivo, bom e edificará a fé dele. Ele se verá mais como você o vê e agirá como você espera que ele aja. Mas se estiver pensando ou falando negativamente sobre o seu filho, quer direta quer indiretamente, vai fazê-lo pensar negativamente sobre si mesmo e atrapalhará a sua felicidade e autoestima, seu desempenho e o conceito que faz de si. Fé gera mais fé; atitudes positivas geram mais atitudes positivas, tanto em você como nas pessoas à sua volta. É preciso ter fé na pessoa para revelar o que ela tem de melhor.--Jesus falando em profecia * Espírito de aprovação significa amar o seu filho mesmo quando ele está de mau humor e arredio. Ele precisa saber que o seu valor independe de beleza, inteligência ou comportamento; que ele é valorizado pelo simples fato de ser uma pessoa, criação de Deus.--Dan Benson * Para construir uma relação de amor e respeito é preciso ter em mente que seus filhos reagem a você de acordo com o que sentem em relação a você. Se são sentimentos de amor e respeito, a reação vai ser de obediência e amor, porque é o que eles querem fazer. ...Não existe união sem respeito.--Zig Ziglar * As crianças florescem com o louvor. É mais importante elogiar a criança pelas coisas que faz bem e por um bom comportamento, do que repreendê-la pelo mau comportamento. Realce sempre o positivo.--David Brandt Berg * Maneiras de demonstrar amor e respeito pelos filhos * Não menospreze os sentimentos das crianças. Responda com amor. * Não dê ordens à criança e espere que ela se apresente de imediato sem sequer uma explicação. Aborde-a com respeito e amor quando precisar de um favor. Seja sensível e tente transmitir doçura e gentileza. * Olhe nos olhos das crianças, desça à altura delas ao conversar com elas. Por exemplo, quando for lhes dizer alguma coisa ou dar uma instrução. * Tome mais tempo para se sintonizar de verdade nas crianças. Mostre que as ideias delas são importantes. Não as descarte de imediato. Se a ideia não fizer sentido, mesmo assim você pode lhes explicar o máximo possível as razões. * Não zombe de uma criança quando ela cometer um erro ou fizer algo meio bobo, pois pode magoá-la muito. Isso não significa que não possa ensiná-la a rir de si mesma quando algo dá errado. Mas ore por discernimento, pois às vezes tudo que a criança precisa é de alguém que a compreenda. * Quando a criança precisar de correção, evite constrangimento para ela, corrigindo-a com o máximo de privacidade que a situação permitir. * Encontre uma maneira de criar uma conexão pessoal com cada filho. * Demonstre às crianças que elas são importantes para você pela maneira como as trata. Dê-lhes a mesma atenção que espera receber delas. * Quando uma criança vier lhe contar algo, pare e escute. Dê-lhe toda a sua atenção e reaja ao que ela disser. Não escute distraidamente enquanto pensa em outra coisa ou continua fazendo as suas tarefas. * Pare e reconheça a presença da criança.--Maria Fontaine * Incentive as qualidades e características singulares de seus filhos: Conheça cada criança individualmente. Você não vai poder ajudar o seu filho a acreditar nos seus dons e talentos a menos que você próprio saiba quais são eles. Duas maneiras de distingui-los: (1) Em conversas particulares com a criança, passando tempo juntos observando e apreciando as coisas; e (2) o casal conversando sobre cada criança, compartilhando suas opiniões, anotando, descobrindo juntos mais sobre a personalidade e o caráter de cada filho. Tenha respeito verdadeiro por cada criança e seus dons. Nossos filhos são seres humanos que merecem não apenas nosso amor, mas também nosso respeito. A partir disso fica mais fácil (1) ter mais fé neles quando erram; (2) falar dos seus próprios erros e contar para eles o que aprendeu por meio deles; (3) elogiar ilimitadamente, com sinceridade, suas realizações, principalmente nas áreas em que se evidencia a sua aptidão; e (4) nunca criticar ou menosprezar a criança. Certifique-se de que ela tem certeza que o seu amor é incondicional. Jamais critique a criança na frente dos outros—elogie em público, corrija em particular. [Ensine] a criança a ser independente, autoconfiante, e responsável desde pequena. A autoconfiança gera um sentimento de alegria, e isso está ligado diretamente à capacidade de fazer coisas úteis. Cada criança deveria ter um servicinho na família, algo que faz para a família—diariamente ou semanalmente—pelo qual ela possa ser elogiada e se sentir muito importante e parte integrante da família. Ajude a criança a perceber seus dons singulares—e que eles são tão bons quanto os de outras pessoas.--Linda e Richard Eyre * Você precisa ser um exemplo do Meu amor para os seus filhos de uma maneira que eles possam entender, assimilar, interiorizar e verdadeiramente sentir esse amor. Se não lhes demonstrar o Meu amor, como eles vão saber que os amo? Você é uma manifestação do Meu amor para os seus filhos. As crianças são frágeis emocionalmente, até mesmo as que não demonstram, e eu quero que você lhes mostre que Eu me preocupo, as amo, quero ficar perto delas e fazer coisas especiais para elas. Uma das maneiras principais de a criança sentir o Meu amor através de você é passando tempo com elas. Eu as amo tanto quanto amo você—mais do que você pode imaginar.--Jesus falando em profecia A avó do meu marido, Nana Mae, era uma pessoa que sempre reparava nas coisas belas ao seu redor. Ela não deixava passar uma vez sequer sem nos elogiar ou mencionar que algo era muito bonito. Nunca vou esquecer a ocasião quando Mike e eu fomos de carro para Los Angeles passar o Natal e Nana estava conosco. Estávamos parados em um posto de gasolina na rodovia, quando de repente Nana apontou para fora da janela e disse: “Que lindo!”. Procurei para ver ao que ela se referia... mas vi apenas um grande caminhão de lixo passar e ir para os fundos do posto. “Aquele tom de verde é lindo”, ela disse balançando a cabeça e olhando para o caminhão. Eu sorri. Ela estava falando de um caminhão de lixo – mas ela conseguiu ver algo bonito naquele veículo. Nós, mães, também podemos escolher se vamos ver as coisas belas, ou não. Podemos procurar algo lindo durante nossos afazeres, mesmo que o dia pareça um caminhão de lixo. Estou me referindo à bagunça pela casa, brigas das crianças, e à correria. O nosso papel é muito importante para definir o tom de “beleza” para nossa família. “Podemos viajar pelo mundo todo à procura do que é belo, no entanto se o belo não estiver no nosso interior, jamais o encontraremos.”—Ralph Waldo Emerson Você está alimentado coisas belas no seu íntimo, ou reparando no caminhão de lixo(como eu fiz) em vez de na sua linda cor verde? Está interiorizando as memórias sendo criadas na sua presença, ou perdendo a paciência com coisas e pessoas, e desejando ficar só? Está desfrutando do dia de hoje, ou desejando que o tempo voe para as crianças crescerem logo e, possivelmente, as coisas ficarem mais fáceis para você? Você está parando o suficiente para amar e absorver esses momentos como pai ou mãe de um recém-nascido, de um bebê de seis meses, de uma criancinha de dois anos, ou até mesmo de um adolescente? Às vezes é difícil fazê-lo, eu bem sei, mas verdadeiramente belos são esses momentos nos quais nos detemos deliberadamente para absorvê-los, apreciarmos, e nos maravilharmos com todas as facetas da nossa tarefa como pais. Quando assim fazemos, conseguimos ver o belo. Encontramos a beleza das coisas. Desejo a você muitos belos momentos hoje!--Adaptado de Genny Heikka Adapted from http://www.mamapedia.com/voices/finding-the-beautiful. Photo by D Sharon Pruitt via Flickr.com.
Podemos mudar o mundo melhorando as vidas daqueles ao nosso redor, por meio de atos de bondade e consideração, manifestando fé nas pessoas. Estas são algumas maneiras práticas de começar a mudar sua parte do mundo, um coração de cada vez.
Adaptado de um artigo publicado na revista Contato. Joyce Suttin Na primavera do meu primeiro ano no Ensino Médio, algumas garotas sugeriram que treinássemos para a partida de basquete entre calouras e veteranas. Gostei da ideia e fui na onda. Minha participação no treino foi ruim. Eu estava mais atenta às colegas que ao jogo. Mas, apesar da profunda irritação que causei às jogadoras mais competitivas, decidi que jogaria naquela que se tornou minha primeira e última participação em uma equipe de basquete. As veteranas dominaram o jogo do primeiro ao último minuto e minhas companheiras estavam encontrando sérias dificuldades. Passei a bola umas duas vezes, como uma batata quente, doando-me por feliz que não estava mais nas minhas mãos. Contudo, a segundos do fim do jogo, a outra equipe estava dois pontos à frente. Foi quando uma de minhas amigas conseguiu interceptar uma bola e a arremessou tão longe quanto podia na minha direção —para meu desespero. Pegar a bola não foi difícil, mas e agora? Nenhuma colega de equipe estava perto da cesta. A sensação é que eu havia congelado no tempo, sem saber o que fazer, até que vi o rosto de Stan, um dos garotões atléticos da minha sala, sentado na primeira fila da arquibancada lotada. Ele gritou: “Arremesse! Você consegue!” Lembro de olhar para a cesta, fazer pontaria e jogar a bola de onde eu estava, no meio da quadra. A memória do que aconteceu a seguir é um pouco nublada. Por alguma obra milagrosa, no último segundo, bola entrou de chuá e ganhamos o jogo! Cercada por todos em meu momento de glória, meus olhos vasculhavam a multidão em busca de Stan. Quando finalmente apareceu para me cumprimentar, eu lhe disse: “Obrigado, Stan, por mostrar confiança em mim quando precisei. Você achou que eu conseguiria e consegui.” Todos precisamos de alguém que nos estimule quando não conseguimos distinguir os rostos na multidão, quando não somos capazes de entender o que nos dizem ou quando nosso passo vacila. Alguém como Stan, para nos dizer para ir em frente na hora da hesitação e nos dar a confiança necessária para tentar o impossível, alguém que diga “Você consegue!” ***** Seus crianças precisam ver que você deseja que alcancem, e que acredita na sua capacidade de chegar lá. Nos seus momentos de desespero ou dor, precisam ver que vai ajudá-los a catar os cacos e recomeçar. Precisam saber que, por pior que seja a situação na qual se meteram, ou quantas vezes tenham falhado, é possível se reerguer. Precisam saber que são vencedores, campeões, e que você acredita neles. A história mostra muitos exemplos de grandes obras e descobertas, invenções engenhosas, textos criativos, interpretações magníficas realizados por pessoas que se tornaram grandiosas, inspiraram a outros ou ajudaram a fazer do mundo um lugar melhor por meio dos seus esforços -- e grandemente porque alguém teve fé nelas. A força da fé, do saber que outros acreditam em você, ajudou muitas dessas pessoas grandiosas a superar aparentes deficiências, oposição, perigo ou dificuldades. Elas poderiam ter morrido desconhecidas se não fosse pela inspiração para alcançar uma meta e chegar a algum lugar, que as incentivou a se tornar mais, a crescer. Muitos dos grandes homens e mulheres foram considerados aquém da média ou sem potencial. Alguns grandes mestres, cientistas e inventores foram considerados deficientes intelectuais na infância. Existem atletas de ponta que foram considerados fracos demais, deficientes ou doentes para se qualificarem para essa categoria. Grandes autores e oradores foram considerados desarticulados no início; famosos bailarinos, cantores e atores não foram aceitos na primeira audição, por “falta de talento”. Existem muitas pessoas que, apesar de parecerem promissoras e terem potencial, falharam, cometeram erros incontáveis, e ficaram desapontadas vezes sem conta. -- Até finalmente alcançarem o sucesso, resultado da força da perseverança parcialmente transmitida por aqueles que nelas tiveram fé. Cortesia da revista Contato e website www.anchor.tfionline.com Certa vez, um amigo me contou que, quando seus três filhos eram pequenos, ele os vestia com roupas idênticas. Os motivos eram vários. Fazia a tarefa de comprar roupas mais fácil e eles ficavam bonitinhos vestidos iguaiszinhos, especialmente porque se pareciam muito. Em casa, a combinação sugeria que ali havia ordem, ainda que apenas superficialmente, pois a realidade de uma casa com três meninos é de constante movimento. Quando as crianças estavam em público, o pai estava convencido que exibia o trio de garotos mais adorável de todos os tempos. Um olhar mais profundo revelava que isso atendia também ao senso de equidade daquele homem, que não amava nenhum dos filhos mais do que os outros e estava determinado a jamais dizer ou fazer coisa alguma que lhes desse a entender o contrário. Para ele, a imparcialidade em tudo era fundamental, nas coisas grandes e nas pequenas. Mas conforme os meninos ficaram mais velhos, deixaram de se vestir com roupas idênticas e meu amigo viu que tinha que adaptar-se continuamente às necessidades individuais dos filhos de amor e apoio, cada vez mais diversas. Continuava amando os três da mesma forma, mas não podia mais tratá-los todo o tempo da mesma forma. Os meninos cresceram e agora, homens feitos, em nada se parecem uns com os outros. A uniformidade almejada pelo pai parece agora pura tolice, pois Deus deu a cada um deles o bom senso de perseguir seus próprios interesses, desenvolver suas próprias habilidades e se tornar a pessoa única que foi criado para ser. Meu amigo diz acreditar que provavelmente cada um deles gostaria de mudar uma coisa ou outra na sua natureza ou personalidade, pois, afinal, há sempre espaço para melhorar, mas ele os ama muito, tal como são. - Mário Sant’Ana ***** As crianças lembram-se claramente das coisas e são diretamente afetadas pela atitude e opinião dos pais. Então, se você falar com fé e disser coisas positivas constantemente sobre o seu filho, quer para ele ou para os outros, e se pensar positivamente sobre ele, terá um efeito positivo, bom e edificará a fé dele. Ele se verá mais como você o vê e agirá como você espera que ele aja. Mas se estiver pensando ou falando negativamente sobre o seu filho, quer direta ou indiretamente, vai fazê-lo pensar negativamente sobre si mesmo e atrapalhará a sua felicidade e auto-estima, seu desempenho e o conceito que faz de si. Fé gera mais fé; atitudes positivas geram mais atitudes positivas, tanto em você como nas pessoas à sua volta. É preciso ter fé na pessoa para revelar o que ela tem de melhor. Seu filho é diferente de qualquer outra criança no mundo, assim como você é diferente de qualquer outra pessoa no mundo. Não existe outro pai ou mãe como você, você é inigualável, o seu filho é inigualável. Se o seu filho não tiver um certo dom que você gostaria que ele tivesse não significa que ele seja inferior, ou que não possua qualidades ou que seja deficiente ou atrasado mentalmente ou que não possa ter uma vida linda e ser uma pessoa linda. Acima de tudo, não significa que ele não possa fazer a diferença e influenciar a vida de outrem. Não significa que você esteja falhando como pai nem deixando de ajudar o seu filho a se tornar o que acha que ele deveria ser. Nem você nem o seu filho estão falhando. Todas os crianças possuem aspectos nos quais se destacam. Extraído da revista Contato e Anchor (www.anchor.tfionline.com). Usado com permissão.
De Dorcas Deus me deu 12 lindos filhos—oito meninas e quatro meninos. Quando eram menores eu passava o tempo todo cuidando deles, mal dava para respirar. Mas agora com todos eles quase criados (o mais novo tem 14 anos), dependo muito do apoio e da ajuda deles. Passei uma manhã refletindo nisto e agradecendo pelos meus filhos. Foi então que recebi uma ligação da minha terceira e comecei a falar com ela sobre meus pensamentos de gratidão. Ela disse: “Mãe, a senhora precisa dizer isso para todos os seus filhos. Eles ficariam muito felizes em ouvir como são importantes para você.” Eu andava pensando o mesmo. Parece que os meus 12 filhos cresceram em apenas um instante nestes últimos 34 anos. Pode não fazer sentido, mas é verdade. Agora percebo cada vez mais o grande tesouro que são para mim. Tudo isso para dizer obrigada, obrigada, obrigada. Sou grata pelos meus filhos, que têm me ensinado tantas lições importantes da vida. Sou grata pelos filhos que ainda estão comigo. Sou grata pelos filhos que bateram as asas e deixaram o ninho. Sou grata pelas vezes que eles lembram de me ligar. Sou grata por eles ainda me ligarem quando algo os incomoda. Sou grata pelos meus filhos crescidos que vieram me visitar quando estava hospitalizada. Sou grata por meus filhos terem chorado quando fiquei doente. Sou grata pelas vezes em que meus filhos me fizeram rir quando eu precisava de encorajamento. Sou grata por não passar um único aniversário sem que uma das minhas filhas faça um bolo e prepare uma linda refeição para comemorar. Sou grata por meus filhos me ligarem antes do meu aniversário para me perguntarem o que eu gostaria de ganhar de presente. Sou grata pelos álbuns de fotos de família que minha filha mais velha imprime e me envia no final de cada ano. Sou grata por meus filhos que cortam lenha fielmente para o nosso sistema de aquecimento central. Sou grata por meus filhos e suas diferentes características e personalidades. Sou grata pelos meus netos que me chamam de vovó, e pelos meus filhos que cuidam tão bem de meus netos. Sou grata por meus filhos me escutarem quando estou passando por um momento difícil. Quero dizer a cada um dos meus filhos, “Você é necessário(a). Sou grata por você. Você é maravilhoso(a).” Acho que não tem maior alegria do que se sentir útil. Mas, a não ser que alguém expresso em palavras, você talvez nunca saiba como é importante na vida de uma outra pessoa. Por isso resolvi tomar uns minutos para expressar minha gratidão pelos meus filhos. E ao fazer isso meus pensamentos se voltaram gradualmente para Jesus, que é quem mais merece a nossa gratidão. Fiquei pensando se Lhe agradecia o bastante. Meus louvores talvez não tenham sido tão abundantes ultimamente, e eu me pergunto se isso O deixou triste. O que mais me deixa grata na vida é Ele. É por causa dEle que consigo amar os outros, e quero compartilhar com eles o amor que Ele me deu. Eu acredito quando dizem que o louvor extrai o poder de Deus. E acho ainda mais importante louvar quando nos sentimos cansados. O fato é que quando me sentei para escrever isto sentia-me bastante cansada. Mas depois que comecei a louvar fui fortalecida. Comecei escrevendo sobre gratidão, de modo que naturalmente só poderia acabar em louvor. Artigo © A Família Internacional. Foto cedida por Photostock/FreeDigitalPhotos.net Anna Perlini Era um dia de verão particularmente quente e úmido. Jeffrey e eu viajávamos havia algumas horas quando sentamos exaustos na abafada sala de espera de uma estação rodoviária no norte da Itália. Ele mal falava comigo. “Será que eu realmente tinha de vir?” —reclamou. Como é que fui ter esta ideia, afinal de contas? —perguntei-me. Arrastar um rapaz de 14 anos para longe de seus amigos para visitar os avós com sua mãe não é bem o que um adolescente considera diversão. Esperaríamos mais uma hora para pegar o ônibus para nosso destino final. Eu não sabia o que era pior: o ar viciado na sala de espera ou a atmosfera pesada entre nós dois. Estava começando a me incomodar. “Quer tomar um sorvete?” —perguntei. Isso geralmente funcionava —ou pelo menos costumava funcionar. Não dessa vez. “Não!” veio a resposta seca. “Não preciso disso.” Meu menino estava crescendo. Minha paciência estava se esgotando. “Bom, vou comprar um para mim”. Quando voltei, ele conversava com um rapaz um ou dois anos mais velho. “Emmanuel é romeno,” —explicou ao nos apresentar— “mas fala bem italiano. Vive em um trailer aqui perto com sua mãe e duas irmãs menores. Ele faz biscates para ajudar a sustentar a família, mas quer conseguir um visto de trabalho para arrumar um emprego estável.” Emmanuel era inteligente, tinha boas maneiras e se mostrava disposto a fazer quase qualquer tipo de trabalho. Continuaram sua conversa animada que minha chegada havia interrompido. Falaram sobre escola, música e sobre a Romênia. Quando Jeffrey contou que fora a um acampamento de verão em Timisoara, Emmanuel ficou radiante. “Eu sou de lá!” —disse. Dava para notar que o rapaz estava feliz por encontrar outro mais ou menos da sua idade com quem conversar e relaxar. Jeffrey também parecia muito interessado na vida daquele jovem e provavelmente ficou surpreso que alguém de sua idade sustentasse a mãe e as irmãs. Quando chegou a hora de tomarmos o ônibus, Jeffrey orou por Emmanuel, sua família, deu-lhe um folheto cristão e algum dinheiro. “Mãe” —sussurrou enquanto nos acomodávamos em nossos assentos no ônibus— “isso foi cem vezes melhor do que sorvete!” Às vezes, quando estamos chateados ou desanimados, tudo que precisamos é dar um pouco de nós, para nos sentirmos melhor. É renovador como um alento de ar fresco. Anna Perlini é cofundadora da organização humanitária Per un Mondo Migliore (http://www.perunmondomigliore.org/), com atuação na região da antiga Iugoslávia, desde 1995. Artigo publicado originalmente na revista Contato. Usado com permissão. |
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