Sempre que você ouve falar sobre o autor de um grande feito, pode ter certeza de que houve um alicerce grandioso por trás dessa pessoa. Talvez seja os ensinamentos que recebeu de sua mãe, talvez o exemplo do pai, talvez a influência de uma professora ou uma experiência marcante na vida da pessoa, mas tem que existir algo assim, caso contrário, por mais favoráveis que sejam as oportunidades, não existem grandes realizações.
--Catherine Miles *** O jornal The London Times informa: Segundo pesquisa, os pais que dedicam tempo aos filhos, mesmo que apenas cinco minutos por dia, estão lhes dando uma chance muito maior de se tornarem adultos autoconfiantes. Os meninos que sentem que seus pais dedicam um tempo especial para eles e falam sobre suas preocupações, escola e vida social, tornam-se jovens motivados, otimistas, autoconfiantes e cheios de esperança. O estudo do projeto Tomorrow’s Men (Homens do Amanhã), apoiado pela Universidade Oxford, e patrocinado por Top Man, escolheu jovens com grande auto-estima, felicidade e confiança para serem jovens bem-sucedidos e positivos. Descobriram pouquíssima diferença entre os efeitos de um bom relacionamento com um pai numa família normal de pai e mãe, e de uma família onde o pai não estava sempre em casa mas esforçava-se por passar tempo com a família. “Independentemente do tipo de família, se você passar tempo com o seu filho, isso faz a diferença”. Havia mais probabilidade de se ter filhos confiantes nas famílias que passavam uma quantidade de tempo significativo juntos. *** Oração de Pais Senhor, forme-me um filho que seja forte o suficiente para saber quando é fraco, e corajoso o bastante para admitir quando tem medo; um filho que enfrente uma derrota honesta com orgulho e sem se abalar, no entanto seja humilde e amável na vitória. Forme-me um filho cujos desejos não substituam suas obras; um filho que O conheça e saiba que Você é a base de todo conhecimento. Guie-o, Lhe peço, não no caminho da vida tranqüila e confortável, mas sob dificuldades que o pressionem, incitem e desafiem. Que nessas situações ele aprenda a enfrentar a tormenta e a ter compaixão pelos que sucumbem a ela. Forme-me um filho com uma convicção clara, com uma meta nobre, um filho que se domine antes de procurar dominar a outros; que parta para o futuro sem nunca esquecer-se do passado. E depois que ele conquistar todos estes atributos, peço que lhe dê um bom senso de humor, para que ele seja sempre sério, mas sem levar-se a sério demais. Dê-lhe humildade para que sempre se lembre da simplicidade que existe na verdadeira grandeza; dê-lhe a mente aberta da verdadeira sabedoria e a fraqueza da verdadeira força. Aí então eu, o pai, poderei dizer num sussurro: “Eu não vivi em vão”. —General Douglas MacArthur *** Que nós vivamos de modo que os nossos filhos possam assimilar nossas virtudes e esquecer nossos erros. Que lhes transmitamos a luz da coragem, da compaixão e um espírito de busca. Que essa luz arda mais forte nos nossos filhos do que ardeu em nós. --Robert Marshall
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Meus filhos estão naquela idade em que sua atividade favorita é assistir à televisão ou a filmes. O problema é que quase tudo ao que querem assistir contém atitudes, linguajar ou comportamentos que não aprovo. Também parece que são desses aspectos negativos que meus filhos mais se lembram e o que tendem a copiar. Como posso protegê-los disso? Essa preocupação é comum a muitos pais hoje em dia. Eles percebem a importância de monitorar e, às vezes, restringir ao que os filhos assistem e ouvem, o que é com certeza direito e responsabilidade de quem tem filhos. Ao mesmo tempo, é praticamente impossível isolar as crianças de toda influência negativa que as cercam. Se o contato não ocorrer pela televisão, cinema e jogos de computador, vai se dar por meio dos colegas ou outras vias. Mas se a proteção nem sempre é possível, o combate é. Veja como travar esta luta: Assistir com as crianças um programa de televisão, por exemplo, e depois discutir com elas o conteúdo do mesmo. O objetivo é ajudá-las a extrair do que viram o máximo de positivo e o mínimo de negativo. Isso também oferece uma oportunidade de discutir atitudes ou comportamentos problemáticos de fora. “O que você acha que a personagem deveria ter feito naquela situação?” Aos poucos, isso ajudará as crianças a formar fortes valores pessoais, além de lhes ensinar a ser mais seletivas quanto ao que assistem. É importante, sempre que possível, assistir ao filme antes das crianças, ou pelo menos ler críticas equilibradas para estar a par do conteúdo. Isso lhe dá uma chance de se certificar que é adequado para os seus filhos e também tempo para pensar sobre as lições e informações úteis que podem ser extraídas. Pense em termos de como o filme ou o programa pode beneficiar seus filhos. Se nada lhe ocorrer, provavelmente não é algo que valha o tempo das crianças. Escolha tanto o filme quanto os temas discutidos de acordo com a idade das crianças. É aí que as gravações são preferíveis à TV “ao vivo”, pois quem estiver orientando a seção pode fazer uma pausa para responder às perguntas das crianças. Portanto, se puder, grave os programas e exiba-os posteriormente para os seus filhos, pois também poderá evitar os comerciais que promovem produtos que, a seu ver, não seriam convenientes. Se houver alguma parte do filme que assustaria as crianças mais novas ou que esteja além da compreensão delas, pare, explique, ou salte o trecho. De um modo geral, as mais velhas preferem assistir aos filmes sem interrupção e discuti-lo ao final. O objetivo é fazer com que as crianças pensem no que assistiram e tirem conclusões mais maduras do que fariam sem orientação. Elas aprendem melhor fazendo perguntas e pensando nas questões do que quando as respostas lhes são dadas rápido demais. Da mesma forma, aceitam mais prontamente a orientação na forma de respostas às suas perguntas e preferem ser desafiadas com perguntas que as façam pensar do que simplesmente ouvir um “sermão”. Durante a seção, esteja atento a pontos que possam servir de trampolim para uma interação mais divertida, positiva e educativa com seus filhos, tal como ler mais a respeito de personagens, lugares e eventos históricos, ou fazer as atividades vistas em um programa de televisão ou levá-los a um passeio que, de alguma forma, esteja relacionado ao que assistiram. Você talvez fique surpreso ao ver quanto seus filhos poderão se beneficiar de filmes e documentários assistidos com uma pequena orientação. Podem descobrir sobre a vida, a natureza humana, aprender a lidar com crises e adversidades, se condoer dos outros, entender as conseqüências de decisões ruins e aprender dos erros alheios. Portanto, ainda que filmes e programas de televisão sejam potencialmente nocivos se não forem usados adequadamente, podem ser uma excelente ferramenta para a educação e unir a sua família, se utilizados criteriosamente. Extraído da revista Contato. Usado com permissão.
Bastões e Bolas
2+ Você vai precisar de: meias-calças velhas ∙ cabides de metal∙ máscara ou fita isolante ∙ bolas de tênis Dobre o cabide em forma de uma raquete e endireite o gancho curvo do mesmo. Dobre o ganhcho novamente para que fique estreito e mais comprido do que antes. Corte uma das pernas da meia-calça e guarde para depois. Coloque a outra perna da meia-calça na raquete até ficar esticada, depois enrole o resto da meia-calça no punho do cabide. Cubra com fita até o mesmo ficar firme e for fácil de segurar. Coloque uma bola de tênis no dedão da perna da meia-calça restante e amarre-a em um galho de árvore, ou no varal de roupas. As crianças vão se divertir muito batendo na bola, fazendo balançar para frente e para trás. Faça dois bastões para que possam bater na bola com você, um amigo ou irmão. Pinturas de Sopro 4+ Você vai precisar de: canudinhos∙ tinta em pó ∙ vasilhames plásticos ∙ papel ∙ jornal ∙ aventais para pintar Cubra uma mesa fora de casa com jornal ou uma toalha de mesa de vinil, uma vez que essa atividade pode fazer bastante bagunça. Certifique-se que as crianças cobrem as roupas com um avental, ou uma camisa velha do papai. Acrescente um pouco de tinta em pó à água nos vasilhames para obter cores primárias fortes. Essa atividade ajuda as crianças a aprenderem como novas cores são criadas quando as cores se misturam. Mostre-lhes como segurar um pouco de água em um canudo ao imergi-lo na mistura, tapando a parte superior com um dedo e levando o canudo ao papel. O próximo passo é assoprar gentilmente. A tinta se espalhará sobre o papel em formações que lembram uma aranha. Ao usarem cores diferentes, novas serão formadas. Guarde as pinturas para fazer quadros interessantes para os quartos das crianças. Árvore Genealógica 6+ Você vai precisar de: uma cartolina grande ou um rolo de papel ∙ marcadores coloridos ∙ canetas ∙ tesouras ∙ cola Com a ajuda das crianças, faça uma árvore genealógica com elas e seus primos no pé. Depois, trabalhe em sentido vertical até a sua geração, depois até os avós, e por aí em diante — até onde conseguir recordar e pesquisar facilmente. Deixe as crianças ajudá-lo a escrever e decorar a árvore. Corte e cole fotos de quantos parentes puder, ao lado de seus respectivos nomes na árvore. Coloque a árvore na parede. Conversem sobre as pessoas que aparecem nela: onde vivem/viveram, seu trabalho e hobbies. Palavras Numeradas 8+ Você vai precisar de: papel ∙ lápis ∙ chapéu ou caixa Recorte um pedaço de papel em 26 quadrados e escreva uma letra do alfabeto em cada um. Coloque todos em um chapéu ou caixa e misture-os bem. Dê um papelzinho em branco a cada criança e peça-lhes para escreverem um número nele, de 1 a 26. Dê um valor numérico a cada letra conforme tirá-la do chapéu. Talvez “V” tenha sido tirada primeiro, nesse caso, ela ganharia 1, “T” em segundo — 2, “M” em terceiro — 3, e aí por diante. Agora, cada criança faz uma lista de quantas palavras conseguir, tentando pensar em palavras com o maior valor numérico possível. Estabeleça um tempo limite de 5 a 10 minutos, depois some a pontuação de todos e veja quem é o vencedor. Jo Dias “Horrível!” Esse seria o único adjetivo capaz de descrever como eu me sentia naquele dia. Meu marido tinha viajado novamente! Lá estava eu, sozinha com nossos quatro filhos. O dinheiro era pouco, eu estava mal de saúde e minha adolescente passava por uma crise existencial. Como eu orava pedindo ao Senhor para aliviar o meu fardo! Observando pela janela a dança das árvores ao sabor de uma brisa suave, reparei um esquilo que ia de árvore em árvore, subindo e descendo, sem demonstrar qualquer tipo de preocupação. Sentia inveja da criaturinha quando, de um momento para o outro, decidiu mudar de tática. Em vez de subir e descer as árvores, começou a pular de uma para outra até chegar à última no terreno, de onde ficou olhando para aquela que seria sua próxima escala, posicionada a uma distância maior do que as que vinha superando até ali. Pelo jeito, decidia se saltaria ou não. Nas minhas contas, o vão entre ele e aquela árvore era duas ou três vezes maior que os anteriores no seu trajeto. Sem dúvida, um desafio e tanto. “Não acredito que você vá tentar, bichinho!” Sussurrei. Desinteressado em minha opinião, percorreu o galho em que estava algumas vezes, fazendo a maior barulheira, até que parou, observou a distância, armou o salto e se atirou. Senti vontade de virar o rosto, pois o desfecho não poderia ser bom! Errada! O esquilo cruzou pelos ares o enorme espaço e posou tranquilo no destino desejado, com a graça e a glória que nascem da certeza de haver alcançado uma superação que já lhe pertencia de antemão. Ele emitiu seu barulhinho de vitória e escalou apressado para o alto da árvore, como se subisse um pódio! Naquele momento, vi onde estava pecando: minha preocupação com meus problemas, com a distância entre as árvores, transformaram-se em medo de me lançar e voar para o outro lado. Perdera a fé nAquele que me criou, no meu Salvador e melhor Amigo. Aquele esquilo tagarelando feliz no topo da árvore me ajudou a ver que o Senhor havia atendido à minha oração —não por um milagre espetacular, mas pelo exemplo de um pequenino esquilo feliz. O mesmo Deus que cuidava dele também cuidaria de mim. Extraído da revista Contato. Usado com permissão. Para as crianças, não existe no mundo ninguém mais bonito que suas mães. Os filhos mais jovens, além de não pensarem nas mães em termos de moda, bom gosto para jóias, penteados perfeitos e unhas bem feitas, não enxergam estrias nem cabelos grisalhos. Suas mentes ignoram esses fatores que costumam distorcer a percepção e os conceitos que adultos têm de beleza e, portanto, os pequenos sabem melhor que ninguém o que faz uma mulher verdadeiramente bonita. Onde as crianças vêem a beleza? — Nos olhos que transbordam de orgulho pelas suas realizações, nos lábios sempre prontos para incentivar e orientar, nos beijos que tornam os arranhões toleráveis, na voz aveludada que lhes devolve o sono depois de um sonho ruim e no amor envolvente de um abraço caloroso. De onde vem essa beleza? Maternidade gera abnegação, que, por sua vez, resulta em humildade, da qual nasce a graça, de onde brota a verdadeira beleza. A mãe encarna a vida, o amor e a pureza ao se doar aos filhos, e assim materializa o amor de Deus para eles. É por isso que acredito que nada embeleza uma mulher tanto quanto a maternidade. — Saskia Smith A Mão Que Embala o Berço, Governa o Mundo Como é importante o trabalho das mães! As mães da próxima geração moldam o futuro. A maternidade é praticamente a carreira mais importante no mundo. Apesar de que cuidar de um bebê pode não parecer algo tão grandioso, não pode ser minimizado. Quem pode prever o impacto que uma criança pode vir a ter na vida de muitos? O que torna a mãe maravilhosa é o seu espírito abnegado que a faz disposta a sacrificar seu tempo, sua energia e, se necessário, até a saúde por amor do filho. Qualquer mulher pode ter um filho, mas é preciso ser mãe de verdade para “instruir o menino no caminho em que deve andar” (Provérbios 22:6). — D.B. Berg Extraído da revista Contato. Usado com permissão. Segundo a tradição chinesa, considera-se que o bebê tem um ano de idade ao nascer. E faz sentido. A criança já estava viva antes de haver nascido e a diferença é que ela mudou de ambiente. Graças à nova tecnologia de ultra-sonografia 4D, podemos assistir ao feto sugar o polegar, piscar os olhos, bocejar, sorrir e se mover no ventre materno, eliminando toda dúvida de que é uma alma viva ímpar, antes mesmo de nascer. — Abi F. May * Imagine-se como o mais alto arranha-céu do mundo, construído em nove meses e que tenha germinado de um único tijolo. Conforme o tijolo se divide, causa o surgimento de todos os demais tipos de materiais necessários para construir e operar a torre concluída. São milhões de toneladas de aço, concreto, argamassa, material para isolamento, telhas, madeira, granito, solventes, carpete, cabos, tubos e vidro, além do mobiliário, sistemas de telefonia, unidades de refrigeração e aquecimento, circuitos elétricos, quadros e redes de computador, incluindo software. --Alexander Tsiaras E Barry Werth, do livro “Conception to Birth: A Life Unfolds” [Da concepção ao nascimento: o surgimento de uma vida] * A ciência tem suas explicações de como as crianças se formam, mas quando você segura seu bebê pela primeira vez e olha nos seus olhos, sabe que o que tem nos braços é um milagre. Você está olhando para um dos maiores mistérios do universo, um vislumbre do Céu e do poder criativo de Deus. Nos seus braços está a prova tangível do amor que Deus tem por você, pois o escolheu para ser o pai ou a mãe dessa nova alma. — Derek e Michelle Brookes, Keys to Baby (segredos sobre bebês) * Existe um milagre que foge à minha compreensão e que acontece todo dia. Um espermatozóide encontra um óvulo e forma uma célula tão minúscula quanto um grão de sal. Essa célula contém as informações genéticas para cada detalhe do desenvolvimento humano, inclusive o sexo da criança, a cor do cabelo e dos olhos, a altura, a tonalidade da pele e muito mais. Em quatro dias, o óvulo fertilizado se aloja no útero e em três semanas já existe o início do cérebro, da medula espinhal e do sistema nervoso, e o coração já começa a bater. Um mês após a fecundação, começam a surgir braços, as pernas, os olhos, os ouvidos e o coração bombeia sangue pelo sistema circulatório. Ao fim de seis semanas, o cérebro, em franco desenvolvimento, começa a controlar o movimento dos músculos e dos órgãos. Na nona semana, a nova vida passa a ser um “feto”, palavra que vem do latim, fetus, que significa jovem. Ao terceiro mês, o bebê está perfeitamente formado. Tem unhas e consegue arquear as sobrancelhas, franzir a testa e virar a cabeça. Com 16 semanas, a criança tem pouco mais de um terço do tamanho que terá ao nascer. Aos cinco meses, seus cabelos, cílios e unhas começam a crescer. O restante das 40 semanas no ventre materno, duração típica da gravidez, é passado em preparação para o nascimento, ainda que, hoje em dia, os bebês com até mesmo 22 semanas de gestação tenham chance de sobrevivência. Por fim, chega o grande momento de deixar a segurança do ventre materno para entrar no mundo. Todas as possibilidades, prazeres e dores que a vida oferece começam para mais um ser humano. Como uma única célula pode formar um bebê inteiro em apenas nove meses? Não é preciso entender. Podemos simplesmente nos regozijar com a maravilhosa dádiva que é a vida que o Criador nos concedeu. — Abi F. May Extraído da revista Contato. Usado com permissão.
A infáncia é apenas uma fase da vida, e é exatamente nessa fase que se firmam as características da personalidade da pessoa. Podemos optar por dar a nossos filhos oportunidades de descobrirem seus talentos e adquirirem hábitos físicos, mentais e espirituais saudáveis que durarão o resto da vida, ou deixar passar esses momentos valiosos porque estamos ocupados demais, justamente por não sabermos discernir as prioridades, ou por dedicarmos tempo demais a tipos de entretenimento que não incluem interação.
*** As crianças precisam de atividade, de outros meios para se desenvolverem além do que absorvem em vídeos. Infelizmente, essas outras atividades estão ficando cada vez mais raras hoje em dia. Elas precisam ter um equilíbrio, mesmo que seja reduzindo o tempo que passam cada dia ou cada semana assistindo a vídeos ou no computador. Embora, em muitos sentidos, a sociedade em geral siga nessa direção, vão ter que se lembrar que o que incutem numa criança pequena vai durar o resto da vida. *** Quando pensamos em criança em idade pré-escolar, pensamos em soneca, caixa de areia, aprender a contar. Hoje em dia, parte do aprendizado desses pequeninos inclui também “digitação” e mexer no mouse. Mas, segundo os críticos, deixar as crianças terem contato com computador cedo demais pode interromper importantes aptidões mentais, como, por exemplo, ouvir, prestar atenção, e se concentrar. Um educador acredita que o uso do computador pode alterar o desenvolvimento do cérebro da criança. “O uso do computador não exercita o cérebro e o corpo concomitantemente como ocorre nas brincadeiras normais da infáncia”, afirma Jane Healy, psicóloga educacional e autora de livros. Para as crianças, aprender a pegar bola, jogar e escalar é mais importante do que usar um mouse, ela diz. É mais importante a criança aprender a se expressar e brincar de maneira criativa. Por exemplo, fazer um boneco com um pregador de roupa vai incentivar muito mais a criatividade do que escolher a cor do cabelo de uma boneca no monitor e clicar, disse a profissional. “As crianças deveriam ter um desejo ardente de aprender, não ficarem esperando a cena no monitor mudar. Elas precisam pensar, não usarem ícones predeterminados.” disse Healy O desenvolvimento de aptidões sociais também é crítico na idade pré-escolar, afirma a psicóloga. Se a criança fica “colada na tela”, vai passar menos tempo aprendendo a se relacionar bem com as pessoas, a falar e se expressar. (Baseado no artigo de Katie Dean na revista Wired.) ![]() Observava umas criancinhas de cinco ou seis anos de idade jogando futebol. Apesar da pouca idade elas levavam o jogo a sério. Eram dois times, com técnicos, uniformes e os pais acompanhando a partida. Como eu não conhecia nenhum dos dois, pude desfrutar do jogo sem ficar ansioso na expectativa de saber quem venceria. Quem dera que os pais e os técnicos tivessem feito o mesmo! Os dois times eram bem treinados, e vou denominá-los Time Um e Time Dois. No primeiro tempo não houve gol. As crianças eram engraçadas demais. — Desajeitadas e desesperadas para chutar a bola como só as crianças conseguem fazer. Elas tropeçavam nos próprios pés, na bola, erravam os chutes, mas nem ligavam, porque estavam se divertindo! No segundo tempo, o técnico do Time Um retirou aqueles que deviam ser os melhores jogadores e colocou os reservas. Só deixou o melhor jogador, e na posição de goleiro. O jogo deu uma virada significativa. Acho que até quando você tem só cinco anos de idade, vencer é importante, porque o técnico do Time Dois não mexeu no time, e os reservas do Time Um não eram páreo para eles. O Time Dois se juntou em cima do rapazinho no gol. Ele era um ótimo atleta pela idade, mas não conseguia dar conta de três ou quatro outros meninos tão bons como ele. — E o Time Dois começou a marcar. O goleiro ali sozinho se dedicou de corpo e alma. Pulava com tudo na frente da bola, bravamente tentando detê-las. Quando o Time Dois marcou dois gois, um atrás do outro, o menininho ficou furioso. Começou a dar uma de louco, gritando, correndo e pulando para salvar a bola. Com toda a sua força ele finalmente conseguiu cobrir um dos meninos que se aproximava da trave. Este, porém, passou a bola para outro jogador, a uns 6 metros de distáncia, e quando o goleiro voltou para sua posição, era tarde demais. Marcaram o terceiro gol… Logo detectei os pais do goleiro. Eram pessoas simpáticas e de boa aparência. Dava para ver que o pai, ainda engravatado, fora direto do serviço para o jogo. Como eles torciam para o filho! Fiquei totalmente absorto observando o menino no campo e os pais na lateral. Depois do terceiro gol o menininho se transformou. Viu que não adiantava mais, que iam perder. Não desistiu, mas ficou sossegado e ao mesmo tempo desesperado. Estampava no rosto o sentimento de que qualquer coisa que fizesse seria em vão. O semblante do pai também mudou. Até então ele incentivara o filho a se esforçar mais, berrara conselhos e palavras de ánimo. Mas mudou e ficou ansioso. Quis dizer ao menino que devia agüentar firme, mas doía perceber o que o filho estava sentindo. Depois do quarto gol, eu sabia o que aconteceria, pois já vira isso. O menininho precisava desesperadamente de ajuda, mas não havia ninguém para ajudá-lo. Agarrou a bola depois do gol e a entregou ao árbitro, depois chorou. Ficou ali parado com as lágrimas escorrendo sem parar nas suas duas bochechinhas. Ajoelhou-se desanimado, e foi aí que o pai entrou no gramado. A esposa, tentando segurá-lo, puxava o seu braço dizendo para não fazer aquilo, que constrangeria o filho. O pai, porém, desvencilhou-se e correu para o campo, apesar de ser proibido, pois o jogo ainda não terminara. De terno e gravata, com sapatos sociais, ali, todo arrumado, ele entrou no campo e segurou o filho nos braços para todos verem que era o seu filho. Abraçou e beijou o menininho e chorou junto com ele! Eu nunca senti tanto orgulho de uma pessoa na minha vida como senti daquele pai. Ele retirou o filho do campo, e quando chegaram à lateral, ouvi-o dizer: — Filho, estou muito orgulhoso de você. Você foi ótimo! Quero mostrar a todos que você é meu filho.” — Papai, — disse o menininho ainda chorando. — Eu não consegui segurar a bola. Eu tentei, e tentei, mas eles não paravam de marcar gol em mim. — Marquinho, não importa quantos gois eles fizeram. Você é meu filho e estou orgulhoso de você. Quero que volte para terminar a partida. Sei que quer desistir, mas não pode. Você vai levar mais gol, mas não importa. Vá pro campo assim mesmo. Foi visível a diferença que isso fez! Quando você está sozinho, levando gol, sem conseguir segurar a bola, é vital ter a certeza de que para aqueles que o amam, isso não tem a mínima importáncia. O garotinho correu de volta para a sua posição. O Time Dois fez mais dois gois, mas tudo bem. Greg Lucas
( Comunidade dos Deficientes é uma comunidade online para pessoas deficientes ou com enfermidades) A tragédia de ter uma deficiência não é a deficiência em si, mas sim o isolamento que cria. Essa foi uma das lições mais importantes para a nossa família. Infelizmente, aprendemos da maneira difícil. Mas lições difíceis muitas vezes oferecem um insight bem maior, e nos últimos anos temos tido a maravilhosa oportunidade de adquirir muita sabedoria com diferentes famílias em diferentes comunidades. Ainda são muitas as descobertas a serem feitas ao longo desta jornada, mas colocamos aqui pelo menos 7 muito úteis que aprendemos com a comunidade de deficientes e que fez uma enorme diferença na nossa família. 1. Deus é soberano e bondoso. Quando você tem um filho extremamente deficiente, é essencial entender a soberania de Deus agindo na sua família. As Escrituras afirmam que o seu filho não veio por acaso nem o seu nascimento foi uma tragédia, mas sim uma obra planejada com esmero e cuidadosa e maravilhosamente montada antes da fundação da terra (Salmo 139:13–17; Efésios 1:3–12). Deficiência não é uma maldição, mas sim a bondade e a graça de Deus ampliadas de maneiras que uma família comum nunca tem a oportunidade de vivenciar. 2. Você veio a esta comunidade por uma razão. Demorou bastante para eu entender o propósito e o potencial no sofrimento e nas dificuldades da nossa família – até que comecei a compartilhar nossas experiências. A partir daí, 2 Coríntios :3–7 tomou vida. O sofrimento nos leva à intimidade de Deus, onde podemos receber o mais doce consolo. Mas não somos consolados para ficarmos confortáveis, mas para nos tornarmos consoladores. Cada episódio na experiência da nossa família com a condição de deficiência serviu para Deus nos equipar com Sua graça e a compartilharmos com aqueles que precisam desesperadamente do Seu consolo. 3. A deficiência amplia nossa visão para sentirmos alegria nas mínimas coisas. A maioria das famílias com um membro deficiente comprova que uma das suas maiores vitórias foram os momentos normais e tidos por garantidos em uma família típica. Lembro-me da primeira vez que nosso filho usou um banheiro público (aos 17 anos de idade). Tínhamos acabado de entrar no Walmart e Jake segurou minha mão e me levou ao banheiro masculino. Baixou as calças e tentou urinar no vaso sanitário – mas errou completamente o alvo. O assento, o chão e o box ficaram encharcados… mas pelo menos ele não fez pipi nas calças! Nós rimos, batemos palmas, gritamos vivas e louvamos a Deus dentro de um cubículo cheio de urina no banheiro de uma loja Walmart! A maioria das pessoas não poderia entender a imensidão da vitória que conquistamos aquele dia. Mas a deficiência geralmente nos dá uma visão 20/20, de modo que vemos o que outros não conseguem ver. É um dom maravilhoso! 4. Comunidade ajuda a dar a tão necessária perspectiva. Como mencionei antes, o perigo da deficiência é o isolamento. O perigo do isolamento é idolatria (sim, nossos filhos deficientes podem se tornar ídolos). A bênção da comunidade é a perspectiva. Todos nós precisamos de perspectiva para não entrarmos em autocomiseração e egocentrismo. Exatamente quando pensa que ninguém na terra poderia ter uma situação mais difícil do que a da sua família, encontra uma mãe solteira com gêmeos autistas. E exatamente quando uma mãe solteira acha que não consegue dar mais um passo, ela conhece uma avó que cria a neta de 10 anos com síndrome alcoolica fetal. A avó observa o jovem casal tentando alimentar uma criança sem reação por meio de sonda no intervalo de convulsões. Essas famílias estão aprendendo algo extremamente valioso entre si – a perspectiva nos faz olhar para fora. E na comunidade, a deficiência se torna um ministério. 5. Homens expansivos geralmente são a minoria. Apesar de nem sempre ser o caso, muitas vezes, quando se trata de liderança familiar, as mulheres parecem ser mais expansivas na defesa dos filhos deficientes. A tenacidade de uma mãe parece ser uma reação natural à deficiência da criança (Com a “mamãe ursa” não se mexe), mas quando a tenacidade vem da alienação ou decepção do pai, pode enfraquecer a estrutura familiar. Uma família com um membro deficiente precisa de um pai em quem se possa depender. Essa condição muitas vezes se cultiva e fortalece por meio do contato com outros homens na comunidade de deficientes. 6. Quando o casamento fica em segundo plano diante da deficiência, ele acaba ficando no último lugar. Muitas vezes já foi dito que “a melhor maneira de amar os seus filhos é amando o seu cônjuge”. Pouquíssimos casais admitiriam negligenciar o princípio contido nessa verdade, mas muitos o negligenciam na prática. Boas intenções sem aplicação assertiva vai corroendo o casamento. Cuidar constantemente de um filho deficiente, somado a todo o trabalho para cuidar dos outros filhos em casa, somado às horas extra para pagar tratamento médico e terapias, somado ao estresse, à depressão e ao cansaço, deixam pouco tempo para a manutenção da relação conjugal. Um casamento sem a devida manutenção é como um carro vazando óleo. Mais cedo ou mais tarde os cilindros deixam de funcionar, o motor funde e o dano é irreversível. Faça o que for preciso para incluir tempo de qualidade com o seu cônjuge. Homens, não esperem a sua esposa fazer contato, tomem a frente. Pode ser algo tão detalhado como planejar ir a um lugar para descanso e acrescentar uma noite para namorar toda semana, ou tão simples como sentarem-se juntos no sofá ao final do dia rindo (ou chorando) de tudo o que aconteceu naquele dia. Além da intimidade diária com o Senhor e a Sua Palavra, essa é a coisa mais importante que podem fazer para evitar que a sua família se torne parte de uma triste estatística. 7. Uma criança com um irmão deficiente é tudo menos uma criança típica. Quanto mais tempo passo com irmãos de deficientes, mais percebo que essas crianças não são nada típicas. Já observei, impressionado, irmãos se envolverem em situações difíceis, no mesmo nível de soldados que realizaram atos heroicos, bombeiros e policiais. Já vi adolescentes sem graça descobrirem um dom extraordinário e uma vocação como cuidadores cheios de compaixão. E muitas vezes, quando estava para sentir pena de um desses típicos irmãos de um deficiente, o Senhor me cutucou e deu uma leve bronca: “Preste atenção. Estou fazendo algo incrível na vida desta criança, e transformando-a na imagem e semelhança do Meu Filho”. Nenhuma escola, pública ou particular, consegue ensinar as lições de vida que se aprende na escola da deficiência. Posso dizer sem hesitação, que os meus filhos serão pessoas melhores por causa do seu relacionamento com um irmão deficiente. Viver com Jake não só os preparou para as piores situações, mas os equipou com uma profunda sensibilidade para reconhecer a mão de Deus agindo em suas vidas nos mínimos e mais sutis detalhes. O irmão deles tem sido um presente extraordinário para eles! As lições aqui mencionadas são tudo menos completas. Elas são contínuas e dinâmicas. A busca desesperadora e a revigorante descoberta de cada pérola de sabedoria fortalecem a nossa família e nos equipa a ministrar para outros. Se estiver lendo isto e for um membro novo da comunidade de deficientes, bem-vindo à família! É uma jornada gloriosa, maravilhosa, arrebatadora, que abrirá os seus olhos para as coisas mais preciosas na vida, e o aproximará cada vez mais da preciosa verdade por toda a eternidade. De http://sheepdogger.blogspot.com/2012/02/7-lessons-from-community-of-disability.html. |
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