Chalsey Dooley No ano passado, no Natal, algo mágico me ocorreu. Faltava-me vontade de decorar a árvore e não queria lidar com a culpa nem com o estresse que viriam dos esforços de última hora para “dar sentido às coisas”. Este ano, a situação é totalmente diferente. Na verdade, comecei os preparativos natalinos em julho! O que mudou? No meio do ano, as crianças e eu planejamos dar 1001 presentes para Jesus pelo Seu aniversário e, depois da festa, continuamos a enviar mais alguns todos os dias. Uma parede da cozinha está coberta com listas, gráficos e vários adesivos que indicam os presentes! Um dos gráficos é para boas ações em favor dos demais; em outro, registramos os versículos bíblicos memorizados; e há um que indica a produção de áudios simples com histórias bíblicas, os quais postamos para as outras crianças. Marcamos também as cartas que escrevemos para alegrar os corações de amigos, os tempos que passamos com Jesus e várias outras coisas que são nossos presentes de Natal para Ele. Este ano, a época de Natal começou com meses de antecedência e a sensação é maravilhosa. Não há pressa, pressão, culpa ou motivação errada. Estamos alcançando nossas metas e usando nosso tempo para fazer Jesus e os outros felizes. Estamos avançando em direção ao que nos propusemos e, assim que atingirmos nossos objetivos, colocaremos cada lista em um pacote para presente o qual depositaremos ao pé da árvore. São presentes do coração — cada um representa nosso tempo, amor, esforço e sabemos que O deixará feliz. Já sabemos qual será o 1001º presente: uma simples vela de aniversário, a qual acenderemos cada dia, quando orarmos pelos outros ao redor do mundo, para que conheçam o amor de Jesus. Essas orações também são dádivas que podemos oferecer Àquele que nos deu tudo de Si. Chalsey Dooley é escritora de literatura inspiracional para crianças e educadores. Mora na Austrália. Cortesia da revista Contato. Usado com permissão. Foto: Molly Sabourin/Flickr
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Iris Richard Nasci em 1955, apenas dez anos após a Segunda Guerra Mundial, quando as dificuldades dos anos de conflito ainda eram frescas na memória das pessoas. Meu avô costumava nos contar da fome e exaustão extremas daqueles dias, da luta que era necessária para simplesmente continuar vivo durante os longos meses de inverno. Nossa cidade ficava no centro industrial da Alemanha e parecia que tudo estava sempre coberto da poeira marrom-acinzentada das usinas de aço. Na primavera, a grama e os rebentos verdes das árvores rapidamente ficavam marrons e o mesmo acontecia com a neve: caía fresca pela manhã, mas no fim do dia já ficava com uma aparência desgastada. No primeiro domingo de dezembro, nossa família sempre se reunia ao redor da mesa da minúscula cozinha de nosso apartamento. Minha mãe, minha irmã, Petra, e eu acendemos a primeira vela de nossa coroa de advento e cantávamos canções de Natal, enquanto nossos pensamentos viajavam bem longe daquela cidade poeirenta para encontrar os reis magos montados em camelos em sua peregrinação. Acendíamos uma vela por semana, e isso enchia nossos corações de paz e alegria, conforme a história da manjedoura que esperava o nascimento de nosso Salvador ganhava vida para nós. Então chegava o tão aguardado dia em que assávamos os quitutes especiais de Natal. E eram especiais mesmo, pois não despúnhamos de manteiga, nozes, ovos eram poucos e chocolate uma raridade. Com o cheiro de biscoitos recém-assados ainda permeando o ar, cuidadosamente os guardávamos em latas grandes. Na manhã de Natal, íamos ver a árvore preparada na noite anterior pelos nossos pais. Entrávamos escondidos na sala enquanto Papai ainda acendia as velas, uma a uma, com um longo palito. Que alegria era encontrar nossas meias cheias de biscoitos caseiros, nozes, chocolate, laranjas, maçãs e vestidos novos tricotados para nossas bonecas. Havia também lápis-cera, livros de colorir, chapéus, luvas e cachecóis. Eram dias de alegrias simples e brinquedos feitos em casa. As memórias me mantêm atenta na busca por valor verdadeiro, pelo toque humano, pelas coisas que perduram —especialmente nos tempos de grandes mudanças em que vivemos hoje, cheios de engenhocas tecnológicas e atividades virtuais. São lembretes constantes para eu estar alerta também às necessidades dos outros, para amar e compartilhar. É o que faz esta época tão inesquecível para mim e quero deixar belas marcas nas memórias de nossos filhos e daqueles a quem conhecemos. Iris Richard é conselheira no Quênia, onde tem sido ativa em trabalhos comunitários e voluntários desde 1995. Cortesia da revista Contato. Foto: Celeste Lindell/Flickr.
Autor Desconhecido Uma professora primária chamada Srta. Thompson se levantou perante a sua turma de quinta série no primeiro dia de aula e lhes contou uma mentira. Como a maioria dos professores, ela olhou para os seus alunos e disse que amava a todos da mesma forma. Mas isso era impossível, porque ali na fileira da frente, meio encolhido na cadeira, estava um menino que se chamava Teddy Stoddard. A Srta. Thompson havia observado o Teddy no ano que passou e notou que ele não brincava bem com as crianças, que as suas roupas estavam sempre bagunçadas e que ele constantemente precisava de um banho. E Teddy podia ser antipático. Chegou ao ponto em que a Srta. Thompson de fato tinha prazer em marcar grandes Xs nos seus papéis e colocar grandes Fs no topo da folha. Na escola em que ela lecionava era requerido que se revisasse o histórico de cada criança e ela colocou o do Teddy no fundo da pilha. Entretanto, teve uma surpresa ao revisar o seu arquivo. A professora da primeira série de Teddy escreveu: "Teddy é um menino inteligente, sempre disposto a rir. Ele faz suas tarefas com capricho e tem boas maneiras. É uma alegria ficar perto dele." A professora da segunda série escreveu: "Teddy é um excelente aluno, querido por seus colegas de aula, mas está um pouco atribulado porque sua mãe tem uma doença terminal. A vida em casa deve ser muito difícil." A professora da terceira série escreveu: "A morte de sua mãe foi difícil para ele. Ele faz o melhor que pode, mas seu pai não demonstra muito interesse e sua vida doméstica logo o afetará se algumas medidas não forem tomadas." A professora de Teddy da quarta série escreveu: "Teddy é retraído e não demonstra muito interesse na escola. Ele não tem muitos amigos e às vezes dorme durante a aula." A essa altura, a Srta. Thompson percebeu o problema e ficou envergonhada de si mesma. Ela se sentiu pior ainda quando seus alunos lhe trouxeram presentes de Natal, embrulhados em lindos laços e papel colorido, exceto o Teddy. O seu presente era um embrulho mal feito num papel pardo e pesado que ele pegou duma sacola de mercearia. A Srta. Thompson se esforçou para abri-lo em meio de todos os outros presentes. Algumas crianças começaram a rir quando ela encontrou uma pulseira de diamantes de bijuteria com algumas pedrinhas faltando e um vidro com somente um quarto de perfume. Mas ela calou o riso das crianças ao colocar a pulseira exclamando da sua beleza e botando um pouco do perfume nos pulsos. Teddy Stoddard ficou tempo suficiente depois da escola para dizer: "Srta. Thompson, a senhora hoje cheira igualzinho à minha mamãe." Depois que as crianças foram embora ela chorou por pelo menos uma hora. Naquele mesmo dia, ela parou de ensinar leitura, escrita e matemática. Em vez disso começou a ensinar crianças. Ela prestava uma atenção especial ao Teddy. Ao trabalhar com ele, a sua mente parecia ganhar vida. Quanto mais ela o encorajava, mais rápido ele respondia. Até o fim do ano Teddy tinha se tornado numa das crianças mais espertas da turma, apesar da mentira que ela amaria todas as crianças da mesma forma, Teddy se tornou um dos "queridinhos da professora". Um ano depois, encontrou uma nota do Teddy embaixo de sua porta, dizendo que ela tinha sido a melhor professora que ele teve na vida inteira. Seis anos se passaram antes dela receber outra mensagem do Teddy. Ele então escreveu que tinha terminado o ensino fundamental, havia sido o terceiro na sua turma, e ela ainda era a melhor professora que ele já tivera em toda a sua vida. Quatro anos mais tarde recebeu outra carta dizendo que embora as coisas tivessem sido difíceis de vez em quando, ele ficou na escola, agüentou, e logo se formaria com as melhores notas. Ele assegurou à Srta. Thompson que ela ainda era a melhor professora que ele já tivera e a sua preferida. Mais quatro anos se passaram e mais uma carta chegou. Dessa vez ele explicou que depois de ter concluído o ensino médio, decidiu ir um pouco mais longe. A carta explicou que ela ainda era a melhor professora que ele já tivera e a sua preferida. Mas agora seu nome era um pouco mais comprido - a carta foi assinada, Theodore F. Stoddard, M.D. A história não acaba aqui. Veja, chegou mais uma carta naquela primavera. Teddy dizia que havia encontrado uma garota e ia se casar. Ele explicou que seu pai tinha morrido há dois anos e ele queria saber se ela concordaria em se sentar no lugar que normalmente é reservado para a mãe do noivo. E claro que a Srta. Thompson concordou. E adivinhem? Ela usou a pulseira, aquela com vários diamantes falsos faltando. E se certificou de usar o perfume que fazia Teddy lembrar da sua mãe, que esta tinha usado no último natal que passaram juntos. Eles se abraçaram, e o Dr. Stoddard sussurrou no ouvido da Srta. Thompson: "Obrigado, Srta. Thompson, por acreditar em mim. Muito obrigado por me fazer me sentir importante e por ter me mostrado que eu podia fazer uma diferença." A Srta. Thompson, com lágrimas nos olhos, lhe respondeu num sussurro: "Teddy, você está enganado. Você é que me ensinou que eu podia fazer uma diferença. Eu não sabia ensinar até lhe conhecer." Quando Jesus falava às multidões, muitas vezes explicava verdades profundas através de parábolas — histórias sobre eventos comuns, circunstâncias e coisas com as quais Seus ouvintes podiam facilmente se relacionar. Os tempos mudaram, mas as verdades eternas contidas nas parábolas de Jesus são tão relevantes para nós hoje como eram para os que as ouviram pela primeira vez 2.000 anos atrás. Elas nos alimentam tanto hoje como os alimentaram então! Bon appétit! Histórias (Para ler online ou baixar)
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Dr. Bob Pedrick "Papai, de onde vem a luz?" Billy tinha acabado de acender a luz na cabeceira da sua cama. Agora olhava para o pai com os olhos grandes e um olhar interrogador. Era uma pergunta séria para uma criança de sete anos. O pai respondeu explicando em termos simples que a luz intensa do sol puxa a água do oceano para o céu. Depois cai como chuva nas montanhas. E continuou, descrevendo as gigantescas rodas de água que captam a energia da água corrente e a transformam em correntes invisíveis de energia elétrica. Esta energia passa rapidamente por quilômetros e quilômetros de fio até chegar à lâmpada, a qual quase por magia consegue transformar a força invisível outra vez em luz. Depois de mais algumas perguntas, os olhos de Billy se iluminaram e o rosto se abriu num sorriso de quem tinha compreendido. Tinha chegado o grande momento, mais espantoso do que o milagre da eletricidade. Uma porção dos conhecimentos guardados na cabeça do pai foram transferidos para o cérebro de Billy. Quando nós, os pais, enviamos mensagens verbais que são recebidas e assimiladas pelos nossos filhos, cada um de nós brilha um pouco. Poderíamos chamar este ditoso fenômeno de "acender a lâmpada na cabeça do nosso filho". Infelizmente este tipo de comunicação às vezes entra em curto-circuito. O pai podia ter interpretado a pergunta como outra tentativa de Billy ficar enrolando na hora de ir para cama. Uma resposta como: "Chega de pergunta boba. Você já está acordado há muito tempo", podia ter rapidamente obstruído o circuito e destruído um rebento promissor de interesse pelo desconhecido. Mais importante ainda, teria quebrado outra conexão para verdadeira comunicação entre o filho e pai. É claro que a mesma pergunta em outro contexto poderia ter sido manipulativa da parte da criança, mas a diferença pode ser vista por um adulto alerta. O ingrediente chave deste diálogo sobre a lâmpada foi o fato de Billy querer ouvir o que o seu pai tinha a dizer. Embora isto seja característico do início da infância - quando os pais são a fonte do maior conhecimento e as crianças absorvem novas idéias como um mata-borrão - esta receptividade a informações dadas pelos pais parece diminuir a cada ano que passa. Em vez da nossa sabedoria paterna acender uma lâmpada dentro da cabeça dos nossos filhos, parece que seus ouvidos estão tapados. O que dizemos faz ricochete, parece que eles nem ouvem. Esperamos em vão por uma reação positiva. Quando se encontra a fórmula de destapar os ouvidos dos nossos filhos reduz-se consideravelmente a tensão em muitas famílias. É fácil cairmos na armadilha de reagir a situações na família com ataques verbais contra o valor da outra pessoa. É muito simples explicar às outras pessoas como evitar cair nesta armadilha de darem a mensagem adversa. Agora mesmo eu deixei muito a desejar. Enquanto escrevia isto a minha neta entrou correndo no meu gabinete. "Vô", gritou, "venha ver o cachorro pular um metro no ar para pegar um osso". A minha primeira inclinação foi dizer bruscamente: "Não vê que estou ocupado? Não me incomode". Mas bem antes das palavras saírem da minha boca o assunto deste livro atingiu-me em cheio. Pensei: "Se você não consegue praticar, então não escreva". Jeannie e eu passamos dez minutos bem passados vendo o nosso velho cachorro agir como um filhote outra vez numa reação exuberante à atenção amorosa que lhe dedicou uma criança de seis anos. A minha primeira inclinação para responder: "Você não vê que estou ocupado?" teria sido uma mensagem adversa começando com a palavra "você" e dando a entender que se Jeannie tivesse um mínimo de inteligência teria tido bom senso suficiente para não me interromper. Essa não era de modo algum a mensagem que eu queria dar. Neste caso foi possível e produtivo para mim tomar dez minutos para brincar com Jeannie e o cachorro. Mas isso nem sempre é possível; às vezes as circunstâncias impedem que haja uma resposta positiva ao pedido de uma criança. Num caso assim eu poderia ter dito: "Jeannie, eu agora tenho que terminar este trabalho. Vamos ter que esperar para depois para ver as proezas do cachorro". Jeannie teria ficado desapontada, mas provavelmente teria aceitado estas palavras como uma mensagem afirmativa em vez de como uma mensagem adversa. Eu não teria magoado o amor-próprio de Jeannie, mas apenas a informado das minhas necessidades. Repare que esta mensagem afirmativa começou com "eu" e não com "você". A ênfase é dada à situação e às necessidades daquele que dá a mensagem, e não ao caráter ou à inteligência daquele que a recebe. As necessidades dos pais são importantes, por isso as mensagens afirmativas são um meio útil de destapar os ouvidos das crianças. Em contrapartida, lembro-me de uma situação que aconteceu há vários anos à mesa do jantar, e que envolveu um nível emocional muito mais elevado. Jeff, como muitas crianças, insistia em colocar o copo de leite na beirada da mesa. Vários avisos para ele tirar o copo dali e o colocar num lugar mais seguro só serviram de correção temporária. Estávamos com pressa; nessa noite eu ia falar numa conferência. É claro que o inevitável aconteceu: Jeff estendeu o braço para pegar o pão e o leite entornou sobre o tapete novo. Os meus berros provavelmente foram ouvidos a dois quarteirões de distância. Toda a tensão de um dia longo e cansativo caiu sobre Jeff, que saiu da mesa chorando. "Seu trapalhão idiota!" fui atrás dele gritando: "Por que você não obedece quando eu lhe falo algo?" Olhando para a mesa algo me disse que mais ninguém tinha apetite para terminar o jantar. Por um lado me senti melhor, porque explodindo dei vazão a toda a tensão que tinha acumulado inconscientemente. Ainda assim me sentia culpado - culpado por ter dado vazão à minha ira reagindo exageradamente à imprudência de Jeff, e culpado por ter estragado o jantar da família. Por mais justificativas que eu dava a mim mesmo para provar que tive razão em corrigir o descuido de Jeff, não conseguia aliviar a minha depressão. Mais tarde antes dele ir para a cama coloquei o braço no seu ombro e conversamos sobre o episódio. Aí foi quando pudemos dar atenção e demonstrar respeito pelos sentimentos um do outro. Pedimos desculpas um ao outro e demos um bom abraço. O fim da situação foi bem melhor do que o princípio. Nos anos seguintes, já que Jeff era pequeno o bastante para perturbar o jantar, eu fiquei totalmente convencido de que se pode esperar resultados inevitavelmente destrutivos quando usamos mensagens adversas. Elas arrasam a dignidade da criança. É indiscutível que Jeff precisava ser corrigido naquela noite. O seu descuido e desobediência foram inaceitáveis, e se eu os tivesse ignorado teria lhe prestado um desserviço. Uma reação melhor teria sido: "Estou simplesmente furioso; leite mancha o tapete e dá um trabalhão para limpar". Depois deveríamos ter dado a Jeff a oportunidade de limpar a bagunça. Os comentários de Haim Ginott sobre este assunto, embora tenham sido feitos para professores, se aplicam igualmente aos pais: "Um professor bem informado não tem medo da sua ira, porque aprendeu a expressá-la sem causar dano. Ele aprendeu o segredo de expressar ira sem insultar. Mesmo provocado, ele não chama nomes ofensivos às crianças. Ele não ataca o caráter delas nem ofende a sua personalidade". A idéia adquirida pela criança ao ser corrigida por seus pais nem sempre é a mesma que seus pais queriam dar. Freqüentemente o insulto carregado de emoção que envolve a mensagem é aceito e assimilado. A criança não vê de maneira nenhuma qual era a intenção dos pais. Então nós, os pais, dizemos que a criança deve estar com os ouvidos tapados para não ter ouvido nada. Isto não é exatamente assim porque ela ouviu o insulto ("Mas que pastel!"), ao passo que a mensagem que queremos dar ("Este comportamento é inaceitável".) se perde. As palavras contam Quando a comunicação falha entre pais e filhos, as crianças ficam à deriva num vazio, sem meios ao seu alcance para expressarem idéias e necessidades. A importância de usar palavras corretamente e não incorretamente é reconhecida por Tiago, um dos autores da Bíblia. Ele se preocupava muito com relações entre pessoas e deu grande ênfase à sinceridade. Por exemplo, ele nos aconselhou a sermos "cumpridores da Palavra e não somente ouvintes" (Tiago 1:22). A respeito da comunicação ele disse: "Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar" (Tiago 1:19) Nestas poucas palavras ele resumiu toda a idéia deste capítulo. Tiago começou com um apelo para escutarmos de verdade. Depois advertiu-nos contra falarmos sem pensarmos. O seu provérbio era uma versão mais antiga e mais profunda do ditado popular: "Pense duas vezes antes falar". É um bom conselho, principalmente para pais, quando as coisas ficam tensas e as frustrações aumentam. Extraído do livro " Pais Confiantes", pelo Dr. Bob Pedrick.
Becky Hayes Eu estava orando para Denith, meu filho, desenvolver um relacionamento íntimo e pessoal com Jesus enquanto ainda pequeno, aproveitando ao máximo toda a fé e capacidade de acreditar que as crianças têm aos dois anos. Orei para que ele não só O conhecesse como Deus e Salvador, mas também como o amigo íntimo que Jesus deseja ser de todos. Eu queria que meu filho sentisse o Seu Espírito e ouvisse a Sua voz. Então uma noite aconteceu algo muito especial que me animou e me fez decidir ensinar Denith a ter uma conexão própria com Jesus. Quando ainda bebê, ele ganhou um ursinho de pelúcia ao qual deu o nome carinhoso de “Ursinho”. Ele era muito apegado ao bichinho. Levava “Ursinho” para todo lado: para a escola, para a mesa, ou para o supermercado. Um dia, Ursinho sumiu. Não conseguíamos encontrá-lo em lugar nenhum. Passamos três dias procurando o bichinho na casa toda. Reviramos e arrumamos tudo, mas sem sucesso! No terceiro dia, já à noite, enquanto eu colocava Leilani (9 meses) e Denith para dormir, as luzes já apagadas e todos deitados, prontos para orar pela noite, Denith perguntou: — Mamãe, cadê o Ursinho? --Querido, Ursinho sumiu. Precisamos procurá-lo durante o dia quando está claro. Agora está escuro e não conseguimos ver nada. Vamos pedir para Jesus dar uma boa noite a Ursinho e para ele ficar bem quentinho e dormir bem. — Mamãe, onde está Jesus? — Jesus está no seu coração — expliquei. Está no meu também, e em todo lugar ao nosso redor. Se você falar com Ele vai ouvi-lO, e se você prestar atenção vai ouvi-lO falar com você. A próxima pergunta, não foi para mim: — Jesus, cadê o Ursinho? Depois de esperar um momento, Denith disse emocionado, mas ao mesmo tempo com naturalidade: — Mamãe, Ursinho está no berço! Fiquei toda arrepiada, pois vi que meu filho tinha ouvido Jesus responder à sua pergunta. Não hesitei. Comecei a tirar os brinquedos e animais de pelúcia do berço, e como não podia deixar de ser, lá estava o Ursinho. Fiquei muito emocionada ao ver o amor de Jesus por Denith, cuja fé foi recompensada com uma resposta tão clara. Foi uma boa oportunidade para eu lhe mostrar que Jesus sempre atende às orações. Cortesia da revista Contato. Usado com permissão. Foto por Wikimedia Commons
Robert Peterson
Ela tinha seis anos de idade quando a conheci na praia perto de onde moro. Quando o meu mundo começa a desabar, dirijo uns quatro ou cinco quilômetros até essa praia. Ela construía um castelo de areia ou coisa parecida quando olhou para mim, com seus olhos azuis como o mar, e disse: "Olá". Respondi meneando a cabeça, sem muita paciência para me importar com uma criancinha. "Estou construindo", ela disse. - Deu para perceber. O que você está fazendo? - perguntei, sem dar muita bola. - Ah, não sei. É que gosto de sentir a areia. Boa idéia, pensei, tirando os sapatos. Uma gaivota passou voando. - É uma alegria - disse a criança. - Uma o quê? - Uma alegria. Minha mãe diz que gaivotas vêm para nos trazer alegria. - O pássaro seguiu voando praia abaixo. - Adeus, alegria - murmurei para mim mesmo - olá dor. - Virei e continuei andando. Estava deprimido; minha vida parecia estar completamente desequilibrada. - Como você se chama? - Ela não desistia. - Robert, - respondi. - Sou Robert Peterson. - Eu me chamo Wendy. ...tenho seis anos. - Oi, Wendy. Ela riu. - Você é engraçado. Apesar do meu desânimo, também ri e continuei caminhando. Ainda ouvia a sua agradável risadinha. - Volte sempre seu Peterson, - convidou - teremos outro dia feliz. Depois disso, os dias foram ocupados por outras coisas: um grupo de escoteiros indisciplinados, reuniões da associação de pais e professores, uma mãe doente. Certo dia, o sol estava brilhando e eu lavava a louça. - Preciso de uma gaivota, - pensei enquanto pegava o casaco. Como um bálsamo sempre diferente, a praia me aguardava. A brisa estava fria, mas continuei caminhando, tentando recapturar a serenidade que precisava. Tinha me esquecido da criança e me assustei quando ela apareceu. - Oi seu Peterson, - ela disse. - Quer brincar? - Brincar de quê? - Perguntei, um tanto irritado. - Não sei, você escolhe. - Charadas? - sugeri sarcasticamente. Ela deu aquela risadinha novamente. - Nem sei o que é isso. - Então vamos só caminhar. - Olhando para ela, notei a delicada beleza do seu rosto. - Onde você mora? - perguntei. - Ali. - ela disse, apontando para uma fila de casas de verão. Estranho, pensei, no inverno. - Onde você estuda? - Não vou à escola. A mamãe disse que estamos de férias. Ela bateu papo de garotinha enquanto caminhamos pela praia, mas a minha cabeça estava em outro lugar. Quando parei para voltar para casa, Wendy disse que tinha sido um dia feliz. Sentindo-me surpreendentemente melhor, sorri para ela e concordei. Três semanas depois, corri para a praia quase num estado de pânico. Não sentia vontade nem de cumprimentar a Wendy. Achei que tinha visto a mãe dela na varanda e tive vontade de mandá-la manter a filha em casa. Quando Wendy me alcançou, falei rispidamente: - Olha, se não se importa, prefiro ficar sozinho hoje. Achei que ela parecia mais pálida e sem fôlego do que o normal. - Por que você quer ficar sozinho? - perguntou. Virei para ela e gritei, - Porque a minha mãe morreu! - e pensei, Meu Deus, por que estou falando isso para uma criança? -Ah, - ela disse, - então hoje é um dia ruim. - É, - respondi, - e ontem e antes de ontem, e... ah, vai embora"! - E doeu? - ela quis saber. - Se o que doeu? - Estava irritado com ela e comigo mesmo. - Quando ela morreu. - É claro que doeu! - retruquei, equivocadamente. Cercado pelos meus próprios pensamentos, fui-me embora. Mais ou menos um mês depois, quando voltei à praia, não a encontrei lá. Sentindo vergonha, culpa e admitindo a mim mesmo estava sentindo sua falta, fui até a cabana depois da minha caminhada e bati na porta. Uma jovem senhora com aparência cansada e cabelo cor-de-mel abriu a porta. - Oi, eu disse. - Sou Robert Peterson. Fiquei com saudades da sua garotinha hoje e me perguntava onde ela estaria. - Ah sim, seu Peterson, por favor entre. Wendy falava muito do senhor. Creio que a permiti perturbar-lhe. Por favor me perdoe se ela foi um incômodo. - Não, quê isso. Ela é uma garota muito agradável. - Disse, percebendo subitamente que era o que eu realmente sentia. - Onde ela está? - Wendy morreu semana passada, seu Peterson. Ela tinha leucemia. Talvez não tenha lhe dito. Chocado e sem fôlego, procurei rapidamente por uma cadeira. - Ela adorava essa praia, então quando pediu para vir, não podíamos recusar. Ela parecia muito melhor aqui e tinha muitos ‘dias felizes’, como os chamava. Mas nas últimas semanas ela piorou muito... - A sua voz falhou. - Ela deixou uma coisa para o senhor. ... Se eu ao menos pudesse encontrar. O senhor se importa de esperar um momento enquanto procuro? Mudo, meneei a cabeça, que estava a mil por hora, pensando em algo que pudesse dizer a esta adorável mulher. Ela me entregou um envelope borrado, nele escrito "Seu Peterson", numa letra grande de criança. Dentro havia um desenho feito com cores vivas de giz de cera - uma praia amarela, um mar azul e um pássaro. Justo embaixo estava cuidadosamente escrito: UMA GAIVOTA PARA LHE TRAZER ALEGRIA. Os meus olhos se encheram de lágrimas, e o meu coração que quase havia esquecido de amar se abriu. "Desculpe-me, desculpe-me, desculpe-me," murmurei sem parar, e choramos juntos. O precioso desenho agora tem moldura e está pendurado no meu escritório. Seis palavras - uma para cada ano da sua vida - que falam comigo sobre harmonia, coragem e um amor que não exige nada em troca. Um presente duma criança com olhos da cor do mar e cabelos que nem a areia, que me ensinou o dom de amor.
Será que eles ouviriam a angústia na sua voz? Será que reconheceriam tudo que ela passou? Ou será que eles na sua dor iriam vociferar e censurá-la?
A história de Peggy tem um final feliz. Seus pais escutaram. Ouviram; sentiram. E a sua reação mostrou que eles compreendiam os seus sentimentos e a aceitaram. Para Peggy isso significou o começo de uma nova vida. Os pais de Peggy não só deram uma nova vontade de viver à sua filha, mas também concentraram a atenção nas oportunidades futuras em vez de nos erros passados dela. Eles foram compreensivos e escutaram - ou seja, escutaram com a pessoa, não só a pessoa ou sobre ela. Ao ser compreensivo e escutar resiste-se à tentação de julgar ou dar conselhos. Ser compreensivo e escutar ajuda a pessoa a esclarecer e comunicar o que sente. Cria um clima de compreensão, evita grandemente que as pessoas fiquem na defensiva, e abre o caminho para mudanças positivas de comportamento. "Eu quero compreender você" Compreender e escutar não é um talento fácil de conseguir. Requer prática. Significa adquirir uma certa destreza verbal. Mais importante ainda, começa com uma atitude de interesse pela pessoa. Quando os pais são compreensivos e escutam, demonstram que querem realmente saber o que os filhos têm a dizer. Não significa necessariamente que concordam com eles. Em vez disso, é uma atitude em que os pais dizem: "Eu quero compreender tudinho - e quero que você saiba que eu compreendo - o que você diz antes de responder". Logo que o pai, ou a mãe, compreende a mensagem, tem a opção de concordar ou discordar. A eficiência do nosso aparelho auditivo talvez nos meta ou nos tire de uma encrenca, mas não estamos falando de ouvir. Escutar é diferente. Escutar é como compreendemos e reagimos ao que ouvimos. Por meio de uma pesquisa extensiva, a companhia Xerox descobriu que a maioria das pessoas de uma maneira geral funciona num nível de eficiência de apenas 25% no que se refere a escutar. Se níveis semelhantemente baixos de atenção forem típicos nas relações familiares, então pode-se associar muitas crises à má percepção do que alguém disse. Geralmente quando os nossos filhos vêm falar conosco nós respondemos com alguma mensagem verbal ou não verbal, mas freqüentemente as mensagens que enviamos não obtêm os resultados que desejamos. Como resultado de sua experiência com cursos de formação para pais, um pesquisador descobriu que mais de 90% das reações de pais para com os seus filhos encaixam em alguma das doze categorias improdutivas: 1. Interrogar 2. Julgar 3. Dar sermões 4. Mandar ou dar ordens 5. Avisar 6. Rotular 7. Solidarizar-se 8. Sondar 9. Pregar 10. Dar recomendações 11. Concordar 12. Retrair-se Estas doze reações freqüentemente colhem resultados indesejáveis, embora sempre haja exceções para esta regra geral. Crianças, pais e situações variam, e não se pode criar um manual para tratar de todos os casos. Entretanto, muitas vezes estas reações não só ilustram o diálogo entre pais e filhos atualmente, mas também são semelhantes às respostas que os "consoladores" de Jó lhe deram há milhares de anos. 1. Interrogar: Bildade responde: "Cale-se e preste atenção, e então poderemos conversar!" (Jó 18:2). Um interrogatório desnecessariamente agressivo assim freqüentemente desencadeia pensamentos e comportamento rebeldes. 2. Julgar: Elifaz responde a Jó: "...mas sim porque cometeu muitos pecados, e as suas maldades não têm conta" (Jó 22:5). Julgamentos assim são comuns mas se os fizermos aos nossos filhos podem gerar um complexo de culpa desproporcional que pode ficar permanentemente incutido em suas personalidades. 3. Dar sermões: Mais uma vez Bildade diz a Jó: "Faça perguntas aos antigos; aprenda com a experiência dos antepassados. Deixe que os antigos falem com você e o ensinem." (Jó 8:8,10). Dar sermões faz com que o ouvinte, já relutante, se sinta inferior, inadequado ou ressentido. A síndrome de "como se fazia antigamente" ilustrada aqui destrói muito a boa comunicação de uma família. 4. Mandar ou dar ordens: Agora Sofar responde: "Por acaso quem fala muito é quem tem razão?" (Jó 11:2). Em outras palavras, "Cale a boca, você só fala besteira!" Se repetido muitas vezes, esta ordem pode destruir o respeito mútuo. 5. Avisar: Bildade avisa Jó: "A vida do perverso se acabará como a luz que se apaga, como as chamas do fogo que deixa de queimar." (Jó 18:5). Um aviso é muito freqüentemente um convite para a criança pôr à prova a convicção de seu pai ou mãe. Você está realmente falando sério? A criança logo vai descobrir. 6. Rotular: Elifaz censura Jó: "Um sábio não responde com palavras ocas. Não fica inchado com opinões que não valem nada." (Jó 15:2) ou seja, "você é um bobo". Você quer destruir rapidamente a imagem que uma criança tem de si? Comece a rotulá-la. Os primeiros meses de vida do seu bebê podem ser exaustivos para ele e para os pais. Felizmente, a maioria dos bebês desenvolvem um padrão de sono quando chegam de 3 a 6 meses de idade. Enquanto isso, experimente estes passos para que seu pequeno durma durante a noite. Conseguindo um Alívio Imediato
Fazendo a Transição para que Ele Durma a Noite Toda
Estabelecendo uma Rotina de Sucesso
Artigo adaptado de Wikihow.
Koos Stenger Quando nosso filho, Pete, tinha três anos, foi diagnosticado que ele tinha leucemia e isso mudou nossas vidas drasticamente. Não há um manual de instruções que prepare uma pessoa para lidar com o fato de um filho ter uma doença que pode matá-lo. Apesar de termos encontrado abrigo nos braços amorosos de Jesus, nosso terno pastor, tivemos de buscar uma maneira de lidar com o que aconteceu nas semanas e meses que sucederam o diagnóstico. Então surgiu a luz no fim do túnel: os médicos disseram que Pete estava curado. Mas isso não foi o fim do desafio, pois anos mais tarde, o monstro terrível reergueu a cabeça maligna, não apenas uma, mas duas vezes. Na primeira, estávamos na África do Sul, um país que mal conhecíamos, com um idioma que não dominávamos, de uma cultura diferente da nossa e com um sistema médico com o qual não estávamos habituados. Mas os temores e o sofrimento foram os mesmos, enquanto esperávamos os menores sinais de melhora. Nosso filho se recuperou e, mais uma vez, pareceu curado… até três anos mais tarde, quando descobrimos, para nosso assombro que a doença voltara a se manifestar nele. Aos dez anos de idade, Pete travava sua terceira batalha pela vida. Choramos e agonizamos. Não entendíamos os motivos de Deus permitir tudo aquilo, mas sentíamos Sua presença constante ao nosso lado. Passei a entender perfeitamente o que disse Paulo quando escreveu: “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos.” Então, mais uma vez, ficamos firmes na fé. De volta ao hospital, o médico explicou que a melhor alternativa para a cura permanente seria um transplante de medula óssea, mas todos na família já havíamos feito testes de compatibilidade, sem nenhum sucesso. “Vamos fazer novos testes” — propôs o doutor. Na semana seguinte, o médico nos recebeu e, sorrindo, anunciou: “Seu caçula é suficientemente compatível com o irmão.” Não foi uma vitória instantânea. De novo, foram necessários dias, semanas e meses até nosso garoto sair de perigo, mas ele venceu e vive sem câncer há dez anos. Como se sobrevive a uma crise? Segure a mão do pastor, a cada momento, a cada hora, a cada dia. Koos Stenger é escritor freelancer na Holanda. Cortesia da revista Contato. Usado com permissão.
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March 2024
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