Mário Sant’Ana O nascimento dos meus dois primeiros netos confirmou para mim uma verdade que eu conhecia fazia muitos anos: os filhos fazem aflorar as melhores virtudes nos seus pais. Tornar-se pai ou mãe tem um impacto emocional e psicológico imediato, pois os laços de amor que se formam ao se ver a criança pela primeira vez se fortalecem com o passar dos dias e com os ajustes ao sono fragmentado e às modificações na rotina e prioridades. Mas há também mudanças mais sutis, via de regra percebidas primeiramente pelos outros, tais como a surgimento de um brilho especial que Deus reserva para os semblantes daqueles que têm o primeiro filho e a maturidade que resulta das respostas deles às adversidades e dos sacrifícios que passam a fazer para atender às necessidades do bebê. Houve um tempo em que eu pensava que chegar em casa com um filho recém-nascido era o meu maior orgulho, mas hoje penso diferente. Desde que fui promovido a avô, a alegria de ser pai ficou relegada ao segundo lugar, porque cada neto me deixa duplamente orgulhoso, tanto da criança que acabou de nascer quanto dos seus pais, uma sensação que já vivenciei doze vezes. E agora que você descobriu que sou avô de carteirinha, talvez queira saber se tenho algum conselho para os jovens pais. Tenho. Além dos três de praxe (amem seus filhos incondicionalmente, digam-lhes sempre que os amam e dêem prioridade máxima a passar tempo de qualidade com eles), acho que uma das melhores coisas que os pais podem fazer é deixar que seus filhos sejam eles mesmos. Se você for como a maioria dos pais e mães, seu desejo é que seus filhos se destaquem. É bom tentar ajudá-los a atingir seu potencial máximo, mas muitas vezes é tênue a linha que separa esse desejo natural e saudável de esperar demais das crianças ou de si próprio. Nem você nem seus filhos jamais serão perfeitos, então aprenda a celebrar os sucessos e não se preocupar com o resto. Procure o amor e a confiança, em vez da perfeição e formará elos eternos que manterão sua família unida, aconteça o que acontecer. Desfrute ser pai ou mãe! E se você for, como eu, duplamente abençoado, desfrute ser avô ou avó! Cortesia da revista Contato Usado com permissão.
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