Horace Edwards
Existe no bairro do Brooklyn, em Nova Iorque, uma escola para crianças com dificuldade de aprendizagem, chamada Shush. Certas crianças passam toda a sua vida escolar ali, já outras são direcionadas a escolas convencionais. Durante um jantar beneficente para essa escola, um dos pais fez um discurso que se tornou indelével na memória dos presentes. Após elogiar a escola e sua dedicada equipe, ele clamou: “Onde está a perfeição no meu filho, Shaya? Tudo que Deus faz é perfeito, mas meu filho não consegue raciocinar como outras crianças. Ele não computa as informações como as outras crianças. Onde está a perfeição divina?” A platéia, chocada pela pergunta, solidária à angústia daquele pai e calada pensando na pungente indagação, ouviu então: — Eu acredito que quando Deus coloca uma criança como esta no mundo, a perfeição que Ele procura se encontra na reação das pessoas a este ser humano. Relatou então a seguinte história sobre o seu filho: “Uma tarde Shaya e o pai passaram por um parque onde alguns conhecidos da criança jogavam beisebol, e ele perguntou ao pai se achava que o deixariam participar. Apesar de saber que faltava ao filho a coordenação para esportes e que a maioria dos meninos não ia querê-lo no seu time, o pai também sabia que se o escolhessem o menino teria a satisfação de se sentir incluído. Aproximou-se então de um dos rapazinhos no campo e perguntou se Shaya podia jogar. Olhando ao redor procurando aprovação dos outros no time e não recebendo nenhuma, ele decidiu por conta própria: “Estamos perdendo por seis pontos e o jogo já está no oitavo turno. Ele pode entrar no nosso time e vamos colocá-lo para bater no nono turno. O pai não se continha de alegria e Shaya, abrindo um largo sorriso, vestiu a luva e foi para a parte central do campo. No final do oitavo turno o time de Shaya fez alguns pontos, mas mesmo assim ainda estava perdendo por três. No final do nono turno fez mais pontos, e agora, com dois outs, e as bases cheios de corredores que poderiam garantir os pontos da vitória, Shaya foi colocado para jogar na frente. Será que a esta altura dos acontecimentos o pessoal ia mesmo deixar o Shaya rebater e abrir mão da oportunidade de ganharem o jogo? Por incrível que pareça, o deixaram. Todos sabiam que era impossível, porque Shaya nem sabia segurar o taco direito, muito menos usá-lo para acertar na bola. No entanto, quando ele foi para o bloco do rebatedor, o arremessador se aproximou um pouco mais da base principal e jogou a bola bem de leve para Shaya conseguir pelo menos encostar o taco nela. Veio o primeiro arremesso. O garoto girou o taco desengonçadamente e errou. Um outro garoto do time foi então ajudá-lo a segurar o taco e encarou o arremessador, prontos para a próxima bola. O arremessador deu mais uns passos à frente e jogou a bola de leve para Shaya que então, com a ajuda do companheiro, bateu na bola que foi rente ao chão em direção ao arremessador, que a pegou e poderia facilmente tê-la jogado para a primeira base, eliminando Shaya e encerrando o jogo. Em vez disso, ele pegou a bola e a jogou bem alto para o lado oposto, formando um semicírculo e colocando-a fora do alcance da primeira base. Todos começaram então a gritar: — Shaya, corra para a primeira base! Corra! Ele nunca tivera a oportunidade de fazer isso e correu feito um doido, com os olhos arregalados e estupefato. Ao chegar à primeira base, o jogador do campo da direita já tinha pego a bola, e Shaya continuou correndo. Ele poderia ter passado a bola para a segunda base, que teria então eliminado Shaya mas, percebendo a intenção do colega de equipe, jogou a bola bem alto e fora do alcance do jogador na terceira base, enquanto todos gritavam: — Corra para a segunda base, corra! E lá foi Shaya correndo, enquanto os jogadores que iam adiante dele desconcertados foram fazendo o circuito em direção à base. Chegando à segunda base, o outro companheiro correu até ele, o virou na direção da terceira base e gritou: — Corra para terceira! Enquanto corria, os rapazinhos dos dois times iam atrás dele berrando: — Vá para a base principal, Shaya! E ele conseguiu! Quando pisou na base principal, os 18 meninos o levantaram e ovacionaram como a um herói. Shaya acabara de fazer um home run extraordinário e ajudara o time a ganhar. Naquele dia —, disse o pai ternamente com o rosto cheio de lágrimas — aqueles 18 meninos atingiram a perfeição divina.
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Abbie Blair foi assistente social nos anos 60. Em certa ocasião trabalhou num caso de adoção do qual nunca, jamais se esquecerâ. Deixemos a prôpria Abbie contar a histôria.
Lembro-me da primeira vez que vi Freddie. Sua mãe temporâria o levara à agência de adoção onde trabalho para que eu o conhecesse e ajudasse a encontrar pais adotivos para ele. Ele estava de pé no cercadinho e me deu um lindo sorriso mostrando os dentinhos. Que neném mais lindo, pensei. Sua mãe temporâria o pegou no colo. — Você acha que pode encontrar pais adotivos para o Freddie? Foi então que percebi — Freddie havia nascido sem braços. — Ele é muito esperto. Sô tem dez meses e jâ anda e fala. — Ela o beijou. “Diz ‘âgua’ para a tia Abbie”. Freddie sorriu para mim e escondeu a cabeça nos ombros de sua mãe. “Ai, Freddie, não faça isso.” Ela lhe disse e me explicou que ele era muito dado, um menininho muito bonzinho — um amor! Freddie me lembrava o meu filho quando tinha aquela idade — com os mesmos cachos escuros e olhos castanhos. — A senhora não vai se esquecer dele, né? Vai fazer todo o possível? — Não vou me esquecer. Subi e peguei a minha lista mais recente de crianças com dificuldade de adoção. “Freddie tem dez meses, é caucasiano, descendente de ingleses e franceses protestantes. Tem olhos castanhos, cabelo castanho escuro e pele bem clara. Nasceu sem braços, mas fora isso goza de boa saúde. Sua mãe temporâria acha que ele demonstra sinais de uma inteligência superior, e com aquela idade jâ anda e diz algumas palavras. Freddie é uma criança amorosa e afetuosa, entregue por sua mãe biolôgica e pronto para adoção.” Ele estâ pronto, pensei. Mas quem estarâ pronto para ele? Era dez em ponto de uma linda manhã de verão, e a agência estava cheia de casais — casais fazendo entrevistas, outros conhecendo os bebês — famílias se formando ali. Esses casais quase sempre tinham o mesmo sonho: queriam uma criança o mais parecido consigo, o mais jovem possível e, o mais importante, sem problemas de saúde. “Se ele desenvolver um problema depois de o adotarmos,” diziam, “serâ um risco que teremos que correr, como acontece com quaisquer outros pais. Mas pegar um neném que jâ tem um problema, aí é demais”. E quem somos nôs para julgar essa atitude? Eu não era a única procurando pais para Freddie. Todas as assistentes que entrevistavam um novo casal começavam com a esperança de que talvez aqueles poderiam ser os pais para ele. Mas o verão passou e veio o outono, e Freddie ainda estava conosco quando completou um ano de vida. — Freddie tâ um meninãããoo — disse Freddie, rindo. — Meninããoo. Foi então que os encontrei. Tudo começou como de costume; um registro impessoal na minha caixa, um novo caso, um novo “Estudo de Lar”, duas pessoas que queriam um filho. Eles se chamavam Frances e Edwin Pearson. Ela tinha 41 anos e ele 45. Ela era dona de casa, e ele motorista de caminhão. Fui visitâ-los. Moravam numa casinha branca de madeira com um quintal enorme e ensolarado cheio de ârvores antigas. Eles me receberam juntos à porta, ansiosos e mortos de medo. A Sra. Pearson trouxe um café fresquinho e biscoitos ainda quentes. Acomodaram-me no sofâ, e sentaram-se juntos de mãos dadas para me ouvir. Depois de um instante a Sra. Pearson começou: — Hoje é nosso aniversârio de casamento. Dezoito anos. — Bons anos. — Disse o Sr. Pearson olhando para a esposa. Fora… — É —, explicou ela. Fora… Fica sempre faltando alguma coisa. E, olhando ao seu redor para a sala que estava um brinco, comentou: — É tudo arrumadinho demais. Entende? Pensei na minha sala de estar com os meus três filhos, agora adolescentes. — Entendo com certeza. — Serâ que somos velhos demais? Sorri e lhes garanti que não achava que fossem. — Nem nôs nos consideramos velhos. Sempre pensamos que ‘é este mês, e então, mês que vem’. — Explicou a esposa. Jâ fizemos exames, tratamentos, todo tipo de coisas, vezes sem conta. Mas nunca acontece nada. Sô continuamos na esperança e o tempo vai passando. — Jâ tentamos adotar. Uma agência nos disse que nosso apartamento era muito pequeno, então adquirimos esta casa. Depois outra agência nos disse que o meu salârio não era adequado. Então desistimos, mas um amigo nos falou de você, e decidimos tentar uma última vez. — Fico feliz por essa tentativa. A Sra. Pearson então olhou para o marido com orgulho. — Serâ que podemos escolher? — perguntou. — Um menino para o meu marido? — Vamos tentar encontrar um menino para vocês. Que tipo de menino vocês têm em mente? O Sr. Pearson riu. — Quantos tipos existem? Basta ser um menino. O meu marido é um atleta nato. Jogou futebol americano na escola, e basquete também, e fazia atletismo. Ele seria um bom pai para um menino. O Sr. Pearson olhou para mim. — Sei que não pode nos dizer exatamente, mas a senhora poderia nos dar uma idéia de quando conseguiríamos um menino? Temos esperado por tanto tempo! Hesitei. Sempre ouvimos essa pergunta. — Talvez no verão que vêm? — Perguntou a Sra. Pearson. Poderíamos levâ-lo à praia. — Tanto tempo assim? – indagou o marido. A senhora não tem nenhuma criança? Deve haver um menino em algum lugar. — É claro — fez uma pausa — que não podemos dar-lhe tanto como outras pessoas. Não temos muito dinheiro na poupança. — Mas temos muito amor — completou a esposa. Temos muito amor guardado. — Olha — eu disse com muito tato — tenho um menino de 13 meses. — Ah, que idade mais adorâvel. — Comentou a Sra. Pearson. Informando-os de que tinha uma foto dele, tirei-a da bolsa e dei-lhes a foto de Freddie. — É um menininho maravilhoso — eu disse. Mas nasceu sem braços. Eles estudaram a foto em silêncio. Ele olhou para ela e pediu sua opinião. — Futebol! Você pode ensinar-lhe a jogar futebol. — Esporte não é a coisa mais importante. — Declarou o marido. Ele pode aprender a usar a cabeça. Ele pode se virar sem os braços, mas não sem inteligência. Pode fazer faculdade. Vamos juntar dinheiro para isso. — Um menino é um menino. — Insistiu a esposa. Ele vai precisar brincar. Você pode lhe ensinar. — Vou ensinar-lhe. Braços não é tudo na vida. Talvez possamos lhe conseguir algum tipo de braço. Eles se esqueceram totalmente de mim. Talvez o Sr. Pearson tivesse razão, pensei. Talvez Freddie pudesse vir a usar uma prôtese, jâ que tinha tocos no lugar onde deveriam estar os braços. — Gostariam de conhecê-lo pessoalmente? Eles tiraram então os olhos da foto. — Quando ele pode vir para câ? — Vocês têm interesse nele? Olhando para mim a Sra. Pearson declarou que não sô tinham “interesse”, e o marido afirmou que eles queriam o menininho. A Sra. Pearson voltou a olhar a foto. — Você tem esperado por nôs, não tem? — Ele se chama Freddie — expliquei. Mas podem lhe dar outro nome. — Não. — Disse o Sr. Pearson. Frederick Pearson é um nome bonito. E assim foi. Teve toda a parte burocrâtica, claro, e quando chegamos a marcar o dia da adoção, jâ se viam luzes de Natal por toda a cidade e guirlandas por todos os cantos. Encontrei o casal na sala de espera, ambos com um pouco de neve na roupa. — Seu filho jâ estâ aqui — anunciei. Vamos subir e eu o trarei até vocês. — Estou nervosa — explicou a futura mãe. E se ele não gostar da gente? Coloquei minha mão em seu braço e reiterei que ia pegâ-lo. A mãe temporâria de Freddie o havia vestido numa roupa branca nova com um bordadinho de azevinhos e cerejas vermelhas na gola. Seu cabelo brilhava — um monte de cachinhos escuros. — Vou pra casa. — disse Freddie para mim, sorrindo, quando sua mãe temporâria o colocou em meus braços mencionando que lhe explicara que ele ia para o seu novo lar. — Eu lhe disse isso. Disse que ia para sua nova casa”. Ela o beijou com os olhos cheios de lâgrimas. — Adeus, querido. Seja um bom menino. “Bom menino”, disse Freddie todo feliz. “Vou pra casa”. Eu o levei até a salinha onde o casal o esperava, o coloquei de pé e abri a porta. — Feliz Natal! — eu disse. Freddie ficou ali de pé um tanto incerto, se balançando um pouco, olhando atentamente para aquelas duas pessoas à sua frente. Eles tomaram um tempo observando. O Sr. Pearson se ajoelhou e disse: — Freddie vem câ. Venha com o papai. Freddie olhou para trâs, para mim, por um instante. Depois foi andando lentamente em direção ao casal. Eles estenderam os braços e o abraçaram. Todos queremos ser amados, ter o nosso cantinho, ser recebidos de braços abertos. Uma das grande dificuldade, claro, é que muito depende do quanto nos fazemos desejar. Se tivermos boa aparência, fizermos o que se espera de nôs, se satisfizermos as expectativas dos outros, se, se, se, então talvez nos amem. Mas existe um amor ímpar, o tipo de amor que nos ama como somos e que nos diz que não temos que ser bonitos. Não temos que dizer as coisas certas. Não temos que freqüentar os lugares certos. Não precisamos ter um monte de dinheiro nem influência. Pelo contrârio, podemos ser amados pelo que somos. Original article by Abbie Blair courtesy of Readers Digest Image courtesy of David Castillo Dominici at FreeDigitalPhotos.net Para criar filhos como Deus quer, ame-os, compreenda-os, instrua-os e ensine-lhes disciplina11/14/2012 Os filhos devem respeitar os pais.
Peça ajuda e orientação a Deus para criar seus filhos.
Trate as crianças com ternura e amor.
A paciência, a compaixão e o diálogo são muito eficazes.
Os pais têm a responsabilidade de ensinar e dar um bom exemplo aos filhos.
Os pais têm a responsabilidade de corrigir os filhos quando necessário.
A educação segundo os ensinamentos de Deus guiará seus filhos por toda a vida.
Baseado em um artigo na revista Contato. Foto cortesia de photostock/freedigitalimages.net Trecho do livro “O Professor Washington”, de Les Brown
Numa certa ocasião, quando cursava o segundo ano do segundo grau, entrei numa sala de aula para esperar um amigo. Quando cheguei lá, o professor, Sr. Washington, apareceu de repente e me pediu para escrever uma coisa no quadro, para resolver um problema. Eu lhe disse que não podia, e ele me perguntou por quê não. Expliquei-lhe então que eu não era aluno dele. Ele disse: —Não importa. Vá até o quadro assim mesmo. Mais uma vez disse que não podia, e ele inquiriu o motivo. Parei um pouco e respondi, um tanto constrangido: — Porque eu tenho um problema de retardamento mental. Ele afastou-se de sua mesa, olhou bem para mim e disse: — Nunca mais diga isso. A opinião das pessoas não tem que se tornar a sua realidade. Para mim aquilo foi uma liberação. Por um lado eu me sentia humilhado, porque os outros alunos riam de mim. Eles sabiam que eu estudava no curso para alunos com dificuldades de aprendizagem. Mas por outro senti-me liberto, porque ele começou a me mostrar que eu não precisava viver dentro do conceito que uma outra pessoa tinha de mim. Assim foi que o professor Washington tornou-se o meu mentor. Antes desta experiência, eu já fora reprovado duas vezes. Desde a quinta série fui considerado um retardado mental com possibilidade de receber educação escolar. Voltei à quarta série. Depois fui reprovado novamente na oitava série, de modo que o professor Washington, naquele momento, dera uma guinada na minha vida. Sempre digo que ele trabalha dentro da mentalidade de Goethe, que disse: “Olhe para uma pessoa do jeito que ela é e ela só piorará. Mas olhe para ela como se ela fosse o que poderia ser, e ela agirá no seu potencial máximo.” O professor Washington acreditava que “com pouca expectativa, ninguém cresce”. Ele sempre fazia os alunos sentirem que ele esperava muito deles, e nós nos esforçávamos — todos os alunos se esforçavam, para vivermos à altura de sua expectativa. Um dia, quando eu ainda estava na oitava série, ouvi um discurso que ele fez para a turma que estava concluindo o segundo grau. Ele disse: “Vocês possuem grandeza. Vocês possuem algo especial. Se apenas um de vocês conseguir ter uma visão maior de si mesmo, de quem realmente é, do que pode acrescentar ao planeta, uma visão do seu grau de importáncia, então, dentro do contexto histórico, o mundo nunca mais será o mesmo. Vocês podem ser motivo de orgulho para os seus pais e para a sua comunidade. Podem influenciar a vida de milhões de pessoas.” Ele estava falando para os jovens mais velhos, mas parecia que estava falando para mim. Lembro-me que naquele dia todos o aplaudiram de pé. Depois fui até o estacionamento e perguntei-lhe se ele se lembrava de mim, e expliquei-lhe que estava no auditório quando ele fez o discurso para os alunos do terceiro ano. Ele então quis saber o que eu estava fazendo lá, já que ainda estava na oitava série. Respondi-lhe que sabia disso, mas que “aquele discurso que o senhor fez… eu ouvi a sua voz no corredor. E aquele discurso, professor, foi para mim. O senhor disse que eles possuíam algo especial. Eu estava naquele auditório. O senhor acha que eu possuo algo especial?” Ele respondeu: — Com certeza, Sr. Brown. — Mas como o senhor explica o fato de eu ter sido reprovado em Inglês, Matemática e História e agora ainda ter que fazer recuperação nas férias? O que o senhor me diz disso? Eu sou lerdo em comparação aos outros jovens. Não sou tão inteligente como o meu irmão ou a minha irmã, que vão estudar na Universidade de Miami. — Isso não faz diferença nenhuma, disse ele. — Significa apenas que você vai ter que se esforçar mais. As suas notas não determinam quem você é ou o que pode realizar na vida. —Eu quero ter uma casa própria. —É possível, Sr. Brown. O senhor tem condições. — E dizendo isto virou-se e seguiu seu caminho. —Professor Washington! — Pois não? — Sabe, eu vou ser assim. Lembre-se de mim, não esqueça o meu nome, porque um dia vou ser famoso. O senhor vai sentir orgulho de mim. Vai mesmo, professor. Eu tinha muita dificuldade em aprender. Passava de ano porque me comportava bem. Eu era simpático e legal. Fazia as pessoas rirem. Eu era educado e respeitava os outros, então os professores me deixavam passar de ano, mas isso não me ajudava. O professor Washington, porém, exigia. Ele me fazia produzir, mas me dava forças para acreditar que eu tinha condições, que conseguiria alcançar a meta. No último ano do segundo grau ele se tornou meu professor, apesar de eu estar no curso para jovens com dificuldade de aprendizagem. Normalmente os alunos desse curso não têm aula de oratória e interpretação, mas eles abriram uma exceção para eu poder ter aula com o professor Washington. O diretor percebera o vínculo que havia entre eu e ele e como ele tivera um impacto na minha vida, porque eu comecei a me sair bem nos estudos. Pela primeira vez fui aprovado com honra ao mérito. Eu queria fazer uma excursão com os alunos de interpretação, e para isso era preciso estar no quadro de honra ao mérito, então para mim foi um milagre! O professor Washington reestruturou a percepção que eu tinha de mim mesmo. Deu-me uma visão mais ampla da minha pessoa, bem além do condicionamento mental que recebera e das circunstáncias que me cercavam. Anos mais tarde produzi cinco especiais que foram transmitidos pela TV. Pedi a alguns amigos meus para ligarem para ele quando o meu programa, que se chamava You Deserve (Você Merece) fosse passar na TV educativa em Miami. Eu estava sentado perto do telefone esperando, quando ele me ligou, em Detroit. — O Sr. Brown, por favor. — Quem deseja? — Você sabe “quem deseja”! —Ah, professor Washington, é o senhor. —Foi você quem fez aquele programa não foi? — Foi, professor, eu mesmo! 1. Passem tempo com seus filhos.
2. Deixem seus filhos saberem que você os ama do jeito que são. 3. Disciplinem seus filhos quando eles precisarem. 4. Orem com seus filhos e por eles, regularmente. 5. Sejam sempre honestos com seus filhos. 6. Pai, demonstrem seu amor um pelo outro. 7. Tomem tempo para escutar seus filhos. 8. Encorajem sempre seus filhos. 9. Comemorem as realizações de seus filhos. 10. Sejam flexiveis com seus filhos. Maria Fontaine Ser mãe tem seus altos e baixos, mas quando paramos para pensar no que verdadeiramente importa, no que é grandioso e maravilhoso, uma coisa que a maioria das pessoas têm em primeiro lugar na lista é a mãe. Como as mães conseguem? Qual é o segredo daquela paciência de Jó, daquela capacidade de suportar, e daquele amor que parece estar sempre se renovando apesar de todas as circunstâncias? A seguir, alguns dos meus pensamentos sobre mães, coisas que elas fazem, ou são, ou que as tornam tão especiais.
Ser mãe custa, tanto em termos de sofrer as suas dores e angústias, como compartilhar as dos filhos. Custa em termos de batalhar mais pelos medos deles do que os seus, e se preocupar cada vez que um filho desliza ou cai. Custa em termos de reunir forças quando se sente incapaz, mas precisa ser forte para animar os que buscam forças em você. Custa quando a esperança parece se desvanecer, mas você sabe que não pode desistir por causa dos filhos, e continua acreditando, mesmo diante de impossibilidades, até eles se reerguerem.
É impossível definir, não existe explicação; mas continua um segredo como os mistérios da criação. Milagres esplendorosos Além da compreensão, Evidência maravilhosa Da terna e divina mão.
a. Amor incondicional por eles e pelos outros. b. Saber dosar o ensinamento de moralidade com compaixão e misericórdia, que lhes ensina perdão e tolerância, bem como convicção pela verdade e o certo. c. Oração, fé e confiança como parte integral da nossa relação com nossos filhos. d. O exemplo de confiança e fé que demonstramos na nossa reação às dificuldades e mágoas na nossa vida e na vida e outros. e. A resiliência que demonstramos ao cometermos erros ou falharmos, a maneira como procuramos crescer a partir da experiência para nossos filhos descobrirem o propósito dos erros quando errarem, e sem sentimento de culpa. Achou que eu não estava olhando, mas a vi dar de comer a um gatinho de rua,
e isso me inspirou a tratar bem os animais. Achou que eu não estava olhando, mas a vi fazer o meu bolo favorito para mim, e entendi que as pequenas coisas são especiais. Achou que eu não estava olhando, mas ouvi suas orações a Jesus, e percebi que existe um Deus a quem sempre posso recorrer. Achou que eu não estava olhando, mas senti o seu beijo de boa noite, e me senti amado. Achou que eu não estava olhando, mas vi quando chorava, e aprendi que às vezes sofremos, e não tem problema chorar. Achou que eu não estava olhando, mas vi que se importava e quis alcançar todo o meu potencial. Achou que eu não estava olhando, mas vi sua reação positiva às dificuldades da vida, e percebi que poderia fazer o mesmo e continuar feliz. Achou que eu não estava olhando, mas a vi perdoar vezes sem conta, e aprendi o valor do perdão. Achou que eu não estava olhando, mas ouvi você orar por mim, e aprendi a orar também. Achou que eu não estava olhando, mas vi você se sacrificar pelos outros, e aprendi que é dando que se recebe. Achou que eu não estava olhando, mas vi você consolar e acalmar os outros, e agora sei como fazer o mesmo. Achou que eu não estava olhando, mas aprendi tantas lições sobre amor e generosidade, que agora me trazem bênçãos todos os dias! Achou que eu não estava olhando, mas vi as muitas vezes quando amou e se sacrificou, e percebi que você é prova da existência de Deus. Achou que eu não estava olhando, mas olhei… e quis agradecer por tudo o que vi, quando você achou que eu não estava olhando. E.S. Na lista de “Pessoas que Influenciaram a Minha Vida” de quase qualquer pessoa consta o nome de pelo menos um professor. Quem é ele? Aquele que usa seus talentos para ajudar a desenvolver os dos alunos e que se esforça para não apenas orientar suas mentes, mas também seus corações. Na minha lista está o nome de uma professora que nós, crianças, carinhosamente chamávamos de Tia Marina. Ela era uma pessoa sensata e mais rígida que a maioria dos nossos outros professores e das pessoas que ajudavam a cuidar de nós com respeito ao que julgava certo ou errado. No começo, nós, alunos, reclamávamos disso, mas não demoramos a aprender a confiar nela, pois sentíamos que ela se importava com o tipo de pessoas que nos tornaríamos. Sentíamo-nos seguros com a Tia Marina porque ela deixava bem claro quais eram os nossos limites. Mas Tia Marina não apenas demarcava limites. Ela era positiva, amorosa e gostava de se divertir conosco, tanto quanto sabia cobrar o cumprimento das regras. Suas aulas iam além dos livros e dos cadernos. Ela nos levava em passeios e excursões e, com os seus talentos artísticos, despertava em nós interesse pelas artes. Ela também tinha maneiras para fazer cada um de nós se sentir especial. Uma de suas técnicas era falar bem de nós para os outros quando sabia que estávamos ouvindo. Ainda me lembro do orgulho que senti quando a ouvi dizer para a outra professora que eu escrevia muito bem. Foi muito gratificante ver meus esforços serem reconhecidos. O interesse e o amor que a Tia Marina tinha por mim foram além do tempo em que fui sua aluna. Por muito tempo, mesmo depois de nos mudarmos para Taiwan, ela me enviava bilhetinhos e cartões, vários dos quais guardo faz dez anos. Recentemente, quando reli uma dessas mensagens, fiquei maravilhada com sua demonstração de interesse para comigo, ao escrever para uma garotinha de oito anos: “Ontem encontrei sua foto quando estava montando meu álbum “Crianças da Minha Vida”, para recordar dos alunos que tive e das crianças das quais cuidei ao longo dos anos — e me lembrei do quanto amo você, minha querida amiguinha.” Quando fiz nove anos, ela me escreveu: “Eu lhe desejo um aniversário muito feliz. Oro para que seja um dia maravilhoso e especial, e que você tenha um ótimo novo ano de vida, cheio de boas surpresas e muito amor. É muito bom conhecê-la!” Em 9 de junho de 2005, depois de uma longa batalha contra o câncer, Tia Marina foi para o Céu. Sei que sou apenas uma dentre as muitas pessoas que hoje são melhores por terem conhecido o seu amor, o qual, ela sempre nos dizia, provinha de Deus, derramado para nós através dela. Extraído da revista Contato. Jessica Roberts Chego ao fim de um longo dia que passei cuidando de crianças doentes. Não, não são meus filhos. São de um casal cujo trabalho muitas vezes os chama a atender às necessidades de outros em detrimento do tempo que passariam juntos em família. Sou a professora das crianças, e normalmente gosto de ser uma mãe substituta. Mas não esta semana. - Estou cansada, desgastada e estressada - reclamei. - Estou atrasada com a louça e a lavanderia, e perdendo um passeio à praia com meus amigos para ficar cuidando de uma turma de crianças com tosse, nariz escorrendo e manha. Não durmo bem nem respiro um pouco de ar fresco faz dias. Não nasci para isso. Não sou a mãe delas. Mães têm suficiente paciência, altruísmo e amor incondicional por seus filhos para agüentarem tudo isso! Eu não tenho. Essas crianças estão me deixando maluca.” Um barulho na escada me diz que alguém acordou. É a Suzi, de dois anos. - O que foi, Suzi? Ela para por um segundo, depois corre para mim abraçando apertado o meu pescoço, e diz: - Eu te amo! Volta então correndo para cama. Ouço o pequeno Martin, de quatro anos se mexendo em sua cama, vou então ver se está bem. Ele abre um olho e, ainda sonolento, diz: - Você é a melhor professora do mundo! Ai, o sorrisinho que ele dá quando diz isso… Penso naquele amor tão puro, do fundo do coração que eles têm, e em como me adotaram. Lembro dos risos, os abraços, as coisas que descobrimos juntos. De repente, não estou mais tão cansada. Lembro o que Jesus disse sobre amar os pequeninos. “Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes.” (Mateus 25:40). Vai ser o melhor dia que já tivemos! Aposto como tem um jeito de montar um circo de três palcos no quarto dos doentes. E quando chegar aquela horinha chata, antes do jantar, em que todos estão cansados, vou fazer uma oraçãozinha, pedindo um pouco do amor incondicional de Deus. E vou agradecer-Lhe pela bênção de ter estas crianças das quais cuidar. © A Família Internacional
Tomoko Matsuoka
Eu não teria usado essa cor do mais louco espetro de cores - um amarelo berrante que assumia uma tonalidade esverdeava quando a luz incidia nela em um certo ángulo. Mas ali estava, em contraste óbvio com a capa vermelho escuro do meu diário, o adesivo de uma rosa amarelo brilhante de uma criança. De todos os presentes que eu já tinha recebido, esse tinha mais valor para mim do que muitos outros. Recordando o acontecido, não consigo lembrar o que minha irmãzinha disse que me deixou tão chateada. Só me lembro que ela estava reclamando e eu a repreendi severamente. Não tinha chegado ao ponto de enumerar todos os males que a criança mais desafortunada do mundo talvez estivesse sofrendo naquele momento, mas quase. Depois de exigir que pedisse desculpa, voltei a me debruçar no meu livro. Passados alguns momentos de silêncio, ouvi alguém remexendo. Recusei-me a levantar os olhos. Queria que a minha irmãzinha sentisse a totalidade da minha justa indignação. Deixa ela ficar de molho, pensei. Continuou o barulho de alguém remexendo. Eu queria ficar quieta, mas não conseguia evitar me questionar no que ela estaria tão empenhada. Passados mais alguns minutos ouvi barulho de passos atrás de mim. Depois pararam e fez-se silêncio. Recusei tirar os olhos do meu livro, mas, pelo canto do olho, vi sua mão empurrar um envelope para cima da mesa ao meu lado. Depois ela deu meia volta e saiu da sala correndo. Curiosa, abri o envelope. Algo incrivelmente amarelo caiu no meu colo. Era um adesivo de uma rosa. Virei do outro lado e, com a letra de uma menina de cinco anos, dizia “Desculpe. Eu te amo.” Para a economia de troca de uma criança em idade pré-escolar, adesivos são algo precioso. E esse não era qualquer adesivo. Considerando que, na maneira de pensar de uma criança, quanto maior melhor, e se for brilhante melhor ainda, esse grande adesivo brilhante de uma rosa, que tinha caído no meu colo, deveria certamente ser o melhor da sua coleção. Fiquei ali assombrada por um momento com a sua capacidade ilimitada de me amar, apesar do meu egocentrismo caprichoso. Fui procurá-la, dei-lhe um abraço e pedi desculpas.
© A Família Internacional
Akio Matsuoka
“Tenho estado tão ocupada que não tenho tempo para pensar.” A frase ouvi de uma mulher, em seus últimos dias, a quem visitei em uma clínica. “Deitada aqui, percebi que mal conheci meu marido, meus filhos, ou minha sogra, que também vive conosco. Fiquei tão envolvida em cuidar deles —fazer compras, cozinhar, lavar roupa, limpeza da casa, ajudar com as tarefas escolares— mas não posso dizer que realmente sei o que estão pensando, ou pelo que estão passando. Não sei qual foi a última vez que tive uma conversa profunda com qualquer um deles.” Ouvi um lamento similar recentemente, em uma conferência. Quando o palestrante principal concluiu sua fala, houve uma seção de perguntas e respostas. Um homem mais velho, CEOaposentado de uma empresa de grande porte, levantou-se e se dirigiu às mais de cem pessoas na audiência. “Tenho 70 anos, hoje gozo de excelente saúde e, faz pouco tempo, saí do mercado com uma aposentadoria polpuda. Meu desejo era relaxar e passar tempo com minha família, mas ontem minha esposa pediu divórcio. Trabalhei muito a vida inteira, sempre para a família que amo. Onde errei? Por que essa reviravolta na minha vida?” Muitas vezes ouço as pessoas dizerem que querem que seus amados sejam felizes e é por isso que trabalham tanto e por tanto tempo. Infelizmente, todavia, quanto maior é seu sucesso, mais ocupados ficam, menor é o tempo que têm para passar com a família e menos colhem na forma das recompensas que, esperavam, resultariam de seus investimentos. Apesar de a mulher à morte ou o homem aposentado terem tido atitudes aparentemente nobres na época, suas vidas não puderam atender às necessidades dos corações de seus amados. A Bíblia ensina: “Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros o que vocês têm, pois de tais sacrifícios Deus se agrada.” [1] A palavra do original grego traduzida para “repartir” é koinónia, que significa “participação”, “comunhão”, “convivência”. [2] Sacrificamos algumas coisas para dedicar tempo para ajudar os outros, participar de suas vidas, para dividir com os demais suas vitórias e lutas, para ter verdadeira interação de coração com coração. Em suma: dedicamos tempo para amar. Akio Matsuoka é missionário e faz trabalhos voluntários há 35 anos no Japão, sua terra natal, e em outros países. Vive atualmente em Tóquio. [1] Hebreus 13:16 NVI [2] Concordância Strong Extraído da revista Contato. Usado com permissão. |
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