(Clique aqui para ler a parte um) Use Mais a Positiva do Que a Negativa : Diga para a criança o que ela deve fazer ao invés de lhe dizer o que ela não deve fazer. É muito difícil usar a positiva ao invés da negativa, principalmente se os adultos já têm o hábito de usar a negativa. É muito difícil livrar-se de hábitos ruins. É necessário pensar e praticar muito para deixar de usar a negativa, contudo, a melhora do seu relacionamento com o seu filho vai fazer com que valha a pena. Converse com as crianças como você conversa com seus amigos. Se os adultos conversassem com as crianças com a mesma consideração com que conversam com seus amigos, eles poderiam realmente comunicar-se com as crianças e terem ótimos relacionamentos com elas. As Negativas :
Afaste de você tudo o que distraia e preste atenção no que a criança está dizendo. Às vezes os adultos talvez tenham que parar o que estão fazendo para ouvir o que a criança está dizendo. É difícil usar o aspirador de pó, fazer o jantar ou ler o jornal e prestar bem atenção no que a criança está falando. Cuidado: Não finja que você está ouvindo quando não está. Se você está ocupado – falando no telefone ou conversando com uma visita – diga para a criança: “Eu estou ocupada agora, nós podemos conversar mais tarde.” E depois certifique-se de conversar mesmo com ela mais tarde. Fale com (Não Para) a Criança Falar “para” a criança é uma conversa onde só um fala: “Vista a capa de chuva”, “você vai entornar isso”, “você precisa cortar o cabelo”. Os adultos que falam “para” a criança geralmente dão a desculpa de que uma criança pequena não consegue conversar no nível de um adulto. Mas nenhuma pessoa – nem mesmo a criança pequena – gosta que falem “para” ela. Você pode falar “para” o cachorro da família, ou até mesmo para um bebêzinho, mas tente conversar “com” uma criança.Conversar “com” a criança é uma conversa onde os dois lados participam – falar com ela e depois ouvir o que ela tem a dizer. Cultivar o hábito de conversar “com” a criança, ao invés de “para” a criança ajuda muito, principalmente quando ela chega à adolescência. Use Mensagens com a Palavra “Eu” Para Transmitir os Seus Pensamentos e Sentimentos “Mensagens-eu” são declarações de fatos. Elas informam a criança de como o adulto se sente com o comportamento dela. Freqüentemente as crianças não sabem como o seu comportamento afeta as outras pessoas. As “mensagens-eu” são bem mais eficazes do que as “mensagens-você” quando uma criança se comporta mal. O que é melhor? “Mensagem-eu”
Cuidado, não use as “mensagens eu” para expressar raiva às crianças. Se você mostra raiva, uma criança pequena fica muito chateada e insegura. Ao invés de mostrar que está brava, expresse a emoção que veio antes da raiva. Por exemplo, se Paulinho derramou o seu copo de leite quando a família tinha visitas para o jantar, você provavelmente ficou envergonhada antes de ficar brava. Diga: “Eu fico muito envergonhada quando você faz sujeiras assim.” Não diga: “Eu estou super brava com você.”
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Sharmini Odhav Antes de meu neném nascer, tentei imaginar como ela seria. Eu a imaginava, quando não estivesse dormindo, — coisa que esperava que ela fizesse a maior parte do tempo — sentada serenamente contemplando o sentido da vida ou me observando alegremente enquanto eu cozinhava, limpava ou fazia qualquer outro trabalho, aprendendo assim o essencial sobre ser uma mulher. Mal sabia eu que dormir seria a última coisa a passar pela sua cabeça. Ela não estava nem de longe interessada em saber o que estava na minha agenda para o dia como em me dizer o que constava na sua. Ela queria cada segundo do meu tempo, e nada retinha sua atenção por mais de três minutos. Quando ficava exigente, ela conseguia manter sua atitude por horas, apesar de eu fazer de tudo, com exceção de voar num trapézio, para diverti-la ou distraí-la. Às vezes eu me sentia como uma barata tonta, correndo em círculos tentando limpar, lavar, dobrar roupa e cuidar de todas as outras coisas que tinha que fazer enquanto tentava cuidar também dessa nova adição hiperativa à minha vida. Tinha vezes que eu achava que não ia agüentar mais e jogava os braços para cima perguntando a Deus por que Ele estava me castigando. Como é que as outras mulheres conseguem? Será que eu era a única que não tinha nascido tipo mulher maravilha? Minha primeira reação era tentar fazer tudo na hora, de modo que tentava ocupar todas aquelas 24 horas que agora passavam voando. A maior parte do tempo pareceu funcionar, e me deu um sentimento de realização ver que conseguia fazer mais do que antes. Mas, por algum motivo, não se pode apressar os bebês como se faz com qualquer outra coisa. Deve ser o modo de Deus de ensinar paciência aos pais. Tentar colocar um neném para dormir na pressa, ou mandar-lhe “ficar contente,” ou esperar que ela se entretenha por mais de alguns minutos para que eu possa fazer outra coisa não funciona. A conseqüência habitual era um neném confuso, frustrado, infeliz, e no final das contas me levava até mais tempo para fazê-la dormir ou voltar a ficar felizinha como sempre. Levou-me um tempinho perceber que quanto menos atenção eu lhe dava mais irritada ela ficava. Eu me vi muitas vezes esbravejando ou falando choramingando com ela. Eventualmente me perguntei por que as coisas estavam daquele jeito. Em que eu tinha me tornado? Eu não queria que os primeiros anos de meu bebê passassem daquele jeito e tampouco queria ser aquele tipo de mãe! Foi então que minha mãe me disse: “Você deveria aproveitar ao máximo este tempo com sua filha, porque num piscar de olhos vai vê-la crescida!” Pedi a Deus uma mudança de atitude, e foi o que recebi. Aprendi a desfrutar de cada momento que passo com minha filhinha — cada sorrisinho seu que me diz que ela está feliz por eu a ter trazido ao mundo, cada vez que ela aconchega a cabecinha no meu ombro repousando confiante, cada vez que seus dedinhos minúsculos se entrelaçam nos meus ou acariciam meu rosto, cada vez que sinto sua pele macia ou seu cheiro de neném, cada milagre que testemunho na sua vidinha de neném e que me deixa vibrando de emoção. Até gosto de quando ela chora por precisar de algo porque me faz lembrar da imensa responsabilidade que me foi conferida — sua vidinha que está aos meus cuidados. E quando entendo o que é que ela precisa ou a embalo em meus braços e ela pára de chorar ou reclamar, sou tomada de um sentimento maravilhoso e gratificante ao perceber que para ela sou a pessoa mais importante que existe, a quem ela mais ama e aprecia. Eu também imagino que o modo como lhe respondo agora influenciará a maneira como ela responderá a mim depois na vida. Assim que deixei de ver meu bebê como mais uma tarefa na minha lista de afazeres, a qualidade de minha vida melhorou. Percebi o quanto a amo e que experiência incrível é ser mãe. Agora me vejo procurando modos para passar mais tempo com ela, porque não quero perder um segundo de sua vida antes que ela vá embora. Eu sou grata por esta oportunidade que tenho de derramar mais nela. Aprendi que se colocar tudo o mais de lado e atender às suas necessidades, ela me recompensa sendo um bebê feliz, contente, e atento. Quando ela finalmente dorme, tenho tempo para fazer algumas das outras coisas que queria fazer. Mas até então, tudo o mais pode esperar. Ela é a consumidora de tempo mais preciosa que eu poderia querer! Quando fico ainda mais atarefada e acho que não tenho tempo para lhe dispensar aquele tempinho extra, eu me lembro que tempo de qualidade passado com nossas crianças nunca é tempo perdido. O amor que armazenamos nos corações delas durará toda sua vida e além. Se investirmos tempo e amor em nossas crianças, passaremos o resto de nossas vidas colhendo os dividendos. ***
Quer escrever seu nome entre as estrelas? Então escreva-o bem grande no coração das crianças. Elas se lembrarão! Tem visões de um mundo mais nobre e feliz? Fale para as crianças! Elas o construirão para você. — Autor desconhecido Charles e Carla Coonradt contam a história de uma baleia monstruosa, Shama, que pesa 9 toneladas, que foi ensinada no Sea World, na Flórida, a dar saltos de 6 metros fora d’água e fazer acrobacias. Como é que vocês acham que eles ensinaram a baleia a fazer isso? A abordagem tipicamente parental seria suspender uma corda 6 metros acima da água e encorajar a baleia a pular por cima dela. “Pule, baleia!” Talvez colocar um balde de peixe lá em cima e recompensar a baleia sempre que fizesse a coisa certa. Estabelecer metas! Mirar alto! Mas tanto eu como você sabemos que a baleia não ia se mexer. Os Coonradts dizem: “Então, como é que os treinadores do Sea World conseguem? Sua prioridade número um é reforçar o comportamento que eles querem que seja repetido. Neste caso era conseguir que uma baleia ou marsopa pulasse por cima da corda. Eles alteram o meio ambiente de todas as formas possíveis, de maneira a reforçar esse princípio e assegurarem que a baleia não vai fracassar. Começam por colocar a corda debaixo d´água, numa posição em que a baleia inevitavelmente terá que fazer o que se quer que ela faça. Cada vez que a baleia passa por cima da corda, recebe um incentivo positivo. Ganha peixe, recebe carinhos, brincam com ela e o mais importante de tudo é que recebe esse incentivo. “E o que acontece quando a baleia passa por baixo da corda? Nada, não recebe nenhum choque elétrico, criticas construtivas, reações pelo seu desempenho nem nenhuma advertência no seu arquivo pessoal. As baleias aprendem que comportamento negativo não recebe reconhecimento. “Incentivo positivo é o segredo desse princípio tão simples que produz resultados tão espetaculares. E à medida que a baleia começa a passar mais vezes por cima da corda do que por baixo, os treinadores começam a elevar a corda. Deve ser elevada devagar o suficiente para que a baleia não morra de fome tanto física como emocionalmente. “A lição bem simples que deveríamos aprender com os treinadores é a ser profusos nos nossos elogios. Fazer uma grande festa pelas pequenas coisas boas que queremos que sejam feitas consistentemente. Em segundo lugar, critique pouco as crianças. Elas sabem quando pisam na bola. O que precisam é de ajuda. Se criticarmos, punirmos e disciplinarmos menos do que seria esperado, as crianças não vão esquecer o acontecimento e geralmente não vão repeti-lo. Precisamos tornar difícil as crianças fracassarem, para que possa haver menos críticas e mais elogios. Palavras Para Pessoas Amadas
Recebi uma carta de um adulto contando sobre a sua vida. Fora um delinqüente juvenil na pré-adolescência e adolescência, mas uma mudança dramática ocorreu quando seu pai começou a passar mais tempo com ele. Estes são trechos do que me escreveu: “Dos oito aos quatorze anos, eu fui um terror. Meu pai saía para trabalhar às três da tarde e voltava às três da manhã. Ele estava dormindo quando eu acordava e, ao voltar da escola, ele já havia saído para trabalhar. Raramente o via, exceto por alguns minutos nos fins-de-semana. Arrumei muita confusão. Roubava tudo que precisava ou queria, inclusive cigarros, doces, comida e dinheiro. Eu era incorrigível e ia muito mal nos estudos. Aos quatorze anos fui preso por furto e enviado para um reformatório juvenil. A primeira reação de meu pai foi ficar zangado comigo, mas concluiu que ele em parte era culpado por ter sido um pai ausente. Depois de reavaliar sua vida, decidiu me ajudar. Para que pudesse passar tempo comigo todos os dias, saiu daquele emprego e passou a trabalhar de dia, ainda que com isso ganhasse menos. A partir de então, ao voltar da escola, sempre encontrava o meu pai em casa, interessado em saber como tinham sido as aulas e em me ajudar com o dever de casa. Associamo-nos a um clube de homens e rapazes. Em vez de irmos a botequins, freqüentávamos juntos o centro de lazer onde jogávamos juntos bilhar, handebol e basquete (atividades das quais eu gostava). Ele comprou para mim um título que me permitia acesso por uma temporada ao clube de golfe e me levava para jogar três ou quatro vezes por semana. Estávamos juntos o tempo todo. Ao me mostrar amor e compreensão, meu pai mudou a minha vida. Minhas notas melhoraram a ponto de eu ser incluído no quadro de honra da escola. Fiz amizade com pessoas estudiosas e parei de arrumar encrencas. Antes, ainda que exteriormente aparentasse ser durão, por dentro ansiava por afeto, atenção e camaradagem. O amor de meu pai, traduzido no tempo que passava comigo, foi o catalisador para as mudanças que eu tanto precisava”. Todas as crianças precisam do pai ou de alguém que faça o papel do pai, ou seja, alguém que elas saibam que as admira, que tem fé nelas, que gosta de sua companhia e queira ficar com elas. Todos precisamos de alguém que partilhe as nossas dores, ore por nós nas horas de decepção, segure nossa mão quando nos falta a esperança e comemore conosco a realização dos nossos sonhos. Os seus filhos estão recebendo esse tipo de amor? Muitas vezes assistimos na TV histórias de pessoas comuns, como professores, pastores, policiais, etc, que ajudaram a promover mudanças admiráveis na vida de jovens, até mesmo os piores delinqüentes, porque lhes doaram o seu tempo. Um caso desses foi o de uma mulher que abrira um lar para crianças de rua, prostitutas, membros de gangues, etc. — pessoas marginalizadas. Ao ser entrevistada, ela declarou: “As crianças a quem atendo são as mais rejeitadas. São os refugos produzidos por esta nação”. Quando o entrevistador perguntou a alguns dos jovens o que faziam antes de irem para aquele lar, recebeu respostas como: “Eu tomava drogas”; “Eu participava de guerra de gangues”; ”Eu era gigolô”; “Eu atirava nas pessoas só para me divertir.” Essa senhora comentou sobre esses menores: “Eles perderam toda a esperança e a confiança nos adultos, que estão ocupados demais. Eles não ouvem. Ninguém mais tem tempo para as crianças.” Quando lhe foi perguntado o que as crianças precisavam, respondeu: “Estas aqui? É uma fórmula simples. Sabe o que essa garotada precisa de verdade? Amor de mãe. Elas querem um modelo para seguirem. Buscam pessoas que sejam sinceras, que as discipline, que lhes ensine responsabilidade e que nossos atos geram conseqüências. Querem alguém que os pegue e os abrace, que não desista deles. Se você lhes ensinar a desistir facilmente, eles desistirão.” Um dos meninos mais velhos abraçou aquela senhora e disse: “Ele é a minha mãe. Não de sangue, mas, num certo sentido, a minha verdadeira mãe, porque cuida de mim.” Quando perguntaram aos meninos que mudanças haviam ocorrido em suas vidas depois de conhecerem aquela senhora, o garoto que parecia ser o pior de todos, o que atirava nas pessoas “só para se divertir”, disse: “Olhe dentro de nós! Temos esperança! Temos sonhos! Nós também queremos fazer a diferença! Agora, eu quero fazer faculdade.” A mensagem final dessa mulher para os pais foi: “Amem os seus filhos. Não desistam deles. Amem-nos mesmo que doa. Amor é amar incondicionalmente, mesmo que doa!” É fácil deixar passar despercebido o poder de um indivíduo. Temos a tendência de depender demais da sociedade como um todo e de suas instituições, governo, escolas, etc., a ponto de não sentirmos a necessidade de assumirmos responsabilidade pelas crianças, tanto as nossas como aquelas que cruzam o nosso caminho e que talvez precisem de nós. Você poderia ser um representante do amor de Jesus por uma criança, fazendo parte do plano de Deus para amar e cuidar daquela jovem vida. O seu amor, interesse e amizade podem fazer toda a diferença do mundo! Escrito por Maria David e publicado originalmente na revista Contato. Usado com permissão. Existe um provérbio chinês que diz, “Dê um peixe e alimentará a pessoa por um dia. Ensine-a a pescar e lhe dará alimento para a vida toda.” Podemos aplicá-lo à questão de ensinarmos nossos jovens a resolverem problemas. No início talvez seja preciso investir tempo para ensinar estes princípios de resolução de problemas aos seus filhos, mas conte com dividendos de longo prazo à medida que eles aprenderem a resolver problemas e a tomarem decisões sensatas. Os pais muitas vezes ficam admirados quando descobrem que seus filhos são bem capazes e estão aptos a resolver seus problemas do seu jeitinho. Todas as crianças, inevitavelmente, vão se deparar com todo tipo de problemas em suas vidas, pois faz parte do seu desenvolvimento. Quando enfrentarem esses desafios, aprenderão a resolver problemas, algo essencial para serem bem-sucedidas na vida. As crianças têm um potencial incrível e inexplorado para encontrarem boas soluções. É sábio investir tempo para ajudarem seus filhos a desenvolverem essa capacidade. Vale a pena ensinar as crianças a resolverem problemas enquanto ainda são pequenas, porque lhes será muito útil no futuro. Contudo, os pais tendem a querer retificar o problema rapidamente ou providenciar logo uma solução. Mas se tentar resolver todos os problemas do seu filho, vai tolher a capacidade dele de resolvê-los sozinho. Não tente resolver o problema a menos que seja absolutamente necessário. Em vez disso, ajude a criança a encontrar a solução. Isso mostra que você tem fé de que ela pode aprender a resolver os problemas de maneira construtiva. No princípio vai ter que acompanhar seu filho passo a passo nesse processo. Talvez leve muito mais tempo do que se você simplesmente resolvesse para ele ou lhe desse a resposta. Mas quando resolve os problemas do seu filho, roubalhe uma oportunidade de aprender. Por mais lento que seja o processo de aprendizado, faz parte do desenvolvimento da criança. A pequena Sara pegou a boneca da amiga emprestada para brincar, mas rasgou o vestido da boneca. “Mamãe, rasguei o vestido da boneca!” lamentou-se. “Não se preocupe, Sara, posso costurá-lo hoje à noite e depois você pode devolver a boneca para Melissa.” A mãe resolveu o problema e Sara ficou feliz. Mas o que é que Sara aprendeu com essa situação? “Quando tiver um problema, vou para a mamãe. Ela resolve.” Então, quando acontecer algo novamente, ela vai correr imediatamente para a mãe, para ela resolver. No caso do vestido rasgado, vejamos como isso poderia ter-se tornado uma oportunidade de aprendizado: “Mamãe, rasguei o vestido da boneca!” “Puxa. Que rasgo! O que você acha que poderíamos fazer?” “Hum, não sei. Pedir desculpas à Melissa?” “É, seria bom fazer isso. Mas como você acha que ela se sentiria se você devolvesse a boneca com o vestido rasgado?” “Acho que ela ia ficar triste.” “Será que podemos fazer alguma coisa para evitar isso?” “Dá para costurar?” “Ótima idéia! Que tal nós duas costurarmos o vestido da boneca hoje à noite?” “Tá bom!” A mãe ensinou Sara a encontrar uma solução para o problema. Ao ajudá-la a costurar o vestido da boneca, Sara estará participando da solução. Da próxima vez que Sara se deparar com um problema, ela provavelmente vai procurar a ajuda da mãe, mas estará ciente de que é possível encontrar uma solução, e entenderá que pode e deve participar da solução. À medida que Sara for praticando este método de resolver problemas, vai aprender a encontrar as soluções sozinha, e terá conquistado uma habilidade valiosa para o resto da vida. Nem todos os problemas da vida são fáceis de resolver, e você vai ter que passar isso para as crianças à medida que elas enfrentarem desafios maiores. Mas os passos que der no dia-a-dia para incentivá-las nesse sentido vai lhes oferecer mais recursos para lidarem com os problemas mais difíceis da vida quando crescerem. Ensine os seus filhos a assumirem a responsabilidade de encontrarem soluções para os seus problemas. Fazendo isso, estará ensinando-lhes algo muito valioso e que os ajudará a vida inteira. © A Família Internacional. Usado com permissão. Claire Nichols Eu vivia estressada demais — mais do que queria admitir — para realmente desfrutar da convivência com meus filhos. Não há dúvida que muitos pequenos incidentes posteriormente se tornaram boas recordações, o tipo de coisa que edifica doces memórias. Muitas vezes, porém, antes dos ocorridos ganharem o status de doces memórias, eu era uma desmancha-prazeres com os meus filhos. Mas aconteceu algo que me ajudou a parar com isso. Tudo começou numa manhã de segunda-feira. Meu marido mal saíra para o trabalho, deixando-me em casa com nossos dois pequeninos, e eu já começara a contar as horas para a sua volta. A essa altura já estaria quase na hora de irem para a cama, e seria mais fácil ter duas pessoas para cuidar de duas crianças. A manhã se arrastou e, finalmente, veio a tarde. Imaginei que poderia fazer umas coisas na casa enquanto as crianças dormissem depois do almoço, mas minhas esperanças desapareceram quando minha caçula, Ella, não apenas se recusou a dormir, mas queria porque queria atenção e brincadeiras. Quando ela finalmente adormeceu, deixei-me cair, cansada, em uma poltrona próxima da sua cama, mas mal me assentara e meu filho de dois anos e meio pulou da cama para o meu colo. — Mamãe, eu acordei! — anunciou como se fosse uma façanha. — Já notei! — respondi tentando parecer positiva enquanto pensava: Lá se foi a minha tarde. Acho que hoje não vai dar para fazer nada. Olhei o relógio e falei em voz alta. — Daqui a duas horas o papai vai chegar. Vamos descer para lanchar. Evan subiu numa cadeira na cozinha e se apoiou no balcão para ajudar a colocar leite no seu copo. Eu preferiria que ele não ajudasse, mas lembrei de uma conversa que tivera com minha mãe há pouco tempo, quando me disse: — Nesta idade, eles querem fazer tudo sozinhos. — Mas mãe… Eu fico tão frustrada com isso. As coisas mais simples ficam complicadas e demoram muito mais — reclamei. — Mas é o melhor — explicou ela. — Você tem que ver isso como um processo educativo. Tudo que fazemos com as crianças no seu dia-a-dia, como por exemplo escovar os dentes, lavar as mãos, trocar de roupa, preparar o lanche, para elas é novidade, algo novo para aprender e experimentar. E são essas coisinhas que lhes ensinam a se tornar auto-suficientes e a edificar o seu caráter e personalidade. Lembre-se que você é a professora e seus filhos os ávidos alunos na escola da vida. E, por isso, deixei Evan me ajudar a servir o leite. — Muito bem! — o elogiei ao terminar. — Posso comer pão também? Com geléia? Por favor? Ele sabia que um pedido feito com tantos bons modos e alegria não seria recusado. Dei um passo na direção da geladeira, mas Evan chegou antes e já estava tirando o vidro de geléia de lá. Enquanto eu pensava: Espero que esse vidro não escorregue de suas mãos e quebre, já estava caindo no chão! A geléia até que ficou arrumadinha num montinho vermelho no chão, mas com o vidro foi diferente. Os cacos, centenas deles, espirraram por toda parte. Levei a mão à boca para impedir que meu cansaço e frustração vazassem numa torrente de palavras. — Nunca mais faça isso! — O próprio Evan se encarregou de dizer num tom que misturava arrependimento com preocupação. Num esforço, transformei meus pensamentos numa curta oração. Naquele momento, as palavras de minha mãe voltaram à minha memória: “algo novo para aprender e experimentar”. Tomei Evan nos meus braços para que não se machucasse. — Primeiro, vamos calçar os sapatos, depois vou lhe mostrar como limpar uma cozinha suja de geléia e vidro. Momentos mais tarde, enquanto varria a bagunça e Evan segurava a pá de lixo, expliquei ao meu pequeno aluno a dinâmica do vidro, como quebra fácil e a melhor maneira de juntar os cacos quando isso acontece. Minha mãe tinha razão. Tratar aquele acidente como uma oportunidade de aprendizado para o meu pequenino me manteve calma e controlada. Em vez de dar uma bronca nele e prometer a mim mesma que nunca mais cometeria o erro de o deixar pegar algo sozinho da geladeira, ensinei-lhe a lidar com os problemas de uma maneira positiva. Pegamos outro vidro do armário e passamos geléia e manteiga no pão. Depois preparamos café para a mamãe e arrumamos a mesa direitinho para degustarmos nosso lanche. Quando dei por mim, eu estava desfrutando aquele momento! — Você é um bom cozinheiro, Evan! Mamãe está muito orgulhosa de você! Seus olhos brilharam. — Evan está tão orgulhoso de você, mamãe! — veio a resposta sem hesitação. Sorri. E, pensando bem, eu também estava orgulhosa de mim. Disse então para o meu filho: — Acho que vou comprar um vidro de geléia para ficar permanentemente no balcão da cozinha, porque desfrutar da sua companhia neste momento é algo que quero lembrar para sempre! Extraído da revista Contato. Usado com permissão. 1. Faça as coisinhas do dia-a-dia contarem. Procure coisas especiais que podem fazer e desfrutarem juntos na hora das refeições, antes de dormir, e em qualquer momento em que estiverem juntos. 2. Pequenas tradições de família, quer simples, quer engraçadas, fortalecem os vínculos de amor e criam boas lembranças. Adotem uma canção ou slogan da família (ou inventem um). Escolham uma refeição favorita da família e sirvam quando forem comemorar uma ocasião especial. 3. Reserve uma hora no dia especialmente para os seus filhos. Desligue a TV, o celular, e qualquer coisa que seja uma distração, para se concentrar totalmente neles. 4. Planeje com antecedência— até mesmo junto com seus filhos — as atividades do seu “tempo em família” para a semana ou o mês todo. Isso em si já é uma atividade legal. 5. Arranje um hobby ao qual possa se dedicar junto com seus filhos. Veja no que eles estão interessados e comecem um projeto de longo prazo, partilhando de uma experiência de aprendizagem juntos. 6. Se tiver mais de um filho, tente passar um tempinho especial com cada um individualmente, fora os momentos que ficam todos juntos. Vai ajudá-los a se sentir amados e valorizados. 7. Leiam juntos. Aqui estão uma grande variedade de histórias para crianças, que podem usar para fazerem uma leitura legal e que vai ensinar bons valores morais. 8. Divirta-se com seus filhos! Não tenha receio de ficar à vontade e fazer bobeiras junto com eles, pois eles precisam e querem ter momentos assim. 9. Façam algo espontáneo e diferente de vez em quando, como, por exemplo, um piquenique no jantar, ou passar o fim de semana ao ar livre fora da cidade. 10. Seja carinhoso. Um abraço, carinho, um afago na cabeça, são maneiras de expressar amor e dar atenção, e ajuda muitíssimo a aumentar a confiança do seu filho e fazê-lo sentir segurança. Você também precisa de afeto! Artigo © TFI. Usado com permissão.
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