Renee Chang Nenhum de seus amigos ou familiares entende por que ela fez o que fez, mas a maioria desaprova, pois entende ser tolice. As objeções se explicam, pois May já tem seus quarenta e tantos anos, mora sozinha desde que a filha se mudou e, apesar de endividada, cria a menina que o ex-marido teve com outra mulher. May se casou muito jovem e quando estava na casa dos vinte se divorciou, mas mesmo antes disso já criava seu primeiro filho sozinha, pois seu companheiro era dependente químico e passava metade do tempo na cadeia. Então, mais de vinte anos após a separação, o homem reapareceu e lhe pediu um favor: queria que May encontrasse uma maneira de levar a criança que tivera com outra mulher para um orfanato, antes de ele ser preso de novo. A pequena Joline fora abandonada pela mãe e tudo indicava que seu destino era passar a infância em uma instituição. Em vez disso, May encontrou uma maneira de ficar com a bebê e a tem faz cinco anos. Não é fácil. May luta com grande dificuldade para conseguir pagar as contas e Joline é uma criança difícil. Mas May é inabalável. “Vivem me dizendo que Joline é um grande fardo e que não vale os sacrifícios que faço para cuidar dela. Mas ninguém me pergunta como eu me sinto nem quer saber por que estou fazendo isso. Depois que meu último relacionamento fracassou, senti como se tivesse perdido tudo pelo que viver e que jamais teria uma família normal. Mas quando vi pela primeira vez o sorriso de Joline e senti sua mãozinha segurar com força meu dedo, foi como encontrar alguém que me amava e precisava de mim. Ela não é um fardo, mas minha fonte de amor e alegria.” Justamente então, a menina se aproximou, colocou os braços em volta do pescoço de May, beijou-a no rosto e disse: “Eu te amo, mamãe. Você é a melhor mãe do mundo!” O semblante de May se iluminou com a expressão de mãe orgulhosa. Entendi então que May tinha razão, apesar de ser mal interpretada pelos demais. Em vez de deixar os revezes e dificuldades a arrastarem para um poço de autocomiseração, escolheu se concentrar em dar o que tinha. E ao fazer isso, encontrou a felicidade que parecia sempre lhe escapar. Cortesia da revista Contato. Foto por Wilson Corral via Flickr.
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Uma mãe canadense criou um blog que está fazendo sucesso entre pais de todo o mundo ao relatar uma experiência inusitada. Cansados de recolher a bagunça das três filhas pela casa e lavar a louça suja que as meninas deixavam acumular na cozinha, Jessica Stilwell e o marido simplesmente resolveram entrar em uma greve doméstica. "Tudo começou quando tive um fim de semana muito ocupado e meu marido estava fora. Então olhei em volta e me dei conta que minhas filhas não estavam fazendo sua parte e assumindo suas responsabilidades (com as tarefas domésticas)", contou Stilwell, em entrevista à BBC. "Quando meu marido chegou em casa, eu lhe disse: vamos entrar em greve." A canadense, que vive na cidade de Calgary, conta que, no primeiro dia em que ela e o marido pararam de arrumar a casa e a bagunça das filhas, as três irmãs se deram conta de que algo estranho estava acontecendo, mas não sabiam muito bem o que era. Depois de seis dias, quando havia roupas e louça suja por toda a casa, elas finalmente entenderam que os pais estavam em "greve" para pressionar por uma mudança na atitude das três. Redes sociais Em um primeiro momento, Stilwell relatou a experiência em sua página no Facebook. Logo, por sugestão de parentes, que elogiaram seu estilo bem-humorado, resolveu criar um blog. Seus textos registram como tigelas, copos usados e roupas sujas começaram a se acumular em todos os cantos da casa enquanto, no fim do dia, Stilwell simplesmente sentava-se para relaxar e tomar um vinho, em vez de dedicar-se à limpeza e arrumação. "Hoje uma de minhas filhas sentou-se para jantar, olhou para o cereal empapado em sua frente e exclamou 'Eca! O que é isso?', empurrando a tigela para mim", escreveu a canadense no segundo dia da "greve". "Eu respondi com toda calma: 'Parece que é o seu café da manhã, querida.'" A mãe canadense conta que depois de alguns dias, as meninas começaram a reclamar e a culpar umas as outras pelo caos na casa. No sexto dia, finalmente, elas decidiram ajudar a arrumar a bagunça. "Esse foi só um jeito criativo de lembrá-las, com humor, de que somos parte de uma equipe aqui e todo mundo precisa fazer a sua parte", disse Stilwell. Article courtesy of http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/10/121025_mae_blog_greve_ru.shtml. Photo by Bill Longshaw/freedigitalphotos.net
Maria Fontaine
Como mães cristãs, queremos ser um bom exemplo de Jesus para nossos filhos. Queremos nos certificar de prover para eles bons cuidados em todos os aspectos, boa educação, todas as suas necessidades de saúde, queremos que aprendam as convenções sociais, bons valores, e que sejam cordatos, amorosos e generosos. Queremos garantir que nossos filhos são criados com uma forte fé, convicção e princípios cristãos. Se guiarmos nossos filhos a Jesus e possibilitarmos que aprendam a amá-lO, certamente teremos feito um ótimo trabalho. Achei que este exemplo a seguir, de uma mulher temente a Deus, Susanna Wesley, seria um encorajamento para todas as mães cristãs. Susanna Wesley é mais conhecida como a mãe dos fundadores da igreja Metodista, Charles e John Wesley. Dos metodistas derivaram diversas denominações protestantes existentes até hoje. Charles e John trabalharam incansavelmente para pregar o Evangelho, mérito que transferiam para a fé que lhes fora incutida pela mãe. Tiveram um papel fundamental no avivamento e na obra missionária na Inglaterra no século XVII, os quais se espalharam para diferentes partes do mundo. Susanna Wesley é mais famosa por causa das realizações dos filhos Charles e John, mas Deus lhe concede honra muito maior por sua determinação e fidelidade em criar todos os filhos nos caminhos do Senhor. Ela tinha uma convicção inabalável, mesmo diante das constantes adversidades que ameçavam dominá-la. Os detalhes das suas batalhas, angústias e dificuldades talvez sejam bem diferentes do que Susanna Wesley enfrentou. Mas não importa a época ou a dificuldade, é sempre um desafio suportar e permanecer fiel na luta para criar seus filhos da melhor maneira possível.
No entanto, ela desejava fervorosamente que o pequeno rebanho, fruto do seu ventre, viesse a conhecer e amar Jesus e fazer alguma obra por Deus. Ela educou todos os filhos em casa, e cada dia antes das aulas, passavam uma hora lendo a Bíblia e cantando Salmos. Nada impedia Susanna de dar prioridade ao bem estar espiritual dos filhos. Apesar de não ter condições de suprir tudo o que gostaria materialmente, ela lhes deu a coisa mais importante. Muitas vezes, ela só podia apegar-se às promessas de Deus e recusar-se a deixar as circunstâncias impedi-la de cumprir a tarefa que o Senhor lhe deu. Apesar dos reveses, das falhas, angústias, perdas e batalhas físicas e espirituais, sua fé e amor pelo Senhor e pelos filhos a ajudou a superar tudo. No final da vida, ela ainda conseguiu ver o fruto de sua fidelidade, e tenho certeza que viu muito mais quando chegou ao seu lar celestial, como acontecerá cada uma de vocês, mães, se não for possível testemunharem tudo isso ainda em vida. Nada que dão aos seus filhos é desperdiçado. Julie Buhring
Outro dia eu estava conversando com algumas amigas sobre o concurso de beleza de Miss Mundo, e uma das várias perguntas feitas às candidatas pelos jurados me levou a uma reflexão. A pergunta era: “Quem é o seu modelo de pessoa ou quem é a pessoa que você mais admira?” Qual seria a minha resposta se me perguntassem isso? Será que eu diria madre Teresa de Calcutá, ou Florence Nightingale, ou alguém mais que já inspirou milhares de pessoas ao redor do mundo devido à sua abnegação e serviços prestados ao ser humano? Não. A pessoa que eu mais admiro é a minha mãe. Há 27 anos a minha mãe se dedica a servir ao próximo como missionária e já atuou em diversos países em três continentes. Nestes últimos cinco anos ela tem vivido na África. Apesar de só isso já ser notável, o mais notável é que há 23 anos ela sofre de uma doença rara e debilitante que afeta todas as suas juntas e causa uma dor insuportável ao mínimo movimento. No entanto, ao ser apresentado a ela, você não percebe nada, exceto que ela manca um pouco. Para mim essa é uma das qualidades mais admiráveis da minha mãe: Apesar desse sofrimento, ela nunca usa os seus lábios para reclamar, apenas para sorrir. Até mesmo nós que convivemos mais com ela às vezes nos esquecemos que ela tem essa grave enfermidade, e só nos lembramos quando ela some e a encontramos na cama, incapaz de mover o corpo de tanta dor. Além disso, ela tem problemas de audição e recentemente perdeu a visão em um dos olhos. A sua vida pessoal também não tem sido um mar de rosas, já que ela tem tanto amado quanto passado por perdas. Qualquer outra pessoa diria que a vida ela é só dificuldades, mas ela vê apenas os momentos de alegria, e considera a sua vida “só bênçãos!”. Acredito que a sua maior força provém da grande fé que ela tem em Deus e no Seu amor por ela, amor esse que ela transmite a todos com quem têm contato. Minha mãe dedica a sua vida a servir a outros, e isso não é só a sua profissão, mas modo de vida. Ela emana tanta paz, amor e consolo que atrai as pessoas como se ela fosse um ímã. Até mesmo as mais difíceis e rebeldes sentam-se com ela e desabafam seus problemas, temores e sonhos, e ela é como uma mãe para essas pessoas. Por causa do seu sofrimento ela consegue consolar os outros que passam pelas mesmas coisas. Para mim isso é cristianismo de verdade, não ficar dando sermões num púlpito, mas sim ser um exemplo vivo de amor e interesse sincero pelo próximo. Não basta apenas amar quando sentimos vontade, quando tudo está bem e estamos fortes e saudáveis; ou quando temos bastante tempo e forças de sobra. Amar é chorar com quem chora, porque entende a dor da pessoa. Amar é ser um ombro onde outros possam chorar. É dar uma mão para encorajar, mesmo quando se sente cansado demais para sequer manter-se em pé. O amor não dura apenas uma hora ou um dia, é eterno. A minha mãe não é nenhuma Miss Mundo, mas para mim é a mulher mais linda do mundo. A beleza interior e a graça que ela possui fluem dela cada dia da sua vida. Ela nunca será famosa e os livros de História jamais farão menção de seu legado, mas o amor que ela transmite vive agora e transcenderá o tempo na vida de muitos que por ela foram tocados. Curtis Peter Van Gorder As mães são doadoras generosas. Suas vidas são dádivas de amor para suas famílias. Crescemos, viajamos e nos afastamos de nossas origens, mas aí algo vem e mexe nos nossos corações que, como uma bússola, nos guiam de volta para casa, onde redescobrirmos quem somos e de onde viemos. Alguns meses antes de minha mãe falecer, sentei-me com ela e lhe fiz algumas perguntas sobre a vida. Se você nunca fez isso, aqui vai uma sugestão: faça. Com toda certeza, vai ajudá-lo a valorizar sua mãe ainda mais. Mamãe me contou muito sobre sua vida e seus sonhos, tanto os que se concretizaram quanto os que ficaram só no imaginário. — Existe alguma coisa da qual a senhora se arrepende de ter feito ou deixado de fazer? — perguntei. O que seria sua prioridade se pudesse voltar no tempo e viver sua vida de novo? Ela respondeu mostrando-me algo que escrevera em seu diário: Se eu pudesse, encontraria mais trilhas no campo para passear, assaria mais biscoitos, plantaria mais flores, nadaria ao cair da tarde, dançaria sob as estrelas, andaria na Grande Muralha, brincaria na areia da praia, colecionaria conchas do mar, planaria sobre os fiordes escandinavos, cantaria baladas caipiras, leria mais livros, apagaria pensamentos melancólicos e alimentaria fantasias. — Existe alguma mensagem que você gostaria de enviar aos filhos e netos? Mais uma vez folheou o diário e logo encontrou a resposta em uma das páginas. Pare de esperar para viver somente depois de quitar o carro, de comprar uma casa nova, de as crianças terem crescido, de você voltar a estudar, de terminar isso ou aquilo, de perder cinco quilos. Mais páginas foram passadas e outro pensamento: Ore pelo que deseja. Deus gosta de nos atender porque a oração atendida aprofunda a fé e adiciona glória ao Seu Nome. Algumas páginas à frente: Desfrute do momento. Desfrute de caminhar e conversar com amigos, dos sorrisos das crianças. Desfrute da fascinante luz da manhã e do seu show de cores. Desfrute desse belo mundo que Deus criou, dos montes ondulantes, dos pássaros, dos botões desabrochando em flores, das gotas de orvalho que brilham como diamantes nas macieiras. Todas essas coisas são maravilhas das Suas mãos. Extraído da revista Contato.
Para as crianças, não existe no mundo ninguém mais bonito que suas mães. Os filhos mais jovens, além de não pensarem nas mães em termos de moda, bom gosto para jóias, penteados perfeitos e unhas bem feitas, não enxergam estrias nem cabelos grisalhos. Suas mentes ignoram esses fatores que costumam distorcer a percepção e os conceitos que adultos têm de beleza e, portanto, os pequenos sabem melhor que ninguém o que faz uma mulher verdadeiramente bonita. Onde as crianças vêem a beleza? — Nos olhos que transbordam de orgulho pelas suas realizações, nos lábios sempre prontos para incentivar e orientar, nos beijos que tornam os arranhões toleráveis, na voz aveludada que lhes devolve o sono depois de um sonho ruim e no amor envolvente de um abraço caloroso. De onde vem essa beleza? Maternidade gera abnegação, que, por sua vez, resulta em humildade, da qual nasce a graça, de onde brota a verdadeira beleza. A mãe encarna a vida, o amor e a pureza ao se doar aos filhos, e assim materializa o amor de Deus para eles. É por isso que acredito que nada embeleza uma mulher tanto quanto a maternidade. — Saskia Smith A Mão Que Embala o Berço, Governa o Mundo Como é importante o trabalho das mães! As mães da próxima geração moldam o futuro. A maternidade é praticamente a carreira mais importante no mundo. Apesar de que cuidar de um bebê pode não parecer algo tão grandioso, não pode ser minimizado. Quem pode prever o impacto que uma criança pode vir a ter na vida de muitos? O que torna a mãe maravilhosa é o seu espírito abnegado que a faz disposta a sacrificar seu tempo, sua energia e, se necessário, até a saúde por amor do filho. Qualquer mulher pode ter um filho, mas é preciso ser mãe de verdade para “instruir o menino no caminho em que deve andar” (Provérbios 22:6). — D.B. Berg Extraído da revista Contato. Usado com permissão. — Tina Kapp
Algumas das minhas primeiras memórias são de andar na garupa de uma motocicleta conduzida por minha mãe. E não era para uma voltinha no quarteirão. Éramos missionários e vivíamos em países em que esse era o meio de transporte mais prático ou que cabia no nosso orçamento. Cresci em Hong Kong, Tailândia, Indonésia, Filipinas, Malásia, Macau e Singapura. Mas essa não era a única característica pouco comum ou extraordinária de minha mãe. Ela sempre fez questão que aprendêssemos e participássemos da cultura local onde quer que estivéssemos vivendo e adorava se comunicar com as pessoas no idioma delas. Era especialista em organizar passeios divertidos e educativos para nós, crianças, e nos incentivava a experimentar todos os pratos, esportes e maneiras de fazer as coisas típicos dos países onde nos encontrávamos. Eu era jovem adulta quando me mudei para Uganda e, depois de um tempo, minha mãe veio também. Foi maravilhoso ver quão rapidamente ela se adaptou à África depois de viver no Japão por muitos anos. Como sempre, estava ansiosa para aprender, estudar os vários dialetos locais e saber o máximo possível sobre a cultura ugandense. Em pouco tempo, ela sabia cumprimentar os vendedores ambulantes em seus dialetos. Fez amizade com todos os vizinhos ugandenses, descobriu sobre a educação das crianças e do que tinham interesse e jamais hesitava ajudar um amigo ou estranho em necessidade. Ao mesmo tempo, nunca perdeu o gosto pela diversão, com um discreto viés de imprudência. Em seus dias de folga, era possível encontrá-la em sua moto de trilha rumo ao Lago Vitória, alugando motos para os outros aprenderem a andar, ou fazendo o que mais gostava: descer o Nilo de caiaque. A meu ver, as melhores mães não são necessariamente as cozinheira de mão-cheia ou as excelentes donas de casa, mas as que amam seus filhos completamente e a seu próprio modo. Elas também dão o exemplo de praticar o que ensinam e não têm medo de deixar seus filhos vivenciar coisas novas e serem eles mesmos. E no processo, desfrutam a vida ao máximo. Extraído da revista Contato. Usado com permissão. Escrito por Marie Claire
Uma semana antes de Tristan completar quatro anos, conversei com ele sobre como havia crescido no último ano, quanto havia aprendido e que eu me orgulhava muito do seu progresso. Depois falamos de como ele gostaria que fosse a festa e, como de costume, deixei ele escolher o motivo do bolo. O último foi no formato de “lagarta”, pois na época ele vivia fascinado com os insetos. Não foi difícil. Bastou alinhar vários pedaços de bolo em forma de lua crescente com cobertura multicolorida bem chamativa. Eu esperava que para este ano ele escolhesse algo igualmente simples, então imagine minha frustração quando, depois de ele consultar um livro com idéias criativas para bolos infantis, escolheu o motivo “cavaleiros e castelo”. Olhei para o desenho detalhado, li a explicação e senti que estava dando um passo maior que a perna. Mas Tristan queria muito um bolo de castelo, com cavaleiros e tudo o mais. Logo chegou o dia do aniversário e me pus a trabalhar no bolo. Livro na mão, tentei ao máximo seguir as instruções, mas logo percebi por que havia apenas o desenho de um bolo-castelo, não uma foto, como na maioria dos outros exemplos. A distância entre o conceito e o produto era como um golfo no qual me vi primeiro à deriva e, depois, indo a pique. O bolo ficou torto, a cobertura não tinha muita aderência e cada torre saiu de um tamanho. Como não achei cavaleiros medievais de brinquedo, apelei para um boneco de Lego sobre um cavalo. Senti-me sob pressão e desencorajada! Coitado do Tristan, pensei. Ele vai ficar tão decepcionado. Ele não vê a hora do aniversário e há uma semana não pára de falar do seu bolo em forma de castelo com cavaleiros. E olhe só o que ele vai receber! As coisas nunca saem como quero! Tristan vai ficar muito infeliz quando encontrar a versão que a mãe dele criou do bolo dos seus sonhos! Finalmente terminei minha tarefa, procurando adicionar uns toques finais, tais como bandeirinhas de papel, biscoitos no alto dos muros, que deveriam imitar pedras, mas que teimavam em não ficar nas posições designadas e o “gramado” feito de coco ralado tingido com anilina para ser verdinha, mas que ficou de uma cor meio verde-musgo enlameado. Estava pronto, mas eu tinha vontade de chorar. Limpei tudo o que tinha sujado e decidi que seria melhor deixar o aniversariante ver o bolo, para lhe dar a chance de se preparar para o constrangimento que passaria diante dos amigos na hora da festa. Observei atenta sua expressão e orei para saber o que dizer para animá-lo e ajudá-lo a não ficar tão chateado. Tristan arregalou os olhos surpreso, esticou um sorriso de orelha a orelha e exclamou: “Puxa, mãe! Que legal! Exatamente como eu queria!” Quase desatei a chorar quando o vi examinar o bolo todo, inspecionando cada parte e garantindo que estava do jeitinho que ele queria. Terminada a vistoria, correu para me abraçar e agradecer pelo bolo. Então, levou a mão à boca, como se fosse me contar um segredo. Inclinei-me para escutar. “Eu te amo!” — disse, e correu para contar aos amigos tudo que acabara de ver. Fiquei ali sentada, pensando naquela experiência. Aprendera em poucos minutos uma lição que pode demorar uma vida inteira. Quantas vezes as coisas na minha vida aconteceu de maneira diferente das minhas expectativas? Quantas vezes meus sonhos se realizaram de maneira um pouco torta, assimétrica e incompleta? E quantas vezes questionei Deus, não aceitando nem valorizando o que Ele havia feito por mim? Oh, que eu aprenda a ver a vida pelos olhos de uma criança — cheia de fé, esperança, amor e de maneira positiva, em vez de reparar nas imperfeições. Que eu possa aprender a ver o lado bom e maravilhar-me com as coisas! Demorei naquele momento mágico tanto quanto pude, sorvendo a cena do bolo deformado e o frescor da terna reação de meu filho. Pedi perdão a Deus pela minha atitude negativa para com a vida que eu manifestara não fazia muito, e orei que me ajudasse a ver as coisas da maneira que meu filho viu aquele bolo. Então, o inusitado aconteceu. Comecei a ver o bolo como uma caricatura e passei a gostar dele! Mas o melhor e mais importante é que Tristan gostou. E, afinal, o aniversário era dele. Originalmente publicado na revista Contato. Usado com permissão. Mia Cronan, reimpressão da Web 7. Lembre das coisas boas que sua mãe fazia, e faça-as também. É engraçado como as pequenas coisas da vida não parecem tão importantes até que voltamos a fazê-las quando somos adultos. Tome um tempinho para recordar, e tente lembrar-se de algo especial que sua mãe fazia regularmente com você, algo que você gostava muito ou que a fazia sentir-se especial. É algo que também dá para você fazer com os seus filhos? É algo que se fizer repetidamente também pode criar uma recordação agradável que não esquecerão? Por exemplo, quando eu era pequena, a minha mãe costumava ir na padaria da esquina nos feriados e comprar um bolinho decorado especialmente para mim. Não era grande coisa, mas foi o suficiente para criar uma tradição na minha mente, da qual ainda me lembro 30 anos depois. O mesmo poderia acontecer com experiências que compartilham, o tempo que passam juntos, ou quitutes feitos em casa. É o fato de fazerem, não o objeto em si, que faz com que seja especial. 8. Deixe seus filhos ouvirem-na falar coisas boas dos outros. Nossos filhos se espelham no nosso comportamento. Somos seus primeiros heróis, então é melhor que sejamos bons mesmo! Se nos ouvirem apenas dizer coisas amáveis e amorosas quando falamos dos outros, eles vão fazer a mesma coisa. Além disso, nos ajuda a ter o hábito saudável de dizer apenas coisas boas dos outros, que no final das contas é um bom hábito que vale a pena manter, quer seja perto das crianças quer não! Se nossos filhos só ouvirem críticas negativas, adquirem a noção de que devem agir como juízes e julgar as ações dos outros, em vez de verem o bem nas pessoas à sua volta. 9. Leia todos os dias para seus filhos. Não tem melhor maneira de estimular a mente e despertar em seus filhos o interesse para aprender e ler, do que ler para eles diariamente! Estudos mostram que as crianças para quem se lê diariamente têm mais vontade de elas próprias aprenderem a ler bem, e têm mais chance de apreciarem a leitura quando forem mais velhas. Quando escutam e aprendem as palavras que vão junto com as gravuras que vêem repetidamente, as histórias ganham vida e fazem a sua imaginação voar. Mas, o que é melhor ainda, é que isso representa tempo especial para você e seus filhos, quer seja depois do café da manhã ou antes de irem para a cama. As crianças precisam desse tipo de interação com os adultos especiais de sua vida! 10. Cultive um ou dois hobbys ou atividades de seu interesse. Se seus filhos virem você fazer tempo para uma atividade especial, é mais provável que também desenvolvam o interesse por algum hobby ou passatempo. Além de serem interesses adicionais que proporcionam uma certa satisfação, estas coisas podem desenvolver talentos para a vida inteira. Mas, além disso, um hobby que envolve só você lhe proporciona tempo para praticar algo que você gosta e estimula seus sentidos. Não é verdade que é algo que todos precisamos periodicamente? Pode ser algo tão simples como fazer palavras cruzadas ou cuidar de plantas. Ou, pode ser algo mais elaborado como bordar ou escrever pequenas histórias. 11. Comece cedo a ensinar seus filhos. A lista que se segue enumera algumas coisas que os pais tendem a adiar para quando tiverem tempo. Mas as probabilidades é que, quando esse momento chegar, seja tarde demais para as crianças incorporarem adequadamente esse comportamento no seu repertório de boa conduta e atividades. Trata-se de uma miscelánea de coisas para elas aprenderem, mas algo que deveria ser-lhes ensinado o mais cedo possível. • Oração: As crianças deveriam entender que, por mais que vocês as amem, existe um Deus que as ama ainda mais. A oração estabelece esse relacionamento e, se iniciado cedo, pode desenvolver uma vida de espiritualidade que as sustentará tanto nos tempos difíceis como nos bons. • Gerenciamento de dinheiro: simples conversas na mercearia explicando porque não gosta de comprar certos produtos, pode levar as crianças a entender desde o valor do dinheiro e até onde ele chega. Ou, enquanto as crianças colocam moedas no seu cofrinho, poderiam explicar o que fazer para não desperdiçar dinheiro, e até passar dicas de higiene para quando mexerem com dinheiro. • Boas maneiras: A hora das refeições, respeito pelos adultos, dizer “por favor”, “obrigado” e “desculpe”, boa educação e escrever bilhetes de agradecimento… infelizmente são todos bons preceitos que as famílias perderam. Como pais, precisamos ensiná-las desde cedo, para que façam parte do caráter de nossos filhos. • Consideração: Colocar os sentimentos dos outros acima dos nossos é, infelizmente, algo que muitas culturas não promovem mais. Atualmente, vivemos numa sociedade que defende totalmente conseguirmos tudo o que quisermos para nós, sem pensarmos em como isso afeta os outros. Se nós, os pais da geração que está crescendo, fizermos tudo o que pudermos para combater isso, talvez consigamos dar uma reviravolta na nossa cultura e voltar aos tempos em que as pessoas também tinham consideração pelos outros. • Atividades físicas e exercício: Muitas crianças estacionam na frente da TV ou vídeos [ou na frente do computador] por longos períodos, porque é uma babá muito conveniente para os pais ou pessoas que cuidam delas. Tem horas em que está bem e é educativo, relaxante e algo que a família toda pode desfrutar junta. Contudo, via de regra, tem formas muito mais saudáveis de entretenimento para as crianças. Requer um pouco de imaginação da nossa parte, mas vale bem a pena. E vai ensiná-las a serem ativas e criativas desde a tenra idade. • Moderação: Certos elementos da sociedade de hoje ensina as crianças a serem possessivas e indulgentes consigo mesmas. Isso geralmente deriva de pais preguiçosos que oferecem qualquer coisa aos seus filhos para não lhes darem trabalho ou para não fazerem escándalo. Se lhes ensinarem desde cedo que ter moderação é a coisa certa, vai ser natural para as crianças limitar as coisas ruins que parecem tão boas no momento, mas na realidade são ruins para elas. Mia Cronan, reimpressão da Web Apresentamos aqui 11 áreas com as quais vocês talvez se possam identificar, para refletirem e verem o que é importante para vocês como mães:. 1. Elogie o comportamento positivo. Teve dias em que eu me arrastei até à cama à noite, sentindo que o meu dia fora cheio de nada mais do que interação negativa com meus filhos. É uma sensação horrível e sempre me faz tomar a decisão de que não vou dizer nada crítico ou que não seja positivo no dia seguinte. Mas a verdade é que tem que haver momentos em que, para tirarmos o máximo proveito com nossos filhos, temos que lhes dizer onde erraram. Não pode ser evitado. Em vista disso, o velho ditado “Pegue seus filhos fazendo algo bom” é muito importante neste aspecto. É fácil, e necessário, dizer: “Não gosto de como você bateu a porta”, mas dá um pouco mais de trabalho também lembrarmos de dizer: “Gostei de ver você compartilhar com a sua irmã.” Esse tipo de observação imediata dá muito fruto para se conseguir um comportamento positivo. Seus filhos vão querer repetir a façanha logo que possível. E você também vai ser sentir bem de dizer essas coisas positivas! 2. Cuide de si mesmo, espiritual, física e emocionalmente. Quantas vezes já dissemos que parece que o dia não tem horas suficientes? No meu caso, vezes demais. Mas se gerenciarem o seu tempo, e eu estou aprendendo a fazer isso, tem sempre alguns minutos durante o dia para um tempinho pessoal. As mães muitas vezes ficam tanto numa de “fazer” as coisas para todo mundo e ser totalmente indispensáveis, que no final não sobra tempo para si. Tentem reservar um tempo para o seu espírito, quer seja para orarem, lerem um livro, fazerem exercícios de alongamento ou ligar para uma amiga. Muitas mães dizem que se tornam melhores mães quando cuidam um pouco daquela que cuida das crianças. Caso contrário, como é que uma pessoa pode dar quando não tem nada mais para dar? 3. Quando as coisas começarem a ficar difíceis, dê uma trégua. Antes de explodir quando as coisas ficam tensas demais, experimente recuar um pouco para se recompor. Ainda que para isso tenha que deixar um prato de mingau e leite derramado no chão por um tempinho, enquanto fecha os olhos e recupera a perspectiva certa das coisas. Será que é uma tragédia tão grande? É assim tão difícil limpar o chão? Provavelmente não é tão difícil como parece no momento, certo? Apesar das visitas estarem chegando em dez minutos e você ter acabado de passar pano no chão. Se conseguir se distanciar um pouquinho, certamente vai o incidente rolar, em vez de reagir explosivamente a ele, e isso faz uma grande diferença! 4. Esteja em sintonia com o seu marido, e falem sempre com respeito um com o outro e um do outro. Como todos nós sabemos, ter filhos abre toda uma nova e maravilhosa dimensão para o mundo do matrimónio. Qual é a coisa mais importante a levar em consideração quando tomarem juntos decisões que envolvem as crianças? Demonstrarem união. Ainda que tenham que se revezar para ceder, com um pouco de esforço vão conseguir trabalhar juntos e, como resultado, crescer juntos também. É mais importante seus filhos verem que estão unidos do que o resultado de qualquer decisão. Isso mostrará que se respeitam um ao outro e lhes dará um alicerce sólido sobre o qual edificarem seus próprios valores e caráter. Todos já ouvimos a expressão “vida familiar estável”. Acredito que este ponto é crucial para que isso se torne realidade. 5. Faça um tempo especial para os seus filhos. Como no segundo ponto, sempre conseguimos arrumar um pouco de tempo para as coisas importantes da vida. Sempre fico impressionada de ver como meus filhos reagem bem quando dedico uma hora para ler com eles, jogar um jogo de tabuleiro ou empurrá-los no balanço, e me dedico 100% a eles nessa hora. Eles precisam, e isso reflete-se em seu comportamento. Quando começam a aprontar e ficar impossíveis, muitas vezes me interrogo: “Quanto tempo de qualidade passei com eles hoje?” Muitas vezes a resposta a essa pergunta me diz por que estão aprontando! Esse tempo de que estou falando é além do tempo que passo preparando almoço para eles, limpando seu rosto, ajudando-os a guardar os brinquedos e dando-lhes banho. Estou falando de contato direto, fazendo algo divertido e até educativo. 6. Fale com seus filhos num nível de linguagem um pouco superior à deles. Faça isso e seus filhos vão ser gentilmente forçados a pegar mais vocabulário. Fala de bebê é engraçadinha, e as crianças gostam, mas será que aprendem com ela? De maneira nenhuma. A linguagem deles está se desenvolvendo a toda a velocidade, e permitir que seus filhos em crescimento se desafiem é uma ótima maneira de ajudá-los a crescer. Se falarem com eles de uma forma inteligente, seus filhos vão sair em vantagem em relação a crianças com quem se fala somente de uma forma condescendente ou usando linguagem de bebê. |
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