Mario Sant’Ana, editor da revista Contato
Escrever é minha paixão e ao que me dedico boa parte dos meus dias. Foi meu pai quem, sem saber, incutiu em mim o gosto pelas letras. Sua educação formal foi curtíssima. Não concluiu o primário na infância e somente depois de casado conseguiu terminar o equivalente ao atual Ensino Médio, por meio de cursos alternativos que lhe permitiram fazer em dois anos o que tipicamente demorava sete. Contudo, ele adorava escrever e foi quando ouvi o poema “Quero Samba”, de sua autoria, declamado na Academia Carioca de Letras, que decidi que queria aprender a arte de escrever. Meu velho sempre deu preferências às estruturas canônicas de poesia, enquanto sempre pendi para a prosa e para os versos livres. Implacável na correção de meus textos, ele me ensinou gramática, estilo e, o que é o mais importante, que minhas palavras fossem dotadas de conteúdo e valor, principalmente as escritas, pois, explicava-me, “o que está escrito, escrito está”. Sem dúvida, a educação que deu aos filhos, foi sua maior e mais importante poesia. E hoje, em grande parte graças ao meu pai, faço o que amo fazer, como parte de uma equipe que produz e traduz publicações com mensagens nas quais acredito, inspiradas por um Deus que aprendi a amar. Como vê, a minha história e a de meu pai se misturam. Para mim, são inseparáveis, como Deus deseja que sejam. Os bons pais ajudam a transformar meninos em homens de bem. São dádivas especiais e a paternidade é nada menos que uma vocação divina.
Photo: Pat Belanger via Flickr, used under Creative Commons license
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Dina Ellens Eu era um pouco resistente quando mais jovem, mas hoje reconheço a influência que a fé de meu pai teve em minha vida. Guardo no coração as memórias de, ao seu lado, ouvi-lo cantar hinos na igreja. Minha família é de origem holandesa, de forma que as canções favoritas de meu pai eram em holandês. Depois de sair de casa para morar sozinha, uma dessas canções sempre me visitava a memória, especialmente quando me sentia desanimada ou preocupada. Vou incluir aqui uma tradução livre da letra: Um barquinho sob os cuidados de Jesus Com o emblema da cruz por bandeira. Resgata a todos que precisam Apesar das ondas altas e ameaçadoras E das tempestades que assustam à noite Temos o Filho de Deus a bordo E Sua segurança nos consola. A canção remete às memórias de uma aventura que vivi na infância: Em 1953, meus pais decidiram migrar da Holanda para os Estados Unidos e cruzamos o Atlântico em um velho navio cargueiro adaptado para o transporte de passageiros. Meus dois irmãos e eu adorávamos a emoção de viajar em uma embarcação tão grande a qual passávamos os dias explorando e fazendo amizade com todos os tripulantes. Tinha apenas quatro anos, mas ainda lembro do cheiro de diesel misturado com a brisa do mar, que para mim continua ligado à sensação de aventura que me tomou no dia que embarquei em Rotterdam. Mas o que não fazíamos ideia era de quanta aventura nos esperava. Depois de vários dias no mar, nosso navio foi pego em uma tempestade nas proximidades do Mar dos Sargaços, no centro do mal-afamado Triângulo das Bermudas. A turbulência causada pelo mal tempo perturbou a camada flutuante de algas, que se emaranhou na hélice do navio. De repente, a embarcação deu uma guinada derrubando passageiros e mobília. Felizmente, ninguém da nossa família se feriu, mas, sem propulsão, nosso navio ficou a deriva no mar agitado. Meu pai levou a mim e meus irmãos para a cabine e nos colocou na cama. Hoje posso entender no que provavelmente estava pensando, ao ver sua jovem família pega naquelas águas traiçoeiras, onde tantos navios e vidas já se perderam. Em vez de ceder ao medo, orou conosco e cantou o hino do qual falei. Apesar de as ondas estarem nos jogando de um lado para o outro sem que coisa alguma pudesse ser feita para sairmos dali, não fiquei assustada. Pela manhã, o mar havia recuperado a calma e a tripulação conseguiu contatar via rádio o porto mais próximo. Pouco depois, demos as boas-vindas ao rebocador que veio em nosso socorro e puxou nosso enorme mas indefeso cargueiro até Newport News, no estado americano da Virgínia, onde permaneceu por duas semanas para reparos. Aos quatro anos, retive na memória alguns daqueles acontecimentos, como a guinada repentina do navio que me fez perder o equilíbrio e rolar para debaixo de um móvel que ali havia, mas me lembro em especial da sensação de segurança que tive quando meu pai orou e cantou com tanta confiança. Ensinou-nos sua fé pelo seu exemplo de confiar em Deus independentemente das circunstâncias. Sempre que os problemas da vida parecem grandes e ameaçadores como as ondas do mar naquela tormenta, canto aquela canção, que sempre me dá coragem e me lembra da fé de meu pai em meio à tempestade. Cortesia da revista Contato. Usado com permissão.
Samuel Keating No primeiro aniversário de nossa filha, Audrey, planejamos uma pequena celebração com alguns amigos e familiares. Mas o que aconteceu foi uma opulenta comemoração com o tema de cupcakes no restaurante administrado pelos avós. Reconheço que dos que estavam ali, a aniversariante foi a que menos se beneficiou. Audrey passou boa parte do tempo observando os procedimentos, bem protegida nos braços de alguém e não quis saber de posar para fotos ao lado da vela solitária sobre o bolo, apesar (ou por causa) dos amplos esforços para animá-la a tirar a foto tradicional. As pessoas falam de como o tempo voa. Concordo. Acho que é por eu não ser mais tão jovem. Quando eu era criança, os dias, as semanas e os meses —sem falar nos anos— pareciam passar tão devagar. Agora parece que faz algumas semanas que fui apresentado a Audrey. Lembro-me muito bem daquele dia e das minhas primeiras impressões quando assisti à enfermeira lhe dar o primeiro banho, e quando minha pequena adormeceu em meus braços pela primeira vez. Antes de ela nascer, ouvia pais falarem sobre a alegria de ter filhos, mas não me convencia. Achava que eles pensassem mesmo que estavam felizes, mas não fazia sentido. Afinal, com a chegada dos filhos a vida para eles se tornara mais estressante, cansativa e agitada e os tempos livres ficaram escassos. Será que não se sentiam constrangidos quando as crianças derrubavam o prato de comida, ou choramingavam quando ficam cansadas? Não se irritavam por elas estarem sempre grudadas neles ou desobedecerem reincidentemente? Eu tinha certeza de que não desfrutaria essas experiências. Apesar de gostar da companhia das crianças, valorizava meu tempo e meu conforto demais para considerar a possibilidade de ter filhos. Hoje, não consigo imaginar a vida sem Audrey. Cada sorriso, cada gargalhada, cada descoberta que ela faz, cada vez que aprende a usar um brinquedo ou consegue imitar o som de algum animal me enche de felicidade e gratidão pela sua presença na minha vida. Sua última descoberta é que um grito estridente é muito eficaz para obter minha atenção, quando quer que eu brinque com ela ou leia para ela, mas nem isso diminui o amor que sinto por ela ou a felicidade que ela me traz. Cortesia da revista Contato. Usado com permissão.
Sempre que você ouve falar sobre o autor de um grande feito, pode ter certeza de que houve um alicerce grandioso por trás dessa pessoa. Talvez seja os ensinamentos que recebeu de sua mãe, talvez o exemplo do pai, talvez a influência de uma professora ou uma experiência marcante na vida da pessoa, mas tem que existir algo assim, caso contrário, por mais favoráveis que sejam as oportunidades, não existem grandes realizações.
--Catherine Miles *** O jornal The London Times informa: Segundo pesquisa, os pais que dedicam tempo aos filhos, mesmo que apenas cinco minutos por dia, estão lhes dando uma chance muito maior de se tornarem adultos autoconfiantes. Os meninos que sentem que seus pais dedicam um tempo especial para eles e falam sobre suas preocupações, escola e vida social, tornam-se jovens motivados, otimistas, autoconfiantes e cheios de esperança. O estudo do projeto Tomorrow’s Men (Homens do Amanhã), apoiado pela Universidade Oxford, e patrocinado por Top Man, escolheu jovens com grande auto-estima, felicidade e confiança para serem jovens bem-sucedidos e positivos. Descobriram pouquíssima diferença entre os efeitos de um bom relacionamento com um pai numa família normal de pai e mãe, e de uma família onde o pai não estava sempre em casa mas esforçava-se por passar tempo com a família. “Independentemente do tipo de família, se você passar tempo com o seu filho, isso faz a diferença”. Havia mais probabilidade de se ter filhos confiantes nas famílias que passavam uma quantidade de tempo significativo juntos. *** Oração de Pais Senhor, forme-me um filho que seja forte o suficiente para saber quando é fraco, e corajoso o bastante para admitir quando tem medo; um filho que enfrente uma derrota honesta com orgulho e sem se abalar, no entanto seja humilde e amável na vitória. Forme-me um filho cujos desejos não substituam suas obras; um filho que O conheça e saiba que Você é a base de todo conhecimento. Guie-o, Lhe peço, não no caminho da vida tranqüila e confortável, mas sob dificuldades que o pressionem, incitem e desafiem. Que nessas situações ele aprenda a enfrentar a tormenta e a ter compaixão pelos que sucumbem a ela. Forme-me um filho com uma convicção clara, com uma meta nobre, um filho que se domine antes de procurar dominar a outros; que parta para o futuro sem nunca esquecer-se do passado. E depois que ele conquistar todos estes atributos, peço que lhe dê um bom senso de humor, para que ele seja sempre sério, mas sem levar-se a sério demais. Dê-lhe humildade para que sempre se lembre da simplicidade que existe na verdadeira grandeza; dê-lhe a mente aberta da verdadeira sabedoria e a fraqueza da verdadeira força. Aí então eu, o pai, poderei dizer num sussurro: “Eu não vivi em vão”. —General Douglas MacArthur *** Que nós vivamos de modo que os nossos filhos possam assimilar nossas virtudes e esquecer nossos erros. Que lhes transmitamos a luz da coragem, da compaixão e um espírito de busca. Que essa luz arda mais forte nos nossos filhos do que ardeu em nós. --Robert Marshall Observava umas criancinhas de cinco ou seis anos de idade jogando futebol. Apesar da pouca idade elas levavam o jogo a sério. Eram dois times, com técnicos, uniformes e os pais acompanhando a partida. Como eu não conhecia nenhum dos dois, pude desfrutar do jogo sem ficar ansioso na expectativa de saber quem venceria. Quem dera que os pais e os técnicos tivessem feito o mesmo! Os dois times eram bem treinados, e vou denominá-los Time Um e Time Dois. No primeiro tempo não houve gol. As crianças eram engraçadas demais. — Desajeitadas e desesperadas para chutar a bola como só as crianças conseguem fazer. Elas tropeçavam nos próprios pés, na bola, erravam os chutes, mas nem ligavam, porque estavam se divertindo! No segundo tempo, o técnico do Time Um retirou aqueles que deviam ser os melhores jogadores e colocou os reservas. Só deixou o melhor jogador, e na posição de goleiro. O jogo deu uma virada significativa. Acho que até quando você tem só cinco anos de idade, vencer é importante, porque o técnico do Time Dois não mexeu no time, e os reservas do Time Um não eram páreo para eles. O Time Dois se juntou em cima do rapazinho no gol. Ele era um ótimo atleta pela idade, mas não conseguia dar conta de três ou quatro outros meninos tão bons como ele. — E o Time Dois começou a marcar. O goleiro ali sozinho se dedicou de corpo e alma. Pulava com tudo na frente da bola, bravamente tentando detê-las. Quando o Time Dois marcou dois gois, um atrás do outro, o menininho ficou furioso. Começou a dar uma de louco, gritando, correndo e pulando para salvar a bola. Com toda a sua força ele finalmente conseguiu cobrir um dos meninos que se aproximava da trave. Este, porém, passou a bola para outro jogador, a uns 6 metros de distáncia, e quando o goleiro voltou para sua posição, era tarde demais. Marcaram o terceiro gol… Logo detectei os pais do goleiro. Eram pessoas simpáticas e de boa aparência. Dava para ver que o pai, ainda engravatado, fora direto do serviço para o jogo. Como eles torciam para o filho! Fiquei totalmente absorto observando o menino no campo e os pais na lateral. Depois do terceiro gol o menininho se transformou. Viu que não adiantava mais, que iam perder. Não desistiu, mas ficou sossegado e ao mesmo tempo desesperado. Estampava no rosto o sentimento de que qualquer coisa que fizesse seria em vão. O semblante do pai também mudou. Até então ele incentivara o filho a se esforçar mais, berrara conselhos e palavras de ánimo. Mas mudou e ficou ansioso. Quis dizer ao menino que devia agüentar firme, mas doía perceber o que o filho estava sentindo. Depois do quarto gol, eu sabia o que aconteceria, pois já vira isso. O menininho precisava desesperadamente de ajuda, mas não havia ninguém para ajudá-lo. Agarrou a bola depois do gol e a entregou ao árbitro, depois chorou. Ficou ali parado com as lágrimas escorrendo sem parar nas suas duas bochechinhas. Ajoelhou-se desanimado, e foi aí que o pai entrou no gramado. A esposa, tentando segurá-lo, puxava o seu braço dizendo para não fazer aquilo, que constrangeria o filho. O pai, porém, desvencilhou-se e correu para o campo, apesar de ser proibido, pois o jogo ainda não terminara. De terno e gravata, com sapatos sociais, ali, todo arrumado, ele entrou no campo e segurou o filho nos braços para todos verem que era o seu filho. Abraçou e beijou o menininho e chorou junto com ele! Eu nunca senti tanto orgulho de uma pessoa na minha vida como senti daquele pai. Ele retirou o filho do campo, e quando chegaram à lateral, ouvi-o dizer: — Filho, estou muito orgulhoso de você. Você foi ótimo! Quero mostrar a todos que você é meu filho.” — Papai, — disse o menininho ainda chorando. — Eu não consegui segurar a bola. Eu tentei, e tentei, mas eles não paravam de marcar gol em mim. — Marquinho, não importa quantos gois eles fizeram. Você é meu filho e estou orgulhoso de você. Quero que volte para terminar a partida. Sei que quer desistir, mas não pode. Você vai levar mais gol, mas não importa. Vá pro campo assim mesmo. Foi visível a diferença que isso fez! Quando você está sozinho, levando gol, sem conseguir segurar a bola, é vital ter a certeza de que para aqueles que o amam, isso não tem a mínima importáncia. O garotinho correu de volta para a sua posição. O Time Dois fez mais dois gois, mas tudo bem. Uma carta aberta de Angie Frouman
Querido Papai, Estes são dos pensamentos que me vêm neste momento em que me sento para lhe escrever no Dia dos Pais. Espero que você saiba quanto eu o amo, admiro e valorizo. Por dedicar tempo, apesar de estar próximo o prazo para concluir seu trabalho, para me ajudar a terminar meu projeto de estudos bíblicos quando eu estava na segunda série (eu ainda tenho aquele livreto!), obrigada. Por não ficar impaciente com minhas perguntas infantis e com os assuntos absurdos que eu puxava para começar uma conversa, obrigada. Por todas as memoráveis viagens nas quais nos levou e por carregar toda nossa bagagem extra, obrigada. Pelas coisinhas gostosas que você trazia para a gente quando éramos crianças, pelas quais esperávamos tão ansiosos e das quais desfrutávamos tanto, obrigada. Por me levar para comprar sapatos e não desistir antes de encontramos o par perfeito, obrigada. Pelos curativos que fez em tantos joelhos arranhados, pelas farpas que tirou de tantos dedos e por cuidar de nós nas mais diversas enfermidades, além de dar toda atenção adicional e apoio moral no processo, obrigada. Por todas as histórias engraçadas e animadas que nos contou sobre sua infância, obrigada. Pelas histórias que me contava ao me colocar para dormir, que sempre eram o melhor momento do meu dia, obrigada. Por me fazer sentir segura e confiante em qualquer lugar do mundo que estivéssemos, só porque você estava lá conosco, obrigada. Por todas as partidas de basquete e softball que jogamos juntos quando eu era apaixonada por esses esportes, obrigada. Pelas vezes que você teve de ser firme, fazer-me andar na linha e respeitar as regras da nossa família (hoje que tenho filhos, sei como isso é difícil e importante), obrigada. Por acreditar em mim quando chegou a hora de eu deixar o ninho, mesmo quando eu tinha certeza que ia dar com os burros n’água, obrigada. Por me ensinar a negociar o contrato do primeiro imóvel que aluguei, depois de sair de casa, obrigada. Por ser um avô divertido e animado para os meus filhos, obrigada. Por aqueles tempos que passamos a sós, apesar da sua agenda ocupada e sua longa lista de coisas a fazer, momentos que sempre significaram tanto para mim, obrigada. Sua filha Extraído da revista Contato. Usado com permissão. Lembra-se como o pai [na parábola que Jesus contou do filho pródigo] tratou o rapaz quando ele voltou para casa? Ele por acaso correu até o filho para ver se estava com hálito de bebida? Será que comentou sobre as más condições de suas roupas? Por acaso criticou seu cabelo despenteado e as unhas sujas? Será que quis saber se havia sobrado dinheiro? É claro que não! Abraçou o rapaz. Deu-lhe um abraço amoroso, de aceitação.
Acredito que essa história do amor de um pai está imortalizada na Bíblia primeiramente para nos mostrar como Deus nos aceita. Não faz sentido, então, seguir Seu exemplo ao lidarmos com os nossos filhos? Não podemos dispensar alguns abraços amorosos durante o dia para lhes mostrar que os aceitamos? Esse amor é a coberta quentinha que cada pai e cada mãe pode tecer para seus filhos. É uma manta de amor que aceita cada filho como ele é. Nunca pare de ajudar o jovem a escalar alturas maiores na direção do plano que Deus tem para a vida de cada um. — Dr. Bob Pedrick *** Um pai vale mais do que cem professores. — George Herbert *** Quando eu era criança, todos os dias meu pai me dizia: “Você é o menino mais maravilhoso do mundo, e pode fazer tudo que quiser.” — Jan Hutchins *** Todo pai que interromper seu dia ocupado para refletir na sua missão de pai poderá descobrir maneiras de se tornar um pai melhor. — Jack Baker *** Meu pai me deu a maior dádiva que eu poderia receber: acreditou em mim. — Jim Valvano *** [Meu pai] não me disse como viver. Ele viveu e me deixou observar como se faz. — Clarence Budington Kelland *** Os filhos de um homem e seu jardim revelam quanta erva daninha foi removida na época de crescimento. — Autor anônimo *** Os garotinhos se tornam grandes homens pela influência de grandes homens que dão valor aos garotinhos. — Autor anônimo *** Existe algo como um fio de ouro que percorre as palavras de um homem quando ele fala com sua filha ao longo da sua vida. Com o passar do tempo, esse fio fica tão longo que dá para tomá-lo nas mãos e tecer uma manta que envolve a alma como o próprio amor. — John Gregory Brown *** Um pai é respeitado porque oferece liderança aos filhos. Um pai é valorizado porque cuida dos filhos. Um pai é querido porque dedica tempo aos filhos. Um pai é amado porque dá aos filhos aquilo que para eles é mais importante: ele mesmo. — Autor anônimo Extraído da revista Contato. Usado com permissão. Nancy Samalin, The Bottom Line Com todas as exigências dos dias de hoje, muitos pais pensam erroneamente que para terem um tempo especial com os filhos precisam fazer um grande investimento de tempo ou dinheiro. Uma receita melhor: arrume pequenos espaços de tempo, adicione atenção total e misture coisas agradáveis. Planeje atividades com as crianças no seu calendário semanal, permaneça aberto para oportunidades não planejadas que também possam surgir. O que é especial? Lembre-se da sua infância. Que momentos especiais você lembra ter passado com seus pais? Foi a tarde em que seu pai o ensinou a andar de bicicleta? Ou o ritual semanal do café da manhã especial com a mamãe? As crianças entesouram os momentos em que os pais concentram toda a sua atenção nelas. Estar no centro do holofote da atenção dos pais, faz uma criança sentir-se alorizada, importante e conectada a eles. Momentos especiais também são fazer juntos uma atividade agradável. Tanto os pais como os filhos precisam desfrutar de ocasiões assim. Nem sempre têm que ser excursões extremamente educativas. Fazer com que seja especial. Concentre-se no seu filho. Nas ocasiões especiais não se deixe afastar por interrupções. Concentre-se nesse momento. Se estiver tenso ou distraído, seu filho vai perceber isso. Não fique olhando para o relógio. Esqueça as coisas que tem que fazer antes de ir para a cama. Em vez disso, concentre-se totalmente no presente. Não queira fazer várias coisas ao mesmo tempo. Seu filho não vai achar que você está lhe dando atenção se ao mesmo tempo estiver fazendo listas ou checando o e-mail enquanto brinca com ele. Deixe seu filho guiar. Faça o que ele gosta, ainda que não seja o que você mais gosta. Procure coisas que ambos gostam. Por exemplo, se ambos gostam de comer, experimentem preparar uma receita diferente em casa. Fique mais interessado no processo do que no resultado. Se estiverem fazendo um projeto de montar, não é tão importante fazer algo perfeito como compartilharem esses momentos, aprenderem e rirem enquanto fazem. Se seu tempo é limitado, planeje com antecedência. (Se alguma vez não puder passar um tempo marcado com seu filho, pode informá-lo com antecedência e planejar outro tempo mais conveniente para você, mas que ainda seja inteiramente dedicado a ele.) Um tempo especial não tem que ser nada extraordinário. Os melhores momentos podem ser simples e divertidos — talvez um simples passeio no bosque para procurar insetos — ou podem acabar em algo bobo como pular em cima de uma pilha de folhas depois de varrer o gramado. Momentos especiais não são coisas rotineiras como guardar os brinquedos com as crianças mais novas ou limpar o porão com as crianças mais velhas. Mas às vezes essas tarefas podem tornar-se coisas divertidas, como por exemplo cantar juntos canções que gostam enquanto fazem a limpeza do jantar. Dedique um tempo exclusivo a cada criança. Se alternar as noites, pode proporcionar a cada criança a expectativa de ter um tempo especial com você — sem ter que dividir a sua atenção com um irmão. Não deveria haver interrupções, a não ser que seja uma emergência. Crie em sua vida o hábito de passar tempo especial. É melhor começar esse hábito quando as crianças são bem pequenas... mas também é muito importante quando as crianças são mais velhas. Com todos os afazeres de sua vida ocupada, às vezes, é fácil ver os filhos como apenas mais uma coisa da qual você tem de cuidar. Em um dia especialmente atarefado que o costumeiro, a tendência pode ser simplesmente deixá-los se entreter com brinquedos, vídeos ou jogos, enquanto atende aos assuntos do dia. É preciso entender que o que você investe nas crianças cada dia é o que as ajuda a se prepararem para o futuro. O amor, o interesse, a disciplina e a atenção que você dedica à vida do seu fi lho é o que os ajuda a amadurecer e se tornarem nas pessoas que virão a ser. Se estiver ocupado demais para dar às crianças o tempo e o amor que precisam, estará deixando de fazer um dos melhores investimentos da sua vida, enquanto dedica tempo a outras coisas que não durarão a eternidade. O que você investe nas crianças é para sempre. Você sempre terá trabalho a fazer, casa para limpar, roupas para lavar e contas para pagar, mas seus filhos não fi carão para sempre com você e não poderá recuperar os momentos que desperdiçou por estar “ocupado demais”. No que diz respeito a investir no futuro do seu filho e ajudá-lo a se tornar a pessoa que será, cada momento de cada dia conta. Quanto mais investir em seus fi lhos, mais aprenderão. Você pode aproveitar todas as oportunidades para lhes ensinar algo e encher suas vidas com felicidade pelo zelo e inspiração que transmite pela sua maneira de viver. Cuidar deles pode também lhe ensinar muitas coisas. Na verdade, muitas almas sábias aprenderam lições pela sinceridade, amor e simplicidade das crianças. Lembre-se sempre que os anos da infância são preciosos. Você está ajudando a formar o futuro de seus filhos pelo que lhes dá. Portanto, faça com que valha a pena. Isso é algo do qual jamais se arrependerá. © TFI. Used with permission.
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