Meu marido e eu oramos diariamente pela segurança de nossas filhas e tenho certeza que é o que as tem protegido de sofrerem mais acidentes. Num certo sentido eu as considerava exceções, claro que não às regras! Mas elas normalmente não fariam aquelas tolices típicas de crianças que causam acidentes e problemas como, por exemplo, colocar coisas na boca. Eu deveria ter percebido o sinal de alerta quando Lauren, aos dois anos e meio, pegou uma moeda do chão e, toda faceira, a colocou na boca. Felizmente, eu estava por perto, tirei a moeda de sua boca e lhe dei a bronca apropriada, com uma explicação completa das possíveis e “terríveis conseqüências”. Mas nada poderia ter-me preparado para o que aconteceu naquela noite. Meu marido e eu nos preparávamos para sair. As meninas estavam no quarto com a luz tênue, remexendo-se na cama como sempre. Será que elas estariam dormindo quando a babá chegasse? Provavelmente não. De repente, Kimberly gritou: “Mãe! Mãe! A Lauren está engasgando!” Agarrei a Lauren e perguntei a Kimberly o que havia acontecido. “A Lauren engoliu uma moeda!” — foi a resposta. Naquela hora, me deu um branco. Eu já tinha lido e relido umas cinco ou seis vezes um artigo sobre como ajudar uma criança numa situação assim, mas não me lembrava de nada. Levei-a para o corredor onde havia luz e gritei por ajuda. Graças a Deus o pior não aconteceu! Lauren começou a tossir. Lembrei que nessas situações, se a criança consegue tossir, pode expulsar o que a estiver sufocando. Em instantes, ela cuspiu a moeda no chão. Eu não parava de chorar nem de agradecer ao Senhor pela Sua misericórdia! Muito tempo depois que as duas estavam deitadas, ainda soluçando e abraçadas, numa terna demonstração de amor fraternal, comecei a pensar nas possibilidades sinistras, uma atrás da outra. Uma criança sufocada não consegue gritar, o quarto estava escuro, eu estava me arrumando para sair, meu marido estava lá em baixo... E se a Kimberly não tivesse percebido a irmã engasgada? Talvez eu não percebesse o acidente a tempo. E se ela tivesse engasgado com a outra moeda, bem menor, que encontrei na cama quando a coloquei de novo para dormir? Uma moeda de diâmetro inferior poderia facilmente ter se alojado na garganta. Será que eu a teria tirado em tempo? E se nós já tivéssemos saído e a babá não tivesse ouvido Kimberly pedindo socorro? Hoje sou uma mãe mais sensata e prudente. Aprendi a não supor que minhas filhas jamais fariam algo tolo ou infantil que as colocasse em perigo. Valorizo ainda mais o amor e a misericórdia de Deus, e a maneira terna e amorosa como cuida de nós, e, principalmente, por atender nossas orações diárias pela segurança dos nossos filhos. Poder contar com Jesus e com a oração faz toda a diferença, especialmente diante de um imprevisto, quando nos vemos de mãos atadas! Escrito por Jasmine St. Clair e publicado originalmente na revista Contato. Usado com permissão.
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