A infáncia é apenas uma fase da vida, e é exatamente nessa fase que se firmam as características da personalidade da pessoa. Podemos optar por dar a nossos filhos oportunidades de descobrirem seus talentos e adquirirem hábitos físicos, mentais e espirituais saudáveis que durarão o resto da vida, ou deixar passar esses momentos valiosos porque estamos ocupados demais, justamente por não sabermos discernir as prioridades, ou por dedicarmos tempo demais a tipos de entretenimento que não incluem interação.
*** As crianças precisam de atividade, de outros meios para se desenvolverem além do que absorvem em vídeos. Infelizmente, essas outras atividades estão ficando cada vez mais raras hoje em dia. Elas precisam ter um equilíbrio, mesmo que seja reduzindo o tempo que passam cada dia ou cada semana assistindo a vídeos ou no computador. Embora, em muitos sentidos, a sociedade em geral siga nessa direção, vão ter que se lembrar que o que incutem numa criança pequena vai durar o resto da vida. *** Quando pensamos em criança em idade pré-escolar, pensamos em soneca, caixa de areia, aprender a contar. Hoje em dia, parte do aprendizado desses pequeninos inclui também “digitação” e mexer no mouse. Mas, segundo os críticos, deixar as crianças terem contato com computador cedo demais pode interromper importantes aptidões mentais, como, por exemplo, ouvir, prestar atenção, e se concentrar. Um educador acredita que o uso do computador pode alterar o desenvolvimento do cérebro da criança. “O uso do computador não exercita o cérebro e o corpo concomitantemente como ocorre nas brincadeiras normais da infáncia”, afirma Jane Healy, psicóloga educacional e autora de livros. Para as crianças, aprender a pegar bola, jogar e escalar é mais importante do que usar um mouse, ela diz. É mais importante a criança aprender a se expressar e brincar de maneira criativa. Por exemplo, fazer um boneco com um pregador de roupa vai incentivar muito mais a criatividade do que escolher a cor do cabelo de uma boneca no monitor e clicar, disse a profissional. “As crianças deveriam ter um desejo ardente de aprender, não ficarem esperando a cena no monitor mudar. Elas precisam pensar, não usarem ícones predeterminados.” disse Healy O desenvolvimento de aptidões sociais também é crítico na idade pré-escolar, afirma a psicóloga. Se a criança fica “colada na tela”, vai passar menos tempo aprendendo a se relacionar bem com as pessoas, a falar e se expressar. (Baseado no artigo de Katie Dean na revista Wired.)
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