![]() P: Sinto que existe algum problema, mas o meu adolescente não quer me dizer o que é. Gostaria de acreditar que ele está sendo sincero comigo. O que posso fazer para encorajá-lo a se abrir comigo e contar seus problemas? Como ajudá-lo a ver que o amor que tenho por ele é incondicional e que pode contar comigo? Aproxime-se se não quiser se afastar Ser gradativamente deixado de fora e então bloqueado da vida pessoal de alguém com quem certa vez desfrutou proximidade e comunicação pode ser difícil de suportar. É o que muitos pais sentem à medida que seus filhos crescem e mudam. Há uma separação gradual de caminhos, mas não precisa necessariamente ser uma separação dolorosa. Pais e filhos podem aprender a manter os seus caminhos unidos ao invés de deixar que se separem. Requer uma grande dose de comunicação e compreensão. É uma relação de dar e receber entre pais e adolescentes. Os pais devem continuamente atualizar a sua maneira de pensar, reavaliar seu relacionamento e tentar entender a pessoa na qual seu filho está se tornando. Ele está mudando, desenvolvendo-se e crescendo diante dos seus olhos. Acompanhar o crescimento e a transformação de um jovem pode ser um grande desafio. Não é apenas uma questão de alterações físicas e hormonais, mas há muitas outras mudanças emocionais, mentais, sociais e espirituais. Para se manterem a par do que acontece a um adolescente, os pais precisam estar constantemente reavaliando sua relação com ele, buscando novas perspectivas e novas maneiras de identificarem-se com ele, mudando as suas expectativas. Manter-se em dia com um jovem requer adaptação e é preciso mudar junto com ele. Ajuste-se ao crescimento de seu filho Seu relacionamento com seu adolescente não pode permanecer como de pai e filho. Tem que se tornar um relacionamento de pai e amigo ou entre amigos. Num certo sentido, você tem que abrir mão do seu papel de pai se quiser fazer contato e comunicar-se com seu filho. Seu jovem precisa entender que você o compreende como pessoa. Para o seu adolescente, individualidade e independência chega através do rompimento do relacionamento de pai e filho que tinham antes. Sentem que precisam sair desse molde para poderem crescer e pensarem do jeito deles. Os pais que querem manter o relacionamento pai-filho, que seus filhos lhes permaneçam sujeitos e ajam como eles querem, têm muita dificuldade em se comunicarem com as suas “crianças”, pois estão crescendo e mudando sua cabeça. Atualize sua abordagem e programas O segredo para manter a comunicação é manter-se informado do que está acontecendo na vida dos seus filhos. Esteja ciente de suas atividades. Entre no mundo deles e veja como estão se saindo. Faça com eles coisas que gostem de fazer e demonstre-lhes consideração. Continue reavaliando e aprofundando o seu relacionamento com eles, avalie-se constantemente quanto ao seu proceder e ao tempo que passa com eles, assim como à maneira que os trata e fala com eles. Ser um pai eficaz é como um programa de computador que precisa ser atualizado com freqüência para efetivamente ficar em dia com as mudanças e maiores necessidades. Os jovens fornecem desafios que sempre colocam as “últimas versões” do programa à prova. Por isso, os pais que querem se comunicar bem com seus filhos, precisam investir tempo para manterem-se informados das suas necessidades. Não podem simplesmente ficar como e onde estão. É preciso atualizar-se para ficar no nível deles. Dá trabalho e requer investimento de sua parte. Fique ligado, atento aos seus adolescentes e saiba o que está acontecendo em suas vidas. Se simplesmente não souber então pare e procure descobrir. Desenvolva uma boa comunicação Às vezes a falta de comunicação dos adolescentes é devido a algum problema ou porque não estão sendo sinceros com você. Muitas vezes, o fato de não terem muito em comum com os pais impede que os jovens se comuniquem com eles. Se pensam que têm pouco em comum, acham que vocês não vão entendê-los. Há muitas formas de desenvolver uma boa comunicação. Por exemplo, demonstre interesse pela faixa etária de seu filho. Pedir-lhe para ajudá-lo a compreender jovens nessa idade talvez auxilie a estabelecer o alicerce para uma comunicação mais pessoal e profunda. Faça perguntas sinceras e deixe o seu filho explicar por que as coisas são como são, por que as pessoas da idade dele sentem, agem, ou se vestem de uma certa maneira, ou seja lá o que for. Se os seus adolescentes virem que você está perguntando porque tem um interesse sincero em compreendê-los, se sentirão honrados por serem reconhecidos como indivíduos e por poderem ajudá-los a compreender as situações. Muitas vezes, ao lhe explicar uma certa situação, eles mesmos passam a se compreender melhor. Evite expressar opiniões muito fortes nos momentos em que estiver estabelecendo vias de comunicação. Se sentir que deve dar a sua opinião, tente fazê-lo da forma mais imparcial possível, deixando claro que a porta ainda está aberta para discussão futura. Evite julgar ou estabelecer normas durante essas ocasiões. Concentre-se em tentar compreender o seu adolescente e estabeleça a comunicação. Veja o seu adolescente como uma “pessoa” Vê-lo se abrir, demonstrando fraquezas, tentando compreender e até lhe pedindo ajuda faz o seu adolescente se sentir mais maduro e que tem um lugar especial e importante na sua vida. Jovens se sentem bem quando vêem que são considerados “pessoas”, respeitados por sua visão e entendimento, alguém a quem pode pedir ajuda e conselho. Percebem que não os vê somente como filhos, mas, acima de tudo, como amigos. Demonstrar respeito por um jovem é muito importante para estabelecer o alicerce de comunicação. Quando os seus adolescentes sentem que você os respeita, sentem também que podem confiar em você nas situações mais difíceis ou pessoais que enfrentam. Conquiste a confiança deles sendo um bom confidente Os jovens julgam como você provavelmente reagirá a eles observando a sua reação com outras pessoas e em situações ou problemas similares. Como eles o virem reagir lhes diz se é seguro ou não mencionar-lhe uma certa coisa, o que podem fazer, ou pelo menos o que não podem deixar você descobrir que estão fazendo. Os jovens gostam de saber que o que lhe dizem é considerado confidencial, ou seja, você não vai sair espalhando por aí, principalmente para as pessoas que eles não querem que saibam ou com quem não têm a mesma intimidade. Se lhes confiarem um pouco de informação pessoal, esperam que você guarde segredo. É muito importante respeitar a confiança deles em você e não repetir, sem querer, o que lhe contaram a pessoas que não precisam saber ou se envolver. Talvez para você não pareça importante, mas os jovens não vêem assim. Quando não se envolver muito Quando os jovens compartilham uma dificuldade pela qual estão passando, os pais, às vezes, querem logo assumir o controle e resolver a situação. Entretanto, normalmente não é o que os jovens querem que você faça. Se vai se meter nos assuntos deles, precisa primeiro se aconselhar com eles. Diga-lhes o que está pensando e peça sua opinião e consentimento. Jovens geralmente têm opiniões bem definidas sobre que tipo de “ajuda” e envolvimento da sua parte são necessários, e querem manter a situação dentro de certos limites. Na maioria dos casos, tudo que eles estão procurando é alguém que os escute e apóie. O seu papel é apoiar, é ser alguém com quem eles possam falar e que os ajude a direcionar os seus passos. Eles não querem necessariamente que você se envolva ativamente como fazia quando eram crianças. O seu adolescente talvez hesite em compartilhar assuntos sérios com você por terem medo que você entre com a cavalaria inteira, o que será difícil para eles impedirem, ou que não terão controle sobre a situação uma vez que o deixem a par do que está acontecendo. Não querem que você entre com tudo e os envergonhe e os exclua do que eles acham que é a vida e o assunto deles. Seja uma força reconfortante em suas vidas Você pode expressar livremente aquilo que o deixa preocupado. O importante é o momento e a apresentação. Às vezes, quando está preocupado com algo, precisa perguntar de forma direta, mas não deve demonstrar desconfiança nem acusação. Há um momento para perguntar: “Você está usando drogas?” E uma hora para ser menos direto e dizer: “Rola muita droga por aí, e sei que vão oferecer a você. As drogas dominam e arruínam a vida de muitos jovens sem eles perceberem. Espero que você diga não, mas se acontecer algo sério, conte-me. Deixe-me ajudar.” Ninguém gosta de ficar sozinho quando está em apuros, principalmente um adolescente. Adolescentes não querem perder tudo o que adquiriram em termos de crescimento por receberem ajuda demais dos pais. Vocês, como pais, têm que ser gentis quando tentam ajudá-los. Ver que os respeitam inspira respeito e confiança. A partir daí, os jovens considerarão os pais uma força reconfortante em suas vidas — amigos estáveis e uma ajuda com a qual podem contar. Extraído de "Adolesciência" por Derek e Michelle Brookes. © Aurora Productions. Foto de photostock / freedigitalphotos.net
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Quando conheci e me apaixonei pela jovem viúva que hoje é minha noiva, achei que era o homem mais abençoado do mundo! Além de encontrar a mulher dos meus sonhos, eu estava ganhando, de quebra, três crianças maravilhosas —uma família já pronta. Hoje penso que deveria ter sido mais realista, porque conquistar o amor e o respeito das crianças não tem sido uma tarefa tão fácil como imaginei. Vocês têm algum conselho para este pai desorientado?
Amigo, você não é o único. A estrada do novo casamento para alguém com filhos nem sempre é suave. É preciso tempo e muito amor para se tornar uma família unida. É comum que as crianças mais velhas, em especial, resistam ao novo marido ou esposa, pois acham que ninguém jamais poderia substituir seu pai ou mãe com quem não estão vivendo. As mais novas costumam não gostar da idéia de dividir a atenção e o afeto que antes eram só delas com a pessoa recém-chegada. Muitos padrastos e madrastas cometem o erro de acharem que é uma questão pessoal e, por isso, cedem à frustração, ao desânimo e recuam. Lute para superar esse tipo de sentimento. Muito depende da idade e da maturidade das crianças, mas incluímos aqui algumas coisas que funcionaram bem com outras pessoas: Comunique-se. A comunicação sincera e franca é o primeiro passo. Se apenas uma ou duas crianças não estiverem felizes com a nova união, é provável que o melhor seja discutir os problemas e possíveis soluções com elas individualmente. É um bom momento para seguir o conselho bíblico que ensina que todo homem deve ser “pronto para ouvir, tardio para falar” (Tiago 1:19). Então, depois de a criança conseguir traduzir em palavras seus sentimentos e se estabelecer um ambiente de confiança, pode ser interessante promover uma reunião de família informal durante um lanche ou uma refeição especial, quando cada um poderá explicar como se sente em relação à nova família e que mudanças e melhoras gostaria de ver. Dedique tempo. Esse é o melhor investimento que poderá fazer na sua nova família e um dos melhores pontos de partida é pôr em prática as sugestões de “mudanças e melhorias” oferecidas, se forem razoáveis e viáveis. Ore. As crianças precisam de tempo para se ajustarem e superarem algumas atitudes negativas. Peça ao Senhor para compreensão e amor profundo e genuíno uns pelos outros. Peça também que os ajude a efetuar quaisquer mudanças que sejam necessárias à felicidade e bem-estar dos outros. Tomada da revista Contato. Usado com permissão. Haverá momentos no seu dia-a-dia de pai ou mãe que você se sentirá dominado pelas circunstâncias. Depois de um dia no trabalho especialmente extenuante, você vem para casa e descobre que sua filha de oito anos não quer fazer o dever de casa, que seu adolescente está ouvindo música a um volume de sacudir a casa, que o caçula não chegou em tempo ao penico... e, ao olhar para o relógio, lembra que seus convidados para o jantar estão para chegar a qualquer momento! A sensação é de haver chegado ao limite.
Você não está só nessa, não só porque todos os pais têm dias assim, mas porque, olhando de forma mais ampla, Jesus está bem ao seu lado. Ele entende e lhe oferece coragem e soluções. Se tiver a oportunidade, conversar com alguém —seu marido ou mulher, ou com um amigo— poderá ajudar você a ver as coisas por outra perspectiva e tranqüilizá-lo. O que quer que faça, não ceda a sentimentos de frustração e desânimo. Ore e peça a Jesus para lhe dar poder e graça para lidar com a situação, e Ele o fará. Peça-Lhe para ajudá-lo a ver seus filhos como Ele os vê, para entender no que se tornarão. Ele lhe mostrará uma perspectiva otimista da situação e lhe dará esperança. Porque é comum as crianças refletirem o comportamento dos pais, é muito fácil o adulto desanimar e sentir haver falhado quando um ou mais dos seus filhos não estiver se saindo bem em algum aspecto. Mas lembre-se que eles são “obra em andamento”, tal como você. Deus apenas espera que você procure fazer o melhor ao seu alcance, ame seus filhos e deixe o restante com Ele. Isso não significa que deva se desesperar, “entregar para Deus” e desistir quando a situação ficar difícil. Ele provavelmente quer que você tome parte da solução que Ele oferece. Você precisa descobrir o que Ele quer que você faça, e pôr mãos à obra. Aí, sim, poderá deixar o resto em Seus cuidados e deixá-lO fazer o que você não consegue fazer. Crescer Juntos A maior descoberta que podemos fazer é que é possível manter um relacionamento pessoal com nosso Pai celeste por meio de Seu Filho, Jesus, porque essa conexão nos coloca em contato com tudo o que é bom para nós. Uma relação assim não apenas é possível, mas está a uma curta oração de distância, tal como esta: “Jesus, preciso de Você. Por favor, entre em meu coração e minha vida. Perdoe-me pelos meus pecados e seja meu Salvador, companheiro constante, conselheiro e apoio infalível. Amém.” Para os pais, a única coisa mais maravilhosa do que eles mesmos desfrutarem um relação com Deus é saber que o mesmo está disponível para seus filhos: “A promessa diz respeito a vós e a vossos filhos” (Atos 2:39). As famílias que partilham dessa conexão com Deus, o qual a Bíblia diz ser o próprio amor (1 João 4:8), são mais unidas, mais amorosas e enfrentam menos problemas sérios de relacionamento que as demais. Por quê? Seus membros têm em comum as coisas mais importantes, além de um padrão claro de certo e errado, que é a orientação espiritual e o apoio para tomarem decisões e perseverarem nelas. Quando surgem problemas ou desentendimentos, as verdadeiras soluções e a ajuda do Céu estão apenas a uma oração de distância. Se você ainda não conhece Jesus e quer uma vida melhor para sua família, conecte-Se a Ele e passem a crescer juntos. Extraído da revista Contato. Usado com permissão. Os pais que estão atentos ao progresso dos filhos em cada estágio de seu desenvolvimento, o que é o caso de quase todos, precisam entender a importância da autoimagem da criança na sua formação. As que cultivam sentimentos positivos em relação a si mesmas e que acreditam que podem vencer têm maiores chances de sucesso.
As crianças formam suas primeiras opiniões sobre si próprias e suas habilidades no contexto de seus lares. Todos os dias, os pais podem encontrar oportunidades para desenvolver a autoconfiança dos filhos, o que contribuirá para que estes cresçam e se tornem adultos bem ajustados e equilibrados. Solução de Problemas Os pais muitas vezes ficam admirados quando descobrem que seus filhos são muito capazes e aptos para, com um pouco de ajuda, resolver seus próprios problemas. Todas as crianças vão se deparar com desafios, pois é parte do crescimento. Quando escolhem os enfrentar, aprendem a superar dificuldades, o que é uma habilidade essencial ao sucesso na vida. Ajudar os filhos a se tornarem capazes de resolver seus próprios problemas requer tempo e paciência, mas é um investimento sábio que renderá grandes dividendos, quando as crianças crescerem e se depararem com situações mais complexas e com consequências mais graves. Os pais tendem a querer dar um jeito nas coisas ou oferecer uma solução rápida. Isso talvez alcance a necessidade imediata, mas prejudicará o processo de aprendizagem. Equivale ao provérbio que diz que quando damos um peixe a um homem, o alimentamos por um dia, mas quando lhe ensinamos a pescar, o alimentamos pelo resto da vida. Ensinar a resolver problemas é mais importante e benéfico no longo prazo que dar as soluções. Ajudar a criança a encontrar a solução mostra que você tem fé nela, o que aumenta sua confiança e autoestima. Questões de Insegurança Por mais que os pais amem os filhos e tentem estar atentos às suas necessidades, surgirão situações que os deixarão inseguros. Nessas horas, muitas vezes, as crianças reagem comportando-se mal. É necessário corrigir o mau comportamento, mas a menos que o pai ou a mãe entenda o que o causou, a correção pode atrapalhar mais do que ajudar. A ação indesejada por parte da criança foi resultado de alguma experimentação infantil — uma má ideia que lhe pareceu boa e divertida no momento? Ou foi consequência de insegurança — uma tentativa de ser aceito, impressionar ou conquistar amigos depois de se mudar para um novo bairro ou mudar de escola, por exemplo? O comportamento ruim é nada mais que um sintoma, de forma que a mera aplicação de um castigo equivale a podar a parte superior de uma erva daninha: a planta em pouco tempo se recuperará. Os pais devem identificar a raiz do problema, a causa oculta, e atuar nela. Conforme a idade e o nível de maturidade da criança, tente ajudá-la a chegar às suas próprias conclusões com uma abordagem que busque a solução do problema. Pode não parecer fácil nos momentos em que as emoções estejam fortes, mas lembre-se que a meta é corrigir o problema, não punir seu filho. Ao deixar clara a diferença entre o mau comportamento e a criança e envolvê-la no processo de transformar a situação problemática em uma de aprendizado, é possível fortalecer em vez de minar a autoestima da criança, mesmo sob condições potencialmente muito negativas. Nem todas as crianças se portam mal quando se sentem inseguras, algumas se tornam introvertidas ou perdem em desempenho. Mas seja como for que a insegurança se manifeste, o primeiro passo para corrigir o problema é reconhecê-lo. O segundo é atuar na causa da insegurança, por um ângulo positivo. Extraído da revista Contato. Usado com permissão. |
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