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Joyeux Noël (Feliz Natal), reconta a história de um evento bem documentado ocorrido em um campo de batalha na França, em 24 de dezembro de 1914.
Durante um curto cessar-fogo de um confronto na Primeira Guerra Mundial envolvendo três mil soldados dos exércitos escocês, francês e alemão, na noite anterior ao Natal, o lado alemão começou a cantar “Noite Feliz”. Os escoceses reagiram com um acompanhamento de gaitas-de-foles e logo os soldados dos três países cantavam a mesma canção em uníssono de suas trincheiras, as quais não distavam mais que uns cem metros umas das outras. Imagine-os cantando, em três idiomas, a partir das mesmas valas de onde, poucas horas antes matavam-se uns aos outros. Que contraste! Seduzidos à paz pela benevolência da canção universalmente amada, os guerreiros aventuraram-se a deixar seus fossos e concordaram em uma trégua extra-oficial. Em alguns pontos da linha, as hostilidades permaneceram suspensas por dez dias. Os inimigos trocaram entre si fotos, endereços, chocolates, champanhas e outros pequenos presentes. Descobriram que tinham mais em comum do que percebiam, inclusive um gato que transitava livremente nos dois lados do conflito, considerado mascote por ambos. Os antigos adversários faziam o máximo esforço para se comunicarem entre si. O comandante alemão, Horstmayer, disse ao sub-tenente francês Audebert, “Quando tomarmos Paris e tudo tiver terminado, você poderá me convidar para tomar um drink na sua casa na Rue Vavin!” “Não sinta que tem de invadir Paris para beber comigo em minha casa” — respondeu Audebert.
A amizade que nasceu ali entre os lados rivais foi além de meras cortesias superficiais. Na manhã que sucedeu a trégua de Natal, cada lado advertiu o outro dos ataques que suas respectivas artilharias planejavam. O novo senso de camaradagem era tão forte que os soldados chegaram a abrigar em suas trincheiras aqueles do lado oposto, para os proteger.
O que causou essa incrível transformação? Tudo começou com uma canção de Natal que todos amavam. Esse incidente nos lembra que existe cura para a guerra: devemos parar de demonizar nossos inimigos e aprender a amá-los, como Jesus nos instruiu (Mateus 5:44). Todos precisam amar e ser amados. Se fizermos um esforço para conhecer as pessoas com as quais aparentemente temos pouco em comum, descobriremos, como aqueles soldados, que somos muito mais parecidos do que imaginamos. Texto cortesia da revista Contato. Usado com permissão. Imagens do filme Joyeux Noel (Feliz Natal).
Um livro infantil sobre a tolerância, diversidade e respeito, com texto em Inglês e Português. Inclui as seguintes histórias:
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March 2023
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