Atualizado Junho 2019!
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Mario Sant’Ana, editor da revista Contato
Escrever é minha paixão e ao que me dedico boa parte dos meus dias. Foi meu pai quem, sem saber, incutiu em mim o gosto pelas letras. Sua educação formal foi curtíssima. Não concluiu o primário na infância e somente depois de casado conseguiu terminar o equivalente ao atual Ensino Médio, por meio de cursos alternativos que lhe permitiram fazer em dois anos o que tipicamente demorava sete. Contudo, ele adorava escrever e foi quando ouvi o poema “Quero Samba”, de sua autoria, declamado na Academia Carioca de Letras, que decidi que queria aprender a arte de escrever. Meu velho sempre deu preferências às estruturas canônicas de poesia, enquanto sempre pendi para a prosa e para os versos livres. Implacável na correção de meus textos, ele me ensinou gramática, estilo e, o que é o mais importante, que minhas palavras fossem dotadas de conteúdo e valor, principalmente as escritas, pois, explicava-me, “o que está escrito, escrito está”. Sem dúvida, a educação que deu aos filhos, foi sua maior e mais importante poesia. E hoje, em grande parte graças ao meu pai, faço o que amo fazer, como parte de uma equipe que produz e traduz publicações com mensagens nas quais acredito, inspiradas por um Deus que aprendi a amar. Como vê, a minha história e a de meu pai se misturam. Para mim, são inseparáveis, como Deus deseja que sejam. Os bons pais ajudam a transformar meninos em homens de bem. São dádivas especiais e a paternidade é nada menos que uma vocação divina.
Photo: Pat Belanger via Flickr, used under Creative Commons license
Uma carta aberta de Angie Frouman
Querido Papai, Estes são dos pensamentos que me vêm neste momento em que me sento para lhe escrever no Dia dos Pais. Espero que você saiba quanto eu o amo, admiro e valorizo. Por dedicar tempo, apesar de estar próximo o prazo para concluir seu trabalho, para me ajudar a terminar meu projeto de estudos bíblicos quando eu estava na segunda série (eu ainda tenho aquele livreto!), obrigada. Por não ficar impaciente com minhas perguntas infantis e com os assuntos absurdos que eu puxava para começar uma conversa, obrigada. Por todas as memoráveis viagens nas quais nos levou e por carregar toda nossa bagagem extra, obrigada. Pelas coisinhas gostosas que você trazia para a gente quando éramos crianças, pelas quais esperávamos tão ansiosos e das quais desfrutávamos tanto, obrigada. Por me levar para comprar sapatos e não desistir antes de encontramos o par perfeito, obrigada. Pelos curativos que fez em tantos joelhos arranhados, pelas farpas que tirou de tantos dedos e por cuidar de nós nas mais diversas enfermidades, além de dar toda atenção adicional e apoio moral no processo, obrigada. Por todas as histórias engraçadas e animadas que nos contou sobre sua infância, obrigada. Pelas histórias que me contava ao me colocar para dormir, que sempre eram o melhor momento do meu dia, obrigada. Por me fazer sentir segura e confiante em qualquer lugar do mundo que estivéssemos, só porque você estava lá conosco, obrigada. Por todas as partidas de basquete e softball que jogamos juntos quando eu era apaixonada por esses esportes, obrigada. Pelas vezes que você teve de ser firme, fazer-me andar na linha e respeitar as regras da nossa família (hoje que tenho filhos, sei como isso é difícil e importante), obrigada. Por acreditar em mim quando chegou a hora de eu deixar o ninho, mesmo quando eu tinha certeza que ia dar com os burros n’água, obrigada. Por me ensinar a negociar o contrato do primeiro imóvel que aluguei, depois de sair de casa, obrigada. Por ser um avô divertido e animado para os meus filhos, obrigada. Por aqueles tempos que passamos a sós, apesar da sua agenda ocupada e sua longa lista de coisas a fazer, momentos que sempre significaram tanto para mim, obrigada. Sua filha Extraído da revista Contato. Usado com permissão. |
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