Denis Donovan, médico, Centro Infantil para Desenvolvimento Psiquiátrico
Está cansado de tentar fazer seus filhos se comportarem? Talvez o problema seja uma simples falha na comunicação. • Não use uma pergunta quando deveria dar uma ordem. Pais muitas vezes fazem perguntas aos filhos, quando deveriam dizer-lhes o que fazer. • Não faça uma pergunta “não objetiva”—uma pergunta que não reflita o que você quer que a criança faça. Exemplo: Uma mulher que quer que o filho pare de empurrar caixas de um lado para o outro numa loja de brinquedos, pergunta: “Você quer levar uma surra?” A criança continua fazendo o mesmo. Mais alto, ela diz: “O que é que eu acabei de dizer?” A criança continua não reagindo. A criança não está relacionando a pergunta dela com as ações dele. Ela deveria dizer claramente o que quer que ele faça: “Pare de empurrar essas caixas, por favor.” • Não faça perguntas negativas que convidem a criança a dar respostas negativas. Exemplo: Se perguntar ao seu filho: “Você não pode limpar o seu quarto?” é provável que ele ou ela responda com um simples “Não.” Ou talvez ele pense: “Posso. Mas não quero.” Mais uma vez, diga simplesmente: “Faça o favor de limpar o seu quarto.” • Não termine as frases com “está bem?” ou “tudo bem?” quando os pais dizem isso, estão querendo saber se a criança os ouviu. “Calce as botas, está bem?” ... “Vamos sair em breve, está bem?” Mas a criança pensa que você está pedindo a sua permissão. Diga simplesmente o que você quer que a criança faça: “Faça o favor de calçar as botas.” • Não fale usando “nós”. Quando você usa nós, está tomando responsabilidade pelo comportamento que está querendo que mude. Quando a criança ouve nós, acha que não lhe está sendo exigido que aja. Por exemplo: “Daqui para a frente nós vamos melhorar no nosso dever de casa.” “Vamos pôr o lixo pra fora?” Use “você” quando quiser que o seu filho assuma responsabilidade. • Descreva exatamente o que está incomodando você, para que o seu filho assuma responsabilidade. Exemplos: Em vez de dizer: “foi um dia horrível”, diga “você comportou-se mal o dia todo.” Em vez de dizer, “Foi uma das experiências mais horríveis que já tive”, diga “Quando você faltou ao respeito à sua professora durante a reunião de pais e professores, eu fiquei muito envergonhada.”
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Nancy Samalin, The Bottom Line Com todas as exigências dos dias de hoje, muitos pais pensam erroneamente que para terem um tempo especial com os filhos precisam fazer um grande investimento de tempo ou dinheiro. Uma receita melhor: arrume pequenos espaços de tempo, adicione atenção total e misture coisas agradáveis. Planeje atividades com as crianças no seu calendário semanal, permaneça aberto para oportunidades não planejadas que também possam surgir. O que é especial? Lembre-se da sua infância. Que momentos especiais você lembra ter passado com seus pais? Foi a tarde em que seu pai o ensinou a andar de bicicleta? Ou o ritual semanal do café da manhã especial com a mamãe? As crianças entesouram os momentos em que os pais concentram toda a sua atenção nelas. Estar no centro do holofote da atenção dos pais, faz uma criança sentir-se alorizada, importante e conectada a eles. Momentos especiais também são fazer juntos uma atividade agradável. Tanto os pais como os filhos precisam desfrutar de ocasiões assim. Nem sempre têm que ser excursões extremamente educativas. Fazer com que seja especial. Concentre-se no seu filho. Nas ocasiões especiais não se deixe afastar por interrupções. Concentre-se nesse momento. Se estiver tenso ou distraído, seu filho vai perceber isso. Não fique olhando para o relógio. Esqueça as coisas que tem que fazer antes de ir para a cama. Em vez disso, concentre-se totalmente no presente. Não queira fazer várias coisas ao mesmo tempo. Seu filho não vai achar que você está lhe dando atenção se ao mesmo tempo estiver fazendo listas ou checando o e-mail enquanto brinca com ele. Deixe seu filho guiar. Faça o que ele gosta, ainda que não seja o que você mais gosta. Procure coisas que ambos gostam. Por exemplo, se ambos gostam de comer, experimentem preparar uma receita diferente em casa. Fique mais interessado no processo do que no resultado. Se estiverem fazendo um projeto de montar, não é tão importante fazer algo perfeito como compartilharem esses momentos, aprenderem e rirem enquanto fazem. Se seu tempo é limitado, planeje com antecedência. (Se alguma vez não puder passar um tempo marcado com seu filho, pode informá-lo com antecedência e planejar outro tempo mais conveniente para você, mas que ainda seja inteiramente dedicado a ele.) Um tempo especial não tem que ser nada extraordinário. Os melhores momentos podem ser simples e divertidos — talvez um simples passeio no bosque para procurar insetos — ou podem acabar em algo bobo como pular em cima de uma pilha de folhas depois de varrer o gramado. Momentos especiais não são coisas rotineiras como guardar os brinquedos com as crianças mais novas ou limpar o porão com as crianças mais velhas. Mas às vezes essas tarefas podem tornar-se coisas divertidas, como por exemplo cantar juntos canções que gostam enquanto fazem a limpeza do jantar. Dedique um tempo exclusivo a cada criança. Se alternar as noites, pode proporcionar a cada criança a expectativa de ter um tempo especial com você — sem ter que dividir a sua atenção com um irmão. Não deveria haver interrupções, a não ser que seja uma emergência. Crie em sua vida o hábito de passar tempo especial. É melhor começar esse hábito quando as crianças são bem pequenas... mas também é muito importante quando as crianças são mais velhas. (Clique aqui para ler a parte um) Use Mais a Positiva do Que a Negativa : Diga para a criança o que ela deve fazer ao invés de lhe dizer o que ela não deve fazer. É muito difícil usar a positiva ao invés da negativa, principalmente se os adultos já têm o hábito de usar a negativa. É muito difícil livrar-se de hábitos ruins. É necessário pensar e praticar muito para deixar de usar a negativa, contudo, a melhora do seu relacionamento com o seu filho vai fazer com que valha a pena. Converse com as crianças como você conversa com seus amigos. Se os adultos conversassem com as crianças com a mesma consideração com que conversam com seus amigos, eles poderiam realmente comunicar-se com as crianças e terem ótimos relacionamentos com elas. As Negativas :
Afaste de você tudo o que distraia e preste atenção no que a criança está dizendo. Às vezes os adultos talvez tenham que parar o que estão fazendo para ouvir o que a criança está dizendo. É difícil usar o aspirador de pó, fazer o jantar ou ler o jornal e prestar bem atenção no que a criança está falando. Cuidado: Não finja que você está ouvindo quando não está. Se você está ocupado – falando no telefone ou conversando com uma visita – diga para a criança: “Eu estou ocupada agora, nós podemos conversar mais tarde.” E depois certifique-se de conversar mesmo com ela mais tarde. Fale com (Não Para) a Criança Falar “para” a criança é uma conversa onde só um fala: “Vista a capa de chuva”, “você vai entornar isso”, “você precisa cortar o cabelo”. Os adultos que falam “para” a criança geralmente dão a desculpa de que uma criança pequena não consegue conversar no nível de um adulto. Mas nenhuma pessoa – nem mesmo a criança pequena – gosta que falem “para” ela. Você pode falar “para” o cachorro da família, ou até mesmo para um bebêzinho, mas tente conversar “com” uma criança.Conversar “com” a criança é uma conversa onde os dois lados participam – falar com ela e depois ouvir o que ela tem a dizer. Cultivar o hábito de conversar “com” a criança, ao invés de “para” a criança ajuda muito, principalmente quando ela chega à adolescência. Use Mensagens com a Palavra “Eu” Para Transmitir os Seus Pensamentos e Sentimentos “Mensagens-eu” são declarações de fatos. Elas informam a criança de como o adulto se sente com o comportamento dela. Freqüentemente as crianças não sabem como o seu comportamento afeta as outras pessoas. As “mensagens-eu” são bem mais eficazes do que as “mensagens-você” quando uma criança se comporta mal. O que é melhor? “Mensagem-eu”
Cuidado, não use as “mensagens eu” para expressar raiva às crianças. Se você mostra raiva, uma criança pequena fica muito chateada e insegura. Ao invés de mostrar que está brava, expresse a emoção que veio antes da raiva. Por exemplo, se Paulinho derramou o seu copo de leite quando a família tinha visitas para o jantar, você provavelmente ficou envergonhada antes de ficar brava. Diga: “Eu fico muito envergonhada quando você faz sujeiras assim.” Não diga: “Eu estou super brava com você.” Os adultos geralmente não têm problema algum em se comunicar com crianças quando se trata de dizer como usar uma tesoura, ou explicar sobre os perigos dos carros; mas eles têm dificuldades em comunicar-se quando envolve sentimentos – quer seja os da criança ou os seus próprios sentimentos.
Uma Boa Comunicação Leva a:
Transmita aceitação : Quando a criança sabe que você a aceita como ela é, então é possível ela crescer, mudar e sentir-se bem acerca de si mesma. Quando uma criança sente-se bem consigo mesma, ela tem mais probabilidades de dar-se bem com os outros. Se você aceita a criança como ela é, é mais fácil comunicar-se com ela. A criança que sente-se aceita tem mais de abrir o seu coração e falar de seus problemas. Quando os Adultos:
A. “Você deveria ter vergonha! Você está agindo como um bebezão! Você sabe que não há razão para ter medo!” OU B. “Eu sei que você está com medo. Eu vou ligar a luzinha e deixar a porta aberta para você.” Lembre-se: Nós podemos aceitar a criança sem contudo aceitarmos o comportamento dela, do mesmo modo como nós “amamos o pecador, mas odiamos o pecado”. Por exemplo, nós amamos e aceitamos Sandra, mas nós não aceitamos o comportamento dela quando ela bate no bebê ou puxa o rabo do gato. Diga Coisas que Puxam Conversa Coisas que puxam conversa são um convite para se falar mais, para dizer o que se pensa e sente. Mostram à criança que você está realmente ouvindo e está interessada, que as idéias dela são importantes, e que você a aceita e respeita o que ela está dizendo. Exemplos: “Eu entendo” “Me conta mais” “Oh!”"Você quer repetir isso? Eu quero ter certeza de que entendi o que você disse” “Uummm” “Verdade mesmo?” “Quem diria!” “É bom saber disso” “É mesmo?” Coisas que puxam conversa fazem a criança sentir que suas idéias são importantes e que você está interessada nelas, e que você respeita as suas idéias. Use Mensagens com a Palavra “Você” Para Refletir as Idéias e Sentimentos da Criança. Mensagens com a palavra “você” descrevem os sentimentos da criança e encorajam-na a expressar os sentimentos que a atormentam. Exemplos: “Você está triste porque o seu cachorro morreu.” “Você está chateado porque você não ganhou o jogo.” “Você está brava porque a Jenifer não deixou você brincar com a boneca nova dela.” Quando se permite que a criança expresse os seus maus sentimentos à vontade, parece que eles desvanecem como por mágica. Ficar escondendo maus sentimentos é auto-destrutivo. Eles não desaparecem, eles podem virar ódio que a criança sente por si mesma, dores de cabeça, úlceras e atitudes violentas. Lembre-se: Atitudes podem ser rotuladas boas ou ruins, mas os sentimentos não. Os sentimentos não são nem bons nem ruins. Eles existem, e devemos reconhecer a sua existência. |
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