Jane Lampman, The Christian Science Monitor O pequeno Davi e seus pais estavam passando por uma época dificílima. Num exame ele fora diagnosticado como hiperativo e também era considerado insolente na escola e em casa. Aquele menininho sardento e ruivo, de sete anos, não conseguia controlar sua ira. Numa semana mais tumultuada a situação chegou a tal ponto que ele passou o fim de semana internado. Seis meses depois, Davi estava muito mais feliz: encontrara uma nova maneira de controlar os seus sentimentos, ele não precisava mais tomar Ritalin nem Prozac, e o relacionamento entre os pais melhorara. Começou a sair-se bem nos estudos. Tanto ele como os pais encontraram uma “terceira maneira” de lidar com a ira. Em vez de negarem-na ou darem vazão a ela, aprenderam a perdoar. E essa saída que encontraram é algo que tem sido muito explorado no mundo inteiro hoje. “O perdão tem um poder extraordinário de cura na vida dos que o utilizam”, afirma Richard Fitzgibbons, o psiquiatra na Filadélfia, EUA, que trabalhou com Davi e que é um dos pioneiros no campo de saúde mental, na utilização do perdão para a cura. O perdão é um assunto em voga em muitos campos atualmente, desde as pesquisas acadêmicas a aconselhamento conjugal e familiar à política e vida dentro da comunidade. “…O perdão está sendo redescoberto como uma capacidade humana com poder para superar a hostilidade”, afirma Lewis Smedes, mestre emérito de teologia e ética no Seminário Teológico Fuller em Pasadena, na Califórnia, EUA, em seu livroDimensions of Forgiveness (As Dimensões do Perdão), 1998). “O perdão é mais do que um valor moral imperativo ou um ditame teológico. Considerando-se nossa condição humana imperfeita, é o único meio de superar-se o ódio, o sentimento de condenação e poder continuar-se evoluindo e amando”, diz Paul Coleman, psicólogo em Wappinger Falls, Nova Iorque. O perdão tem um elemento espiritual, afirma o Dr. Coleman, uma graça divina, por assim dizer, e nesta última década a espiritualidade tornou-se um pouco mais aceita no campo da saúde mental. O Dr. Worthington, autor do livro To Forgive Is Human, (Perdoar é Humano) diz que o ingrediente chave é a empatia. “O grau de empatia da pessoa está diretamente relacionado com o grau de perdão”. Vendo-se o que tem acontecido no mundo, acrescenta ele, o perdão tem o potencial para ser uma influência descomunal no século XXI. Segundo, em breve também as pesquisas revelarão que é muito bom para a saúde não só perdoar um acontecimento ou uma pessoa, mas também ter um caráter perdoador. Perdão - histórias e vídeos grátis para crianças
Image courtesy of David Castillo Dominici/FreeDigitalPhotos.net
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